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sexta-feira, 6 de maio de 2011

TRIGÊMEAS DE CURITIBA PODERÃO PASSAR O DIA DAS MÃES COM A MÃE. Tribunal decide deixar a guarda com os tios paternos das meninas.

No dia das mães, as trigêmeas de Curitiba, embora com apenas pouco mais de três meses e uma vida bem agitada, poderão estar com a mãe. Finalmente o caso das trigêmeas de Curitiba, nascidas no dia 24 de janeiro deste ano, e que havia se transformado em um processo para retirar a paternidade das crianças, cujos pais haviam colocado uma delas para adoção, parece ter chegado ao fim.

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decretou que as três meninas fiquem sob a guarda de tios paternos. As meninas estavam sob a guarda da Justiça, em um abrigo, desde que houve denúncia contra os pais. Os bebês foram gerados por inseminação artificial e o fato de serem trigêmeas surpreendeu os pais, que queriam apenas duas filhas.

Conforme a decisão do tribunal, por meio do desembargador Ruy Muggiati, os pais poderão visitar as crianças das 7h às 22h, todos os dias, e poderão pernoitar na casa dos guardiões às terças e quintas-feiras.

Talvez a decisão judicial analise a possibilidade de, com o tempo, os pais estabelecerem reais vínculos afetivos com as crianças, de modo a não prejudicá-las. De qualquer modo, boa parte da Opinião Pública criticou os pais, lê-se em comentários de blogs e sites, achando que eles deveriam ficar realmente longe das crianças devido ao modo como o caso se desenrolou, desde o início. 

Os pais, que esperavam gêmeas passaram a querer colocar uma das três para adoção. Isso deixou o público muito revoltado. O desembargador, conforme já foi noticiado pela imprensa,  chegou a escrever no processo, publicado parcialmente no site do Tribunal, que as meninas não poderiam ficar com os pais, pois não fora apenas o pai que quis deixar uma das filhas. 

Segundo apurado pela Justiça, o casal chegou a tentar abortar uma das crianças no exterior, o que acabou não sendo possível. Assim, Muggiati concluiu que os pais não queriam todas as três filhas, e não apenas o pai. Desse modo. ficariam com nenhuma.
  
Despacho do desembargador Ruy Muggiati aponta "que a limitação de visitas anteriormente estabelecida derivava do regulamento do abrigo". Para ele, "deve prevalecer o interesse maior das crianças, que atualmente se encontram em importante fase de seu desenvolvimento psíquico, e necessitam de estímulo, atenção e afeto, especialmente daqueles que exercem as funções paternais".

O despacho também indica o depoimento de uma psicóloga do hospital onde as trigêmeas nasceram. Conforme ele, o casal quis abandonar uma das crianças e a decisão dos dois teria acontecido antes mesmo do nascimento dos bebês. Em agosto do ano passado, os dois assinaram um documento que demonstrava a intenção de colocar uma das trigêmeas para doação. 

Ainda foi citado que o casal teria procurado maneiras de cometer o aborto de uma das crianças no exterior. Segundo o documento, o casal teria orientado os familiares a não visitá-los ou visitar as crianças no hospital. Os parentes acreditavam que haviam nascido apenas duas crianças. Na ocasião, a psicóloga procurou o Conselho Tutelar sobre qual atitude tomar diante das vontades dos pais.

A defesa do casal, feita pela advogada Margareth Zanardini, foi procurada nesta sexta-feira para comentar a decisão, mas a sua secretária disse que ela não faria qualquer tipo de pronunciamento. 

A defesa, ao longo do processo, informou que o casal se arrependeu de colocar uma das crianças para doação. O caso corria em segredo de Justiça. Vazou, o que chegou a emocionar intensamente o público que tem acompanhado, de perto, o seu desdobramento.

Que as pequeninas sejam felizes!

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