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sexta-feira, 6 de maio de 2011

NACIONAL SOCIALISMO SÍRIO CONTINUA MATANDO OPOSITORES. ASSAD MANDA TANQUES SOBRE CIVIS E A ONU FINGE QUE NÃO SABE. Na política internacional há os iguais e os mais iguais que os outros.

Quando o jornalista do programa Manhattan Connection destratou as mulheres dos líderes de regimes árabes-islâmicos, chamando-as de "piranhas", exagerando, de fato, houve milhares de protestos. Perfeito. Concordo. Ele foi bocudo demais e recuou pedindo desculpas. Não sei se a Jordânia foi além, processando o jornalista. Essa é outra história.

O que me interessa, e já escrevi aqui, é que o jornalista, Caio Blinder, estava coberto de razão (não em ofender as mulheres), mas na análise que fazia, e que todo mundo deixou escapar. Talvez convenientemente, pois ele disse umas verdades que a esquerda pró-islâmica não quer ouvir. A esquerda no Brasil, assim como a mundial, é pró-islâmica (regimes de governo) porque os governos são, em boa parte antiocidentais, anti-capitalismo e anti Estados Unidos. então, tudo o que fazem não é criticado.

A bela Asma al-Assad
http://www.enotes.com/topic/Asma_al-Assad
Blinder disse que os poderosos daqueles países, sempre homens, lá mulheres não apitam absolutamente nada e as nossas feministas não abrem o bico para chiar!, usam suas mulheres, sempre jovens e belas politicamente. 

Elas podem circular pelo mundo com suas jóias milionárias, com sua juventude e beleza, seus títulos universitários, seus vestidos caros e suas conversas sobre como tratam bem os pobres de seus países nos programas sociais que dirigem, e são alvo de páginas e mais páginas laudatórias em revistas caras e jornais de grande circulação. 

São tratadas como se fossem princesas das monarquias constitucionais européias. De fato não passam de mulheres de ditadores e reis absolutistas que tratam o povo sob chibata e repressão política. 

Suas mulheres bonitas circulam com desenvoltura, falando línguas estrangeiras com fluência, e passando uma "falsa ideia de modernidade e tolerância daqueles países". É disso que se trata. É sobre isso que falava Caio Blinder quando pisou na bola e xingou as mulheres.

Tenho tratado aqui da diferença, no nosso noticiário, sobre as rebeliões nos diversos países do norte da África e do Oriente Médio. 

Se são países do "bem" (Irã e Síria), a nossa imprensa tende a aceitar que os governos chamem o povo de "baderneiros", e desça o cacete e mate.

Se são governos do mal (Tunísia, Líbia, Egito), o que seriam baderneiros na Síria e Irã vira "povo". É um tratamento esquizofrênico e desonesto, que desorienta o leitor, que confia na imprensa para estar informado.

Aos invés de adotar o critério de fazer Jornalismo, boa parte do Jornalismo prefere fazer Propaganda, divulgando versões, nunca indo atrás da verdade dos fatos. A verdade pode demorar a aparecer, mas aparece. Isso não é joguinho de palavras.

O surdo Bashar Assad
http://www.feelfree.co/article_news/articles.php?page=2030
A Síria, desde meados de março tem reprimido violentamente o povo que vai às ruas pedindo mais um pouco de liberdade, ou melhoras na economia. 

Ninguém pediu a queda do ditador. 

Bashar Assad se finge de surdo.

 E o povo é tratado com balas de verdade. Não balas de borracha usadas nas democracias ocidentais.

Assad mandou até tanques do Exército atirarem no povo em diversas cidades com manifestações consideradas contra o governo. Nem um pio da Imprensa ocidental, no sentido crítico, apenas o registro formal da barbaridade.

Assad pode atirar nos civis. Assad é do bem, o seu povo é que em o azar de ser do mal.

E a imprensa ocidental não consegue entrar na Síria para fazer a cobertura, o que aconteceu no Egito, na Tunísia e na Líbia, apesar dos riscos, é claro.

Ficamos aqui dependendo de relatos de cidadãos que arriscam a vida para informarem por celulares e redes sociais, sobre o que estão passando neste momento.

Essa é a democracia síria nacional-socialista do partido Baath. Fascista. A cada dia mais fascista.   

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