STÁLIN, APARENTEMENTE NÃO "PORTAVA" DEFICIÊNCIAS FÍSICAS, MAS ERA UMA PESSOA "COM" DEFICIÊNCIA ...MORAL. |
Para ativistas politicamente corretos, que querem mascarar a
realidade com palavras ou expressões enganosas, pessoas portadores de deficiência
já não devem mais ser designadas como pessoas portadoras de deficiência, devem
ser chamadas de pessoas com deficiência, mesmo.
Uma pessoa portadora de deficiência, como um míope, um cego
total, um surdo, um sem braço, um tetraplégico acidental ou não, nada disso a
diminui e nem a impede de ser uma pessoa completa, no sentido humano, quanto ao
direito de viver bem e ser respeitado, quanto à integralidade do ser. Já um
pessoa com deficiência... bem, isso sim remete à idéia de falha.
Me explico melhor: a pessoa é o todo, físico e espírito. Desse
modo, uma pessoa portadora de deficiência portaria uma falha qualquer no corpo
(incluindo o cérebro), o que não a impediria, de modo algum, de ser uma
excelente pessoa: íntegra, honesta, verdadeira, solidária, corajosa, etc...
Já uma pessoa com deficiências (como diriam os politicamente
corretos, preocupados com o corpo), isto é, aquela perfeita de corpo, mas falha
de caráter, que fosse um mentiroso contumaz, um traidor de seus companheiros revolucionários,
um adúltero inveterado que humilha a esposa, um canalha ladrâo de dinheiro público, um chefe de quadrilha?, não
seria, isto sim, muito ruim? Imagino, então, que os ativistas analisam os
adjetivos, mas se esquecem do substantivo.
Assim, dizer que uma pessoa porta uma deficiência – que ela
porta mesmo – (e essa expressão está em toda legislação que trata do assunto,
no mundo inteiro) não a diminui enquanto pessoa. O que diminui uma pessoa é todos fingirem que não enxergam
suas falhas de caráter, como podemos perceber tão bem ultimamente pelo noticiário
político.
Outro dia a presidente Dilma Rousseff fez um discurso perante
uma plateia interessada nos problemas das pessoas portadoras de deficiência e
tomou uma grande vaia quando se referiu às pessoas portadoras de deficiência.
Como se tivesse dito uma imensa bobagem, ou cometido um pecado.
POLITICAMENTE CORRETO E NAZISMO
Já publiquei vários textos, neste blog, sobre como o pensamento
politicamente correto é deformante. Esse tipo de visão de mundo é que,
realmente, deforma as pessoas.
Aliás, usar a linguagem para uma “outra” leitura da
realidade é coisa de fascistas, nazistas mesmo.
HITLER DEVERIA SER CONSIDERADO O "PAI" DOS POLITICAMENTE
CORRETOS: NÃO FUMAVA, ADORAVA ANIMAIS, E ERA VEGETARIANO!
E COM O NAZISMO CRIOU UMA LINGUAGEM NOVA PARA MUDAR A
REALIDADE.
RESOLVEU ALGUMA COISA?
(Nada contra quem fuma, ou não fuma; contra quem tem ou não tem animais; ou contra vegetarianos ou não. Não sou fumante e detesto a lei anti-fumo, discrimana demais; tenho cachorro em casa e gosto de churrasco. Nem por conta disso patrulho os outros para que sejam como sou. Não gosto é de ativistas policiais do comportamento e da linguagem. São totalitários enrustidos!)
Alto é alto, baixo é baixo, anão é anão. Isso é descrição, verificação, não uma ofensa em si mesma. Ofensivo é usar a palavra mas acentuar de modo especial, para ofender. Dizer que Nelson Ned é um anão cantor não é ofensivo, posto que ele não é gigante.
Aliás, chamar alguém de gigante também não é, descreve que é uma pessoa com altura fora da media. E isso todo mundo sabe o que é, desde que não seja um relativista cínico.
Alto é alto, baixo é baixo, anão é anão. Isso é descrição, verificação, não uma ofensa em si mesma. Ofensivo é usar a palavra mas acentuar de modo especial, para ofender. Dizer que Nelson Ned é um anão cantor não é ofensivo, posto que ele não é gigante.
Aliás, chamar alguém de gigante também não é, descreve que é uma pessoa com altura fora da media. E isso todo mundo sabe o que é, desde que não seja um relativista cínico.
Recomendo a leitura de um livro muito bem escrito e muito fácil
de ler, de autoria de um filólogo alemão chamado Victor Klemperer. Durante doze
anos ele analisou a linguagem usada pelos nazistas, de 1933 a 1945, para tratar
da realidade alemã. Ele descobriu que as palavras lá também mudaram de sentido
e que as pessoas comuns, nazistas ou não, passavam a falar como se fosse a língua
natural. Até judeus acabavam falando como se fossem nazistas. Klemperer era um
judeu alemão.
Os nazistas queriam mudar a Alemanha mudando a forma de
descrever as coisas. Vocês acham isso parecido com o que fazem por aqui os
politicamente corretos?
Pois é, eu também.
Gutenberg J.
Foi assim que fiquei muito feliz ao ler um texto do Reinaldo
Azevedo sobre o episódio em que Dilma Rousseff foi vaiada por estes dias.
Ele escreveu: “É complicado viver em tempos politicamente
corretos e intelectualmente estúpidos. Grupos sociais, minorias, correntes
organizadas de opinião etc. se consideram donas da linguagem e das palavras.
Danem-se a etimologia, a gramática, o dicionário, qualquer coisa que remeta ao
universo objetivo da linguagem. Se eles acharem que determinado vocábulo tem
sentido pejorativo, então tem. Não lhes basta reivindicar proteção, direitos
especiais ou reparação, tudo compreensível e só raramente ilegítimo.
Apropriam-se também do domínio da linguagem e passam a impor a sua vontade –
ainda que contra os fatos, a história, a etimologia, a gramática, o dicionário…
Viram juízes das palavras. A PLC 122, a tal lei contra a homofobia, também tem
este aspecto absurdo: cria uma polícia da linguagem sob o pretexto de proteger
direitos”...
Outro trecho: “Nesta terça, a presidente Dilma Rousseff
participou da Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiências.
Eu poderia, por óbvio, estar lá. Mas estou aqui… Dilma decidiu exaltar a
tecnologia inclusiva que dá “melhores oportunidades para portadores de
deficiências”. Foi vaiada. É proibido falar assim, fiquei sabendo hoje. Dilma
também só descobriu isso nesta terça.
O jeito correto, senhores leitores, de vocês se referirem a
nós é outro. Ela foi alertada a tempo pela assessoria e mandou brasa:
“Desculpa, eu quis dizer ‘pessoas com deficiência’. Eu
entendo que vocês tenham esse problema. Portador não é muito humano, né? Pessoa
é”.
Aí foi aplaudida! Pois é…
“... não gostei mesmo foi da segunda intervenção de Dilma. A
primeira me pareceu ok, ué. Que filólogo, etimologista, gramático ou
especialista em linguagem decidiu que “portador” é coisa negativa? Se há alguma
diferença entre “portador de deficiência” e “pessoas com deficiência”, eu diria
que a balança pode pesar a favor da primeira expressão”...
E mais, “Ora, nada impede portadores de deficiência de ler
Platão ou Descartes, por exemplo. Eu leio sempre, mesmo portando buracos extras
na cabeça. Procuro dar eficiência máxima ao que me resta de dois dos orifícios
regulares, os olhos – que nunca prestaram, com uma miopia de fazer inveja ao
Mr. Magoo. Ora, aquilo que “porto“ não sou eu em essência, não me define. Aquilo
que porto é só uma realidade contingente, uma expressão, digamos, do mundo das
sombras. No mundo das ideias, hehe, sou perfeito, como qualquer um. Ou minha
alma já teve acesso à verdade, e tudo o que aprendo são reminiscências (Platão)
ou, melhor ainda, já nasci com algumas verdades inatas, postas na minha mente
por Deus (Descartes). Assim, pouco importa se me falta a perna, se me falta o
braço, se me faltam pedaços do crânio, defino-me como humano”...
...”Portar uma deficiência, pois, é bem menos definidor do que
sou do que me apresentar como uma “pessoa com deficiência”. Nesse caso, essa
preposição mais esse substantivo se juntam para formar uma locução adjetiva e
alterar a própria natureza do substantivo. A pessoa a quem falecem
características que assistem a maioria só será igual, sendo diferente, se
“portar a deficiência”, não se for uma “com deficiência”. Portar uma
deficiência é um acidente no sujeito, que não muda a sua essência, que será
sempre completa; ser um “com deficiência” integra a essência do sujeito. O que
querem os deficientes e toda gente que se mobiliza contra preconceitos?”
...”Os portadores de deficiência ou pessoas com deficiência
não são donas da linguagem, não! Não são donas da palavra. Nem essa minoria,
que agora integro, nem outra chamada “minoria sociológica” qualquer: mulheres,
gays, negros etc.
...”Eu poderia vaiar Dilma por uma porção de motivos – por
esse, jamais! “A nível de pessoa” com deficiência, eu não gostei foi de sua
segunda intervenção. Parece-me, aí sim, que ela optou por infantilizar o
público que a ouvia, por tratá-lo com certa condescendência piedosa, usando, o
que não lhe é raro, as palavras de maneira mais ou menos desastrada. Depois da
vaia injustificada, para triunfo da lógica, veio o aplauso injustificado.
Ninguém, pessoa com deficiência ou não, tem o direito de
impor ao outro a sua ignorância como medida de correção política”... (R.
Azevedo).
FOTO DE HITLER COM SEU CÃO:
FOTO DE STÁLIN:
REINALDO AZEVEDO:
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