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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ATRÁS DA BALA ASSASSINA A FRIEZA DE UM MONSTRO. NA FRENTE A POBRE VANESSA FERREIRA CAROBENE, UNIVERSITÁRIA MORTA COM UM TIRO NO CORAÇÃO. O Brasil está se transformando em um pais de jovens frios e insensíveis.


"MATARAM VANESSA E FORAM EMBORA RINDO"

Mataram Vanessa como se praticassem paintball. Mataram Vanessa como se jogassem um vídeo-game qualquer. Basta puxar o gatilho e o jogo está dominado. Mataram Vanessa porque este é um país já quase sem respeito à Lei e, por conseqüência, sem respeito à vida. 

Mataram Vanessa porque sabem que as pessoas comuns, os cidadãos de bem, os pagadores de impostos, estão sós, desarmados, desamparados e sem defensores à altura. O Brasil é, hoje, um país vergonhoso.

A morte é uma constante no tempo. Sabemos disso. Não costumamos pensar muito na morte porque estamos vivos e pensamos no futuro. Ninguém deveria ser obrigado a pensar na morte. Ela chegará um dia. Pronto. Acabado. Não discuto se há um depois da morte. Um depois metafísico. Essa é outra história.

Mas é um absurdo que vivamos em um pais onde a morte nos ronda com uma frequência aterradora, quase planejada. É um absurdo que não possamos viver tranqüilos a vida que temos, desfrutando momentos simples, ou não, mas em paz. É normal morrer num acidente, por uma doença incurável, até por azar.

Mas, mesmo assim, deveríamos ter o direito - e a nossa constituição é tão cheia de direitos - de andar com tranqüilidade pelas nossas ruas, curtindo a vida. Já escrevi aqui, antes, que as parcas parecem ter descoberto o Brasil. 

Quando jovens perguntarem sobre profissões rentáveis, respondam sem pestanejar: agente funerário.   

O que há demais em sair, namorar, ir ao cinema, jantar com os amigos? Nada. Viver, simplesmente. Mas o Brasil está se transformando em um pais de cínicos, de bandidos, de gente sem sentimento. Isso decorre da certeza da impunidade e da falta de valores.

A falta de valores que exaltem a vida, a solidariedade, as leis, o trabalho, está construindo um pais sombrio, muito diferente daquelas estatísticas frias - e mentirosas - mostradas pelos governos que nos conduzem.

Não adianta atribuir a violência que verificamos todos os dias à pobreza, à desigualdade social, ao capitalismo, à direita, aos reacionários, etc. Não. Essa violência, essa sensação de impunidade nasce do abandono dos valores cristãos, da justificativa da prática da maldade em nome de justiça social. Essa violência nasce da filosofia de que os fins justificam os meios.

Se  alguém não tem alguma coisa, é só tomar de seu vizinho. Essa filosofia leva ao caos. O caos é o território preferido pela esquerda para dominar o cenário.

Uma das coisas que mais me deixaram chocado, no caso da pobre estudante universitária Vanessa Ferreira Carobene, de 21 anos de idade, foi um detalhe da fala do pai da moça, Gilberto Carobene.

Não sei se ele percebeu o horror do que disse. Não pelo fato de tê-lo dito, mas pelo fato de que o que disse mostra, absolutamente de forma verdadeira o que expus acima.

Gilberto Carbone disse o seguinte: “Vi dois rapazes, um de jaqueta branca e outro de camisa preta, indo embora e rindo. Achei que tinham soltado bomba. Logo depois, vieram nos chamar para ir ao hospital". Foram embora rindo, os palhaços. Foram embora rindo, os delinqüentes. Foram embora rindo, os assassinos. 

Tenho uma filha de 18 anos de idade. Dezoito longos anos de amor e sacrifício para criá-la. Outro dia foi assaltada na rua, perto de casa, por um sujeito portando um revólver.

Graças a Deus por ela haver chegado viva em casa. Que Deus olhe pela famíla de Vanessa.

Foram embora rindo!   

GUTENBERG J.


DO UOL:

“Uma estudante de administração de empresas de 21 anos morreu baleada em frente à casa dela, às 21h de sábado, no Alto da Lapa (zona oeste de SP). A polícia suspeita que a jovem tenha sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). A família de Vanessa Ferreira Carobene conta que a estudante iria jantar com o namorado, que estacionou um Citroën C3 na frente da casa dela, na rua Dalton. Vanessa suspeitou de dois homens que se aproximavam.

Os vidros do carro do namorado de Vanessa, com películas escuras, estavam fechados. De acordo com a família, o jovem, de 22 anos, se preparava para sair quando um dos suspeitos atirou. A bala quebrou o vidro, atingiu Vanessa na altura do coração e atravessou o tórax. "Ninguém anunciou assalto ou pediu 'me dá isso'", diz a aposentada Marisa Ferreira Carobene, mãe dela. "Ela só gritou e caiu no colo dele", conta o pai, Gilberto Carobene, motorista.

O pai diz que, assim que ouviu o barulho do tiro, foi à janela, mas não viu mais o carro do genro na frente de casa. "Vi dois rapazes, um de jaqueta branca e outro de camisa preta, indo embora e rindo. Achei que tinham soltado bomba. Logo depois, vieram nos chamar para ir ao hospital", afirma. Um vigia noturno viu a ação dos criminosos e disse aos policiais que havia mais três homens. A polícia procura por câmeras que possam ter gravado o crime.

Assustado com a insegurança, um vizinho de Vanessa contratou seguranças, ontem mesmo. "Ele nos chamou depois da morte da menina", diz um dos vigilantes. A família de Vanessa já foi refém de bandidos em casa. O tenente Tiago Pereira, da companhia da PM que fica no bairro, diz não haver ocorrências frequentes na rua. "É uma das regiões mais tranquilas de São Paulo", diz.

Os pais de Vanessa pensam em mudar de casa ou de cidade, diz a mãe dela. Conforme a Secretaria da Segurança Pública, até agosto, a capital registrou 71 latrocínios. No mesmo período do ano passado, foram 67 ocorrências. (simei morais)

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