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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

MOISÉS E A MENINA QUE FOI JOGADA NA FOGUEIRA PARA MORRER NO DIA DOS PAIS, EM SANTOS (SP). Ou, livrar-se de um feto ou um recém-nascido é tão simples, para alguns, como jogar restos no lixo.

RETRATO FALADO DE UMA DAS SUSPEITAS

Impossível não pensar na sorte do garotinho que, há milhares de anos, foi colocado em um cesto de vime na beira do Nilo para que não morresse, conforme a ordem do rei do Egito. Daí surgiu Moisés, o grande líder judeu. O resto da história todos nós sabemos.

Hoje não há um rei ordenando que meninos ou meninas sejam mortos. É claro que há uma campanha pelo aborto que chega a beirar a desumanidade, visto que o feto, nessa concepção, não passa de uma coisa, um objeto, do qual a mãe, ou os pais, poderiam livrar-se sem qualquer preocupação.

Foi com essa ligeireza, com essa pressa, com esse desapreço que a mãe da criança (qual das duas?) embrulhou aquele ser, após havê-lo enforcado com o cordão umbelical, segundo a perícia policial,  para, em seguida, condená-lo à fogueira.

Ignorância? Falta de dinheiro? Creio que muito mais que isso. Uma mulher que se propõe a jogar fora um filho após criá-lo meses no próprio ventre não é boa coisa. Não após dois mil anos de ética cristã. Que ninguém queira justificar o crime do aborto ou o infanticídio alegando pobreza. É só, e fundamentalmente, absoluta incapacidade de amar.

Os espartanos, ao seu tempo, jogavam crianças defeituosas de uma montanha para a morte. Alegavam uma ética guerreira. Um ser defeituoso não poderia defender-se e guerrear. Tempos pré-cristãos. Estamos em 2012. Agora alguns insensíveis defendem os direitos da mãe sobre o próprio corpo. Os fetos? Bem, de certa forma voltamos a Esparta...

Um ser no ventre da mãe é um adereço do corpo materno? Não, certamente. 

Um feto é um penduricalho que se pode tirar como a uma verruga? Não, certamente. 

A mãe, desculpem os defensores do aborto, não é dona do ser que se desenvolve em seu corpo. E ninguém pode dizer, a ciência ao menos não, o que é a vida e quando começa. Assim, na dúvida, não nos tornemos assassinos.

DIA DOS PAIS – DIA DE MATAR UMA CRIANÇA

Era a noite de domingo, dia 12 de agosto, dia dos Pais. Segundo um morador de rua relatou à Policia, duas moças chegaram perto dele e pediram para jogar um pacote com roupas velhas para queimar. Estava frio, numa noite de julho em que o inverno nem está tão forte assim, mas morar nas calçadas sob carrinhos de coleta de lixo ou em caixas de papelão exige um calorzinho extra. Assim, os moradores de ruas fazem pequenas fogueiras para o seu aquecimento.

Românticos adeptos de Rousseau justificam a maldade de que o ser humano é capaz colocando o peso da culpa sobre os ombros da tal sociedade. Os indivíduos, em estado natural, por si mesmos, jamais fariam qualquer coisas de ruim ao semelhante.

Uma idéia simplória, que demonstra a falta de observação do francês relativa ao comportamento humano. Estudiosos da área da Etologia (a ciência do comportamento animal) cansaram de demonstrar que animais de cérebro grande, como os grandes macacos, podem cometer maldades inomináveis. Demonstram ternura e ódio, amizade e traição.

Alguns, mais tolos, avançando no campo da ideologia, poderiam jurar de pés juntos, que a maldade é apenas um produto do capitalismo, ou de paises onde há fortes desníveis sociais. Santa ignorância.

Um breve exame a respeito de crimes hediondos e chegaremos rapidamente à conclusão de que, independente do sistema político ou religioso, o ser humano mata, rouba, odeia, mente, trapaceia. Em suma,pode ser mau, muito mau. Desde o começo da humanidade. Toda a Literatura e o teatro clássicos estão cheios dessas narrativas.

É impossível legislar sobre a maldade, assim como sobre a loucura. Há gente má e há gente louca. Sempre houve. Sempre haverá. O que falta é tratamento e punição.

A FILHA DA NOITE

Estou há dias pensando no caso da criança recém-nascida que, em Santos, no litoral de São Paulo, foi enrolada viva em um pano, colocada num saco e, em seguida, jogada numa fogueira, onde duas moças, segundo o relato de testemunhas, ainda atiraram bastante álcool, fazendo a fogueira arder com força.

Foi um morador de rua que, segundo a policia, percebeu algo estranho no comportamento das moças e imaginou ter percebido o pacotinho mexer-se um pouco. Ele conseguiu retirar o embrulho do fogo e, horrorizado, descobriu o pé de uma criança. Os mendigos tentaram e não conseguiram encontrar as duas moças. Sumiram. 

A menina sem nome – ousarei chamá-la Filha da Noite – não resistiu e morreu. A Policia, segundo se lê nas matérias da imprensa, ainda não conseguiu detectar quem fez a maldade. Quem era a mãe da menina e quem a ajudou a colocar na fogueira.

Filha da Noite não foi a primeira vitima da Maldade humana, nem será a última. 

INFORMAÇÕES PARA A POLÍCIA: números 190, 181 ou pelo telefone do 4º Distrito Policial de Santos, (13) 3232-3939. Não é necessário se identificar.

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