ILUSTRAÇÃO DA REVISTA ÉPOCA.
COMO ROSEMARY SURGIU NA VIDA DE LULA, JOSÉ DIRCEU, E
COMO ESPALHOU SEUS TENTÁCULOS DENTRO DO
GOVERNO.
Os blogs e sites ligados aos interesses dos petistas, disfarçados de isentos, mas com a sustentação de anúncios das estatais e do governo, procuraram desqualificar as matérias publicadas após a prisão de várias pessoas pela Polícia Federal, no anúncio da Operação Porto Seguro.
Acontece que as informações divulgadas pela PF mostram uma sequência de crimes que teria que ser investigada e punida em qualquer país decente do mundo.
Não adianta aqueles ligados os interesses do governo espernearem e acusarem... a imprensa, como se tudo fosse uma conspiração, uma articulação para culpar inocentes, ou perseguir Lula ou Dirceu, etc.
Esse pessoal age tentando colocar a opinião púbica, a qual manipulam o tempo todo, contra a imprensa, como se a culpa pelos crimes fosse da imprensa. Isto é, é um pessoal estranho que, quando as notícias são consideradas ruins, acusam os mensageiros.
Não, os mensageiros não inventaram as ações pelas quais a PF acusa a senhora Rose e nem as suas ligações reais e telefônicas ou por email com Lula ou quem quer que seja.
A Polícia Federal é que, com ordem judicial investigou uma quadrilha que corrompia, forjava documentos públicos e, portanto, cometia crimes, e bem próximo de ministros e da Presidência da República.
LEIAM, A SEGUIR, UM TRECHO DA MATÉRIA DE CAPA DA REVISTA ÉPOCA:
ROSE E A SEDUÇÃO DO PODER.
DIEGO ESCOSTEGUY E ALBERTO BOMBIG, COM LEOPOLDO MATEUS,
MARCELO ROCHA, MURILO RAMOS, FLÁVIA TAVARES E LEANDRO LOYOLA
Como foi possível que Rose, uma simples secretária do PT,
acumulasse tanto poder e prestígio, a ponto de influenciar nos rumos do governo
federal – e causar tamanho salseiro? “A investigação demonstra que o poder de
Rose advinha da relação dela com Lula. Não há elementos, entretanto, de que o
ex-presidente soubesse disso ou tivesse se beneficiado diretamente do esquema”,
afirma uma das principais autoridades que cuidaram do caso. “Lula cometeu o
erro de deixar que essa secretária se valesse da íntima relação de ambos”,
afirma um amigo do casal Lula e Dona Marisa. “Deveria ter cortado esse caso há
muito tempo.” Os autos do processo, de que ÉPOCA obteve uma cópia integral, e
entrevistas com os principais envolvidos revelam que:
1) Lula, ainda
presidente da República, prestou – mesmo que não soubesse disso – três favores
à quadrilha. Por influência de Rose, indicou os irmãos Paulo Vieira e Rubens
Vieira para a direção, respectivamente, da ANA e da Anac. Lula, chamado em
e-mails de “chefão” ou “PR” por Rose, também deu um emprego no governo para a
filha dela, Mirelle;
2) A quadrilha
espalhou-se pelo coração do poder – e passou a fazer negócios. Os irmãos
Vieira, aliados a altos advogados do PT que ocupavam cargos no governo, passaram
a vender facilidades a empresários que dependiam de canetadas de Brasília;
3) Rose, gabando-se
de sua relação com Lula, tinha influência no Banco do Brasil. Trabalhou pela
escolha do atual presidente do BB, Aldemir Bendine, indicou diretores (um deles
a pedido de Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT condenado no caso do
mensalão), intermediou encontros de empresários com dirigentes do BB e obteve
um contrato para a empresa de construção de seu marido;
4) Despesas do
procurador federal Mauro Hauschild, do PT, ex-chefe de gabinete do ministro do
Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli e, depois, presidente do INSS, foram
pagas pela quadrilha. É uma situação similar à do recém-demitido número dois da
Advocacia-Geral da União (AGU), José Weber Holanda – que, segundo a PF, recebeu
propina;
5) A PF, mesmo diante
das evidências de que Rose era uma das líderes da quadrilha, optou por não
investigá-la. Não pediu o monitoramento das comunicações de Rose e não quis
detonar a Operação Porto Seguro no começo de setembro, quando a Justiça
autorizara as batidas e prisões. Esperou até o fim das eleições municipais.
De acordo com o
relato feito a ÉPOCA por um alto executivo que trabalhou na Companhia das Docas
do Porto de Santos (Codesp), Rose evocava sua relação com Lula para fazer
indicações e interferir, segundo seus interesses, nos negócios da empresa.
Nessas ocasiões, diz o executivo, Rose se apresentava como “namorada do Lula”.
“Ela jogava com essa informação, jogava com a fama”, diz ele.
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