SÓ PARA O LEITOR IMAGINAR A MONTANHA DE DINHEIRO! |
ERA UMA VEZ... De tão inusitado, parece um conto de fadas.
Num belo dia, há algum tempo, alguém chamado Rosemary
Noronha desembarcou no Aeroporto Francisco de Sá Carneiro, na cidade do Porto,
e teve que fazer uma declaração na Alfândega, como exigem as leis portuguesas.
Mas essa foi uma declaração de tirar o fôlego, absolutamente fora do comum.
Apesar do passaporte diplomático, e de uma autorização para
transporte de mala diplomática (aquelas que não podem ser abertas nas
alfândegas), Rosemary teve que informar se transportava nas malas diplomáticas
algum valor em espécie. Sim, ela transportava valores em espécie: 25 milhões de
euros!
Isso equivale a R$68 milhões de reais. A mais de 40% do
montante do Mensalão. Igual a US$34milhões.
Os agentes portugueses tomaram um susto, e a teriam
aconselhado a alugar um carro de transporte de valores. Bem, o restante vocês
lerão na própria fonte destas informações, o blog do ex-governador e ora
deputado federal Anthony Garotinho.
AEROPORTO SÁ CARNEIRO (PORTO), AQUI TERIA PASSADO O DINHEIRO |
02/12/2012 21:42
Bomba! Como Rosemary entrou com 25 milhões de euros em
Portugal
Uma montanha de euros entrou em Portugal na mala diplomática
de Rosemary Noronha
Na nota anterior dei a pista sobre a existência de uma conta
na cidade do Porto (Portugal), na agência central do Banco Espírito Santo, onde
foram depositados no 25 milhões de euros. Imediatamente comecei a receber
muitas ligações de jornalistas pedindo mais informações a respeito do assunto.
Recorri à minha fonte que me deu mais detalhes esclarecedores de como tudo
teria ocorrido. Vocês vão cair para trás.
Como já foi tornado público, Rosemary era portadora de
passaporte diplomático, mas o que não foi revelado é que ela também era
portadora autorização para transportar mala diplomática, livre de inspeção em
qualquer alfândega do mundo, de acordo com a Convenção de Viena. Para quem não
sabe esclareço que o termo "mala diplomática" não se refere
específicamente a uma mala, pode ser um caixote ou outro volume.
Segundo a informação que recebi, Rosemary acompanhou Lula
numa viagem a Portugal. Ao desembarcar foi obrigada a informar se a mala diplomática
continha valores em espécie, o que é obrigatório pela legislação da Zona do
Euro, mesmo que o volume não possa ser aberto.
Pasmem, Rose declarou então que havia na mala diplomática 25
milhões de euros. Ao ouvir o montante que estava na mala diplomática, por
medida de segurança, as autoridades alfandegárias portuguesas resolveram
sugerir que ela contratasse um carro-forte para o transporte.
A requisição do carro-forte está na declaração de
desembarque da passageira Rosemary Noronha, e a quantia em dinheiro
transportada em solo português registrada na alfândega da cidade do Porto, que
exige uma declaração de bagagem de acordo com as leis internacionais. Está tudo
nos arquivos da alfândega do Porto.
AV. ALIADOS, 45. AGÊNCIA DO BANCO NO PORTO. |
A agência central do Banco Espírito Santo na cidade do Porto
já foi sondada sobre o assunto, mas a lei de sigilo bancário impede que seja
dada qualquer informação. Porém a empresa que presta serviço de carros para
transporte de valores também exige o pagamento por parte do depositário de um
seguro de valores, devidamente identificado o beneficiário e o responsável pelo
transporte do dinheiro.
Na apólice do seguro feito no Porto está escrito:
"Responsável pelo transporte: Rosemary Noronha". E o beneficiário, o
felizardo dono dos 25 milhões de euros, alguém imagina quem é? Será que ele não
sabia? A coisa foi tão primária que até eu fico em dúvida se é possível tanta
burrice.
Esses documentos estão arquivados na alfândega do aeroporto
internacional Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto. O dinheiro está
protegido pelo sigilo bancário, mas os demais documentos não são bancários,
logo não estão sujeitos a sigilo. A apólice para transportar o dinheiro para o
Banco Espírito Santo é pública, e basta que as autoridades do Ministério
Público ou da Polícia Federal solicitem às autoridades portuguesas.
Este fato gravíssimo já é do conhecimento da alta cúpula do
governo federal em Brasília, inclusive do ministro da Justiça. Agora as
providências só precisam ser adotadas. É uma bomba de muitos megatons, que faz
o Mensalão parecer bombinha de festa junina.
Em tempo: Pelo câmbio de sexta-feira, 25 milhões de euros
correspondem a R$ 68 milhões.
PARTE I
02/12/2012 18:51
Caso Rosemary: Um mistério de 25 milhões de euros
Rosemary Noronha, a ex-toda poderosa secretária de Lula
As declarações contraditórias sobre a existência ou não de
gravações telefônicas entre o ex-presidente Lula e sua ex-secretária na
Presidência da República, Rosemary são absolutamente infundadas. As gravações
existem e são explosivas. É até compreensível o esforço para tentar blindar
Lula de situações constrangedoras, mas não desafiem a inteligência das pessoas.
Vamos ao óbvio.
Por que a Polícia Federal pediria autorização judicial para
interceptar os e-mails de Rosemary para os irmãos Vieira e não faria o mesmo em
relação a telefones?
A Operação Porto Seguro está longe de apresentar seus
principais desdobramentos e personagens envolvidos. Ao buscar informações sobre
corrupção em pareceres técnicos, a Polícia Federal encontrou muito mais do que
esperava. O problema agora é como lidar com essa situação.
O MP Federal não recebeu todo o material da investigação
feita pela Polícia Federal. Não me refiro aos documentos apreendidos no dia da
operação, mas às gravações telefônicas, os e-mails, as filmagens que
antecederam a preparação do dia da operação.
O caso Rosemary é um problemaço para presidente Dilma
Rousseff. Quem acha que Lula e Zé Dirceu vão sair apanhando sozinhos nesse
episódio está profundamente enganado. São pelo menos 8 deputados federais do PT
que têm seus nomes envolvidos em situações complicadíssimas nas armações
ilimitadas de Rosemary. Até agora os nomes que vieram à tona são de Cândido
Vaccarezza e Paulo Teixeira, mas nos próximos dias, a República vai sofrer
grandes solavancos, principalmente a "República de São Bernardo do
Campo".
Há ainda uma investigação dentro da própria investigação que
está sendo aprofundada e descobriu que os tentáculos de Rose influenciaram até
a PREVI, maior fundo de previdência do país (Banco do Brasil), com forte
influência no mercado brasileiro.
Tudo o que disse acima são informações, mas vamos tratar de
um fato que ainda está no campo das hipóteses.
Todas as operações da Polícia Federal têm nomes que procuram
definir seus alvos, mesmo que de forma indireta os nomes sinalizam os objetivos
da ação policial. Por que Operação Porto Seguro? Os mais afoitos e apressados
em interpretar o nome dado à operação pela Polícia Federal poderiam imaginar
que o nome foi dado em função da presença na operação do ex-senador Gilberto
Miranda envolvido em licenças para instalar portos em ilha de propriedade da
União.
Mas ele não era o alvo, quem estava na mira era Rosemary, e
os seus tentáculos - como a operação mostrou - iam além da atuação dos irmãos
Vieira nas agências reguladoras. Se estenderam pelo Banco do Brasil, pela
Advocacia Geral da União, envolvem deputados e ministros, além de muita gente
importante cujos nomes ainda estão sendo preservados.
Então por que Porto Seguro? A resposta pode ser encontrada
na cidade do Porto, em Portugal, na agência central do Banco Espírito Santo. É
só uma pista. Quem descobrir pode achar 25 milhões de euros na conta de uma
grande figura da República.
Nenhum comentário:
Postar um comentário