Pesquisar este blog

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

LULA MANTÉM A BOCA FECHADA DIANTE DAS CONDENAÇÕES DO MENSALÃO. O ex-presidente talvez aprenda sobre o significado das leis e do sistema Judiciário.



Os médicos liberaram Lula para participar da campanha eleitoral. Dizem que está curado. Que bom. Então ele dá um ou outro palpite para tentar ajudar seus candidatos.

Claro, o ex-presidente já foi muito mais falastrão. Falava sobre qualquer assunto, sempre com aquela vontade de meter os cotovelos no balcão do botequim de porta de sindicato e soltar a lingua. Não escapava nada, fosse assunto interno ou externo.

Com as primeiras notícias sobre o escândalo chamado de Mensalão, assustado com a pressão (que poderia ter resultado em impeachment), gravou uma mensagem ao povo pedindo desculpa em nome dos alopradinhos.

Depois, sentindo-se fortalecido, talvez, pelos desdobramentos ao longo do tempo, começou a falar que o mensalão era uma invenç\ão da oposição, que nunca existiu, etc... Conhecemos bem o enredo da missa.

Dias antes da condenação do deputado federal João Paulo Cunha por peculato e lavagem de dinheiro, Lula ainda deu uma entrevista ao jornal americano New York Times e acreditar que Mensalão nunca existiu. Após a condenação, procurado pela imprensa, informou, por meio da assessoria que “não fala de casos sub-judice”!

Uau! Que transformação!

Bem, ele só poderia falar sobre crença. Uma crença pode se referir a algo provável ou não. Como se fosse feito um plebiscito para o povo dizer responder se o Mensalão existiu ou não. Se a resposta fosse não, então nada teria acontecido? Claro que uma resposta dessas não alteraria coisa alguma.

É como se hoje alguém se propusesse a fazer um plebiscito para definir se a Terra é esférica ou plana. Se toda a população do mundo votasse pela planície da Terra, ainda assim ela continuaria esférica.

Desse modo, após pregar a inexistência do Mensalão, Lula falou ao jornal não crer na existência dos tais crimes. Acabou descobrindo que nem sempre a verdade é aquilo que a crença quer que seja. Se for este o fato.      

A CULTURA ESTRANHA

A cultura que se desenvolveu no Brasil é, realmente, muito particular. O PT, criado por inspiração de bispos da Igreja e sindicalistas, agregando-se depois intelectuais marxistas, cresceu apontando o seu estilingue para os outros partidos, enquanto na oposição.

Na época em que Lula se elegeu presidente, pela primeira vez, ainda ecoava na alma e nos ouvidos do povo a campanha pela Ética na Política. Nunca se falou tanto em ética, nem a palavra foi, depois, tão depreciada. Ética pode, como se descobriu, ser apenas uma palavra vazia de sentido.

Uma vez na situação Lula, à ocasião dos primeiros escândalos de dimensão ou repercussão nacional, envolvendo petistas, o agora ex-presidente apontava o dedo e dizia sobre os que ele carinhosamente chamou de “aloprados”: os outros também fazem esses mal-feitos. Isto é, estamos na mesma geléia.

Isso é parte da nossa cultura, essa mania de apontar o dedo para fora de si. Trabalho com alunos universitários há décadas. Nos últimos tempos, quando se chama a atenção de alguém para ficar quieto, ao invés do sujeito ficar envergonhado e pedir desculpas e participar decentemente de uma aula diz, apontando o indicador para colegas: “mas eles também estão conversando”.

O Brasil é um pais em que os direitos são distribuídos, como presentes de Natal, aos montes, mas nunca se cobram os deveres correspondentes. Para finalizar: o Mensalão existiu, sim. a resposta está com o STF.

IMAGEM DE LULA: 

A RESPOSTA DE OBAMA PARA CLINT EASTWOOD É FRACA. Vejo apenas alguém de costas para o povo!


Clint Eastwood  foi sarcástico e conversou com uma 
cadeira vazia na convenção republicana. Simbolizando a ausência de Obama
em relação aos reais problemas americanos.



Como agora até os políticos querem tratar de coisas sérias pelo
Facebook ou pelo Twitter, Barack Obama postou uma foto "inteligente"
no Twitter, mostrando quem ocupa a
cadeira de presidente.

Mas esqueceu-se de um detalhe crucial:
está "de costas para o povo".






MENSALÃO. O SABOR AMARGO DA PIZZA DO STF. Talvez nem todos sejam condenados, mas o STF acendeu uma luz vermelha para os corruptos.


http://www.sponholz.arq.br/html/index_charge_17.html


A JOVEM PAN E OS FICHA SUJA. A emissora questiona onde está a lista dos ficha suja. Não há um campeonato entre sujos e limpos. Os ficha suja (condenados ou cassados) não podem mais candidatar-se.


Escutei hoje de manhã um locutor da Rádio Jovem Pan (a qual aprecio bastante) questionar uma propaganda do Tribunal Superior Eleitoral que trata das eleições e do voto em candidatos ficha limpa.

Na verdade, acho a tal propaganda uma coisa absolutamente inócua, um verdadeiro desperdício de dinheiro público, pois pretendentes a cargos eletivo com condenação e que tenham sido cassados não podem mais candidatar-se. Por óbvio, todos os candidatos terão que ser ficha limpa. Assim a campanha é redundante e uma despesa desnecessária.

Certamente algumas pessoas serão candidatas mesmo se respondem a processos. A lei não impede isso. Afinal, ao fim o sujeito pode ser absolvido. Então, um candidato com processo ainda em curso não poderá ser chamado de ficha suja. Isso seria carimbar injustamente alguém.

O locutor da JP queria saber do TSE onde estaria a lista – que não teria sido divulgada – dos candidatos ficha suja,  para que pudesse ser consultada pelos eleitores.

“Onde está a lista dos ficha suja?”, questionava ele indignado? Fiquei pensando com meus botões: “que diabos de lista é essa?”

Vejamos: a Lei da Ficha Limpa não vai estabelecer um tipo de campeonato, nas eleições, entre candidatos ficha-suja e os ficha-limpa. Não serão feitas listas para uma escolha. Caso fosse uma escolha, os ficha suja poderiam ser votados. E seria, então, tudo como dantes.

É preciso mais análise e menos emoção na critica política.

O QUE É FICHA LIMPA – WIKIPEDIA

Ficha Limpa ou Lei Complementar nº. 135/2010 é uma legislação brasileira originada de um projeto de lei de iniciativa popular que reuniu cerca de 1,3 milhões de assinaturas.

A lei torna inelegível por oito anos um candidato que tiver o mandato cassado, renunciar para evitar a cassação ou for condenado por decisão de órgão colegiado (com mais de um juiz), mesmo que ainda exista a possibilidade de recursos.

O Projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados no dia 5 de maio de 2010 e também foi aprovado no Senado Federal no dia 19 de maio de 2010 por votação unânime. Foi sancionado pelo Presidente da República, transformando-se na Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010.

Esta lei proíbe que políticos condenados em decisões colegiadas de segunda instância possam se candidatar. Em fevereiro de 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou a lei constitucional e válida para as próximas eleições que forem realizadas no Brasil, e isso representou uma vitória para a posição defendida pelo Tribunal Superior Eleitoral nas eleições de 2010.  

CLINT EASTWOOD SHOOTS OBAMA. O velho cowboy detona Barack Obama na convenção republicana. "Políticos são empregados do povo: quando não funcionam, os demitimos".



A convenção republicana, que sacramentou a candidatura  de Mitt Romney e Paul Ryan à presidência e vice dos Estados Unidos, teve um show extra com a presença do grande ator e diretor Clint Eastwood, antigo republicano.

Eastwood fez um discurso que arrancou muitas gargalhadas do público, segundo os relatos da imprensa, porque colocou no palco uma cadeira vazia, com a qual fez um dialogo imaginário.

A cadeira vazia simbolizava a falta de comando do presidente Barack Obama. A cada dia as pesquisas mostram uma situação mais complicada do presidente, devido à baixa performance econômica dos EUA, o desemprego que não diminuiu e a política de gastos governamentais que caracterizam a visão democrata (esquerda nos EUA), que foge aos padrões tradicionais americanos de o governo não meter-se na vida das pessoas e nem servir de Papai Noel.

Eastwood e os republicanos gostam que as pessoas possam construir sua própria vida sem o patrocínio governamental e sem que os políticos paternalistas digam aos cidadãos o que fazer, e nem que diminuam a liberdade de ação das pessoas, dando espaço a um Estado autoritário ou totalitário.

Eastwood foi direto: “Nós (the people) somos os donos do Pais; os políticos são nossos empregados. Quando não funcionam bem nós os demitimos.”

Aqui no Brasil, os políticos paternalistas, oportunistas e demagogos acreditam que são eles os donos do Pais. Não são não.

CLINT EASTWOOD CONVERSOU COM A CADEIRA VAZIA DE OBAMA.

CLINT EASTWOOD 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

MENSALÃO. QUE PORRADA, HEIN ZÉ?

http://www.sponholz.arq.br/

MENSALÃO. CAI A PRIMEIRA CABEÇA COROADA DO PT: JOÃO PAULO CUNHA NÃO RESISTE À MÁQUINA DA VERDADE DO STF.

A VERDADE PODE TARDAR, MAS NÃO FALHA.
NÃO HÁ COMO CONSTRUIR UM PAÍS DECENTE SOBRE ALICERCES FALSOS.

OU, UM EDIFÍCIO NÃO PARA EM PÉ SOBRE UMA BASE DE LAMA.
OU AINDA, NÃO HÁ PARTIDO DONO DA VERDADE E DA ÉTICA.

NUNCA TEREMOS UM PAÍS LIVRE E SÉRIO SE PENSARMOS EM APLICAR A
MÁXIMA MENTIROSA DE QUE OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS.

A GRANDE LIÇÃO DO STF É QUE NÃO HÁ COMO MUDAR A NATUREZA DO MAL, DO PECADO, OU DOS CRIMES MUDANDO SEU NOME.

CORRUPÇÃO É CORRUPÇÃO.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

PINNOCHIOMABA RIDES AGAIN E ENFRENTA ISAAC. Agora Obama assumiu o posto de moça do tempo, como se os americanos não soubessem lidar com furacões.




George W. Bush foi duramente criticado pelos democratas por não tomar providências federais quando Nova Orleans foi duramente atingida por um furacão. De fato, nos Estados Unidos cada estado tem muita autonomia em relação ao governo central, com leis próprias sobre quase tudo, o que produz uma enorme diferença sobre como tratamos certas questões por aqui.

Mas, talvez, apesar disso, tenha faltado uma certa habilidade política a Bush diante de tal calamidade. Como a esquerda é mais chegada ao assistencialismo e gosta de faturar politicamente com isso, Barack Obama toma a dianteira, pega seu megafone e anuncia aos quatro ventos (êpa!) que a tempestade Issac será muito perigosa!

É até meio cômico, não fossem as tais tempestades tão destruidoras e mortais, imaginar um presidente fazendo o papel de moça do tempo. Os americanos estão acostumados a isso.

Afinal, moram nessas regiões há centenas de anos e sempre conseguiram lidar com as perdas materiais (as mortes, certamente, lamentáveis, não tem solução). Por tais motivos que os conservadores estão trabalhando a imagem de Pinnochiobama na campanha.  

PINNOCHIO OBAMA:


MENSALÃO. E AGORA, JOSÉ???!!! O Mensalão existiu, e vai assombrar muita gente!

http://www.sponholz.arq.br/

MENSALÃO. TALVEZ NEM SANTO EXPEDITO (DAS CAUSAS PERDIDAS) POSSA JUDAR OS MENSALEIROS.

O SANTO DAS CAUSAS PERDIDAS


O Terra Magazine (Bob Fernandes) tem hoje um texto interessante do comentarista e desembargador aposentado (SP) Wálter Fanganiello Maierovitch. Nem sempre concordo com ele, mas os seus comhecimentos jurídicos esclarecem os leitores sobre o julgamento do Mensalão e a situação delicada em que se encontra o deputado João Paulo cunha (PT), candidato a prefeito de Osasco.  



Amanhã, os ministros supremos voltam a se reunir para continuar a sessão de julgamento do chamado Mensalão. E na sessão será desvendado um mistério. O mistério sobre o voto integral ou parcial do ministro Cezar Peluso.

Peluso cai na aposentadoria compulsória no primeiro minuto do dia 3 de setembro. E só terá tempo para participar de mais duas sessões.

 Até agora, e o calendário elaborado já está comprometido, estão sendo julgadas as duas primeiras das oito fatias acusatórias.

Para o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, a antecipação do voto integral dependerá somente da vontade de Peluso.

Britto só não explicou como seria possível Peluso, legal e regimentalmente,  se antecipar ao relator. E algum ministro poderá se opor à antecipação.

Mas, e como a última palavra é sempre do Supremo, essa Corte talvez use “botox” para disfarçar uma teratologia, ou melhor, uma monstruosidade procedimental decorrente da antecipação integral do voto, na frente e como se fosse o novo relator.

Pelo andar da carruagem, Pizzolato, Marcos Valério e seus dois sócios publicitários, poderão ser condenados por unanimidade. E pelos consumados e graves crimes de corrupção (passiva e ativa), lavagem de dinheiro e dois peculatos.

O crime de peculato, grosso modo, é o furto perpetrado por funcionário público ou assemelhado. No caso de Pizzolato e dos três corréus não foi caso de peculato tipo furto de galinha. Mas apropriação de  dinheiro público, dinheiro de todos os cidadãos brasileiros.

Caso Santo Expedito, o santo das causas impossíveis, dê uma mão,  Pizzolato pegará penas dosadas no mínimo. Se for assim, receberá pena de 7 anos e 4 meses, em inicial regime semiaberto.

Sem a graça de Santo Expedito e dado o vultoso prejuízo, a posição de mandachuva que ocupou no Banco do Brasil, a ousadia etc.,  a punição ultrapassará os 8 anos. Aí, pela lei, o regime prisional inicial será fechado.

Com relação a João Paulo Cunha, o placar está 4 a 2, com o voto claramente na banheira, ou melhor, impedido (suspeito)  do ministro Dias Toffoli.

No comitê eleitoral de Cunha deve ter calado fundo o voto da ministra Cármen Lúcia. Um voto objetivo.

A ministra Cármen Lúcia destacou a atuação de Marcos Valério na campanha vencedora de João Paulo Cunha à presidência da Câmara. Na licitação vencida por Valério e logo depois de Cunha assumir o cargo. E o jantar na residência oficial de João Paulo Cunha e com o conviva Marcos Valério, na véspera do saque dos R$ 50 mil, com emprego da esposa de Cunha na dissimulação.

Para Cármen Lúcia, a denúncia ficou provada e a versão de Cunha — sobre a tal pesquisa eleitoral e com notas fiscais de serviços em  sequência numérica a revelar arranjo — não contou com lastro mínimo de credibilidade. E a credibilidade ficou bem comprometida pelas mudanças de versões de Cunha.

Uma condenação tornará Cunha inelegível. Mas o seu mandato de deputado só pode ser cassado pela Câmara, em votação secreta e por maioria absoluta, como expressamente estabelecido na Constituição da República. 
Wálter Fanganiello Maierovitch

LEIA O TEXTO INTEGRAL EM TERRA MAGAZINE:

http://terramagazine.terra.com.br/semfronteiras/blog/2012/08/28/mensalao-pizzolato-valerio-e-jp-cunha-cabera-sempre-recurso-a-santo-expedito-das-causas-impossiveis/

JULGAMENTO NO STF PROVA QUE MENSALÃO EXISTIU. Desmorona, como castelo de areia, a tese petista (defendida por Lula) de que nada havia acontecido.

http://www.sponholz.arq.br/html/index_charge_17.html

Está no noticiário e nos principais sites e blogs de comentaristas de Política do Brasil, como o do jornalista Reinaldo Azevedo: o STF está provando que o Mensalão existiu. Não é fantasia de oposição, nem de gente que quer atrapalha as maravilhas do governo petista. 

A tese de um simples esqueminha de "caixa dois" foi desmontada. É uma maravilha que possamos ler sobre isso e ver a tese provada. O Brasil construído na imaginação de alguns estava virando um achincalhe, uma ofensa aos bons cidadãos pagantes de toda essa "maracutaia", como diria Lula (Nunca, é claro, para referir-se aos crimes dos mensaleiros da quadrilha descrita pela PGR).

Na sua esperteza, cultivada ao longo de anos de sindicalismo e bravatas políticas, penso que Lula passou a acreditar que a realidade pudesse ser mudada apenas porque mudamos as palavras e o nome das coisas. não é assim que funciona quando há uma certa liberdade para a investigação, o cruzamento de dados e a liberdade de imprensa. Tanto é assim que deu entrevista ao New Yor Times dizendo não "acreditar" na existência do chamado Mensalão. 

Não se trata de motivo de crença. Não basta dizer que não existe para a realidade desaparecer. Essa forma de encarar os fatos é conveniente, é claro, para alguns, mas deixa transparecer o desejo autoritário de "organizar", "reconstruir" a realidade, coisa típica dosmovimentos totalitários e fascistas como, por exemplo, os grupos ligados ao movimento do "politicamente correto",  em seus vários modelos.  

GILSON ALTMANN FICOU DESCONTROLADO, MAS FOI ANDRESSA HANN QUEM PERDEU A CABEÇA. Namorado apaixonado e ciumento decapita moça de 22 anos no Rio Grande do Sul. O assassino fugiu e levou a cabeça da vítima em uma moto.

NA PAREDE O PEDIDO DE DESCULPAS PELA MORTE DE ANDRESSA HAN.
ESCRITO COM O SANGUE DA VÍTIMA?
(FOTO DIVULGADA PELA POLÍCIA)

A imprensa é uma fonte inesgotável de casos, às vezes apenas bizarros, mas quase sempre cruéis. Segundo as notícias, a polícia do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, procura Gilson Alan Altmann, de 25 anos de idade, pela morte de sua namorada Andressa Hann, de 22 anos. Bem, na verdade a imprensa é uma fonte inesgotável de relatos de casos pois, infelizmente, tais casos ocorrem na realidade. 

Segundo algumas versões, o rapaz morava com ela mas não suportava mais o fato de ela ser, aparentemente, uma garota de programas. A repórter Vanessa Kannenberg, do Zero Hora, informa que o delegado José Romaci Reis já solicitou a prisão de Alan, que é considerado fugitivo da justiça. 

Após matar a moça e arrancar a sua cabeça com  uma faca serrilhada abandonada no local da morte, ele ligou para os pais, confessou o crime e fugiu de moto, levando a cabeça da vitima. 

Antes de fugir, contudo, deixou pintado na parede um pedido de desculpas (foto). Não à toa as tragédias gregas estão cheias de relatos de histórias de mortes, ciúmes, traições e violência. Em casos assim, sempre me lembro do bom e velho Nelson Rodrigues (Se não pode ser só minha, não será mais de ninguém).

VIOLÊNCIA E NATUREZA HUMANA

Por conta do noticiário, podemos achar que o mundo está enlouquecido e que a violência é maior que nunca. É claro que pode-se ter índices de violência, assaltos, homicídios, e outros crimes. Muitos, até, acham que a culpa é da mídia (como dizem) e querem culpar ou censurar  o mensageiro pela má notícia!

Pode-se, numa ou noutra oportunidade, atribuir esta ou aquela causa de fundamento social aos tais crimes; porém, quando tentamos uma perspectiva de longo prazo, chegamos à conclusão de que o ser humano é violento por natureza.

Nem todos cometem crimes, é certo, mas alguns podem cometer crimes absolutamente bárbaros, violentos, e nunca souberam ou pensaram nisso; não sabiam o que havia escondido dentro de si mesmos.

O maior desafio do ser humano é controlar a sua natureza violenta. Isso pode ser feito de fora para dentro, por repressão, medo de prisão, castigos. Mas o melhor caminho é a preparação interna, a educação.

Como alguém escreveu outro dia, “é  impossível legislar sobre a loucura”, assim, sempre deveremos estar prontos para surpresas. Como os editores, por uma questão de técnica, juntam em um espaço de página, ou num programa de TV, os crimes de um período, fica parecendo que há uma epidemia criminosa. Não acredito que haja,  não no mundo todo. 

Mas, no Brasil, como existe a crença e a percepção de uma certa impunidade, de uma certa morosidade da Justiça, parece que isso estimula ou desinibe os potenciais criminosos. Quando não há os fatores externos restritivos, e nem mais se acredita em valores, como os da civilização cristã, que tratam do respeito ao próximo, então voltamos a um tipo de selva. 

Aí é cada um por si, pois o Estado, então, parece não saber mais qual é o seu próprio papel.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A SOLIDÃO E O DESESPERO DE DILMA ROUSSEF.

http://www.sponholz.arq.br/

OS SETE FÔLEGOS DE PAULO MALUF. Maluf nunca deixará o eleitorado esquecer a famosa visita aos jardins.

http://www.sponholz.arq.br/

FERNANDO HADDAD QUER ESCONDER PAULO MALUF. MARTA QUER ENCONTRO SECRETO COM LULA, SEM HADDAD.


Tudo indica que não há muita paz nos bastidores da campanha do candidato do PT à prefeitura de São Pauloo, Fernando Haddad. O candidato, o novo poste de Lula, imposto ao eleitorado petista paulistano pelo ex-presidente comprou uma briga com a senador Marta Suplicy, pretendente ao posto.

A condução da campanha anda em deriva. Por um lado tenta a aproximação de Marta, que acredita ter muita penetração na periferia. Haddad já se sabe que ainda não nenhuma. Paulo Maluf, aquele que fez questão de receber Lula e Haddad nos jardins de sua mansão nos jardins, em São Paulo, e chamou toda a imprensa para documentar a festiva ocasião, agora atrapalha Haddad com a sua imagem ferida pelas denúncias de corrupção. 



É claro que Maluf pode, muito bem, alegar que a sua imagem é que poderá ser afetada ao estar se ligando ao PT, considerando a fieira de escândalos na qual partidários do PT se enfiaram nos últimos anos. 

O curioso é que, após a aproximação com Maluf os petistas parece querer passar a imagem de distantes dele. O homem mal aparece em eventos de Haddad e na campanha. Tudo isso parece ser fruto do insaciável pragmatismo de Lula. 

Na semana passada,Lula, Maluf e Haddad encontraram-se novamente, mas o PT impediu o acesso da imprensa ao encontro, pelo que se lê. Para evitar novas imagens. As do encontro nos jardins produziram um baita estrago, pelo visto. E Marta deverá ter encontro com Lula para discutir como participará da campanha de Haddad, que  não vai muito bem. Li que ela não quer Haddad no encontro. Reunião altamente secreta essa, hein?

http://www.sponholz.arq.br/

LOS TRES INFIERNOS DE HUGO CHÁVEZ: LA REFINERIA DE AMUAY, HENRIQUE CAPRILES Y LA ECONOMIA DE VENEZUELA. O tiranete de Caracas está enfrentando dificuldades que, talvez, não possam ser encaradas por um marketing político absolutamente ficcional.

O INFERNO DE AMUAY: ECONOMIA DA VENEZUELA
ESTÁ SUCATEADA
As coisas não parecem andar muito bem nem para o tiranete Hugo Chávez e nem, lamentavelmente, para o povo da Venezuela. No caso de Hugo Chávez, creio, se há destino, ou um Deus que a todos olha, que está colhendo o que plantou. 

Um coronel latinoamericano demagogo que finge ser um tipo de deus, uma imitação pálida de um líder como Fidel Castro (e isso também não é grande coisa, pois Castro é apenas um tirano cruel que os tontos elegeram a mito), o responsável por mergulhar a Venezuela numa das maiores crises políticas, sociais e econômicas de sua história. 

Não passa de mais um caudilho típico desta região enfeitiçada por caudilhos milagreiros, todos ávidos por tomarem conta do povo, literalmente, como se este fosse sua propriedade.

A saúde de Chávez não anda bem, como todos sabem, mas além de não tratar às claras desse assunto com o seu povo, o tiranete ainda mente, por meio de seu marqueteiro político, lançando uma campanha idiota em que aparece, como já mostrei aqui, como se fosse um jovem de dezoito anos de idade. 


O sujeito está inchado de corticóides, mal pode andar e sua propaganda o apresenta (em desenhos, é claro) saltando de moto, dançando e jogando basquete.

Para piorar as coisas, o candidato da oposição, Henrique Capriles, cresce nas pesquisas e já ultrapassou Chávez. Este já fala que o país poderá ter uma guerra. Isto é, é tão irresponsável que tentará criar dificuldade a Capriles caso este vença a eleição. 

Em suma, Chávez agirá contra seu próprio povo. É típico de maus perdedores e autoritários em geral, que se colocam como os salvadores da pátria.

Mais de um milhão de venezuelanos foram embora do país nos últimos anos, em busca de melhores oportunidades de vida. A economia funciona mal e há imensas falhas de abastecimento. Não há investimentos em obras e nem manutenção de esquipamentos. Essa foi a causa provável da explosão na maior refinaria do País,  Amuay, com dezenas de mortos e feridos.

Chávez é arrogante e só faz propaganda enganosa. É um boquirroto que fala dos Estados Unidos, mas estes são o maior comprador de petróleo da Venezuela. Além disso, aliado a mais populistas e esquerdistas e nacionalistas Chávez ajuda, por meio do Foro de São Paulo a mergulhar a América Latina no atraso e na pobreza, e na consequente violência social que usará, depois, para dizer que é culpa do capitalismo, etc, blá, blá, blá... 

Não passa de mais um adepto do quanto pior, melhor. Só assim essa gente sobrevive.   

IMAGEM DO INCÊNDIO DE EL NUEVO HERALD:
http://www.elnuevoherald.com/2012/08/26/1285914/vivir-al-borde-de-un-infierno.html

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

ROLAND BARTHES, LEWANDOWSKI E DRÁCULA. A RESPEITO DE UMA GRANDE FOTOGRAFIA DE IMPRENSA DE ANDRÉ DUSEK.



NÃO SOU O PRIMEIRO A COMENTAR ESTA GRANDE FOTO DE ANDRÉ DUSEK (AGÊNCIA ESTADO) PUBLICADA PELA VEJA. 

VI A FOTO NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM E NÃO RESISTI.

LEMBREI-ME DE UM TEXTO EM QUE O TEÓRICO ROLAND BARTHES ENSAIA SOBRE FOTOGRAFIA (A MENSAGEM FOTOGRÁFICA) E DIZ QUE UM BOM FOTÓGRAFO TEM A CAPACIDADE DE COMUNICAR QUANDO USA AS REFERÊNCIAS DA CULTURA EM QUE VIVE COMO SUPORTE PARA A MENSAGEM.

ISTO É, UMA FOTO PODE IR ALÉM DA DENOTAÇÃO.

A FOTO ACIMA, CONSIDERANDO O MOMENTO HISTÓRICO EM QUE VIVEMOS, AS INFINDÁVEIS DISCUSSÕES ENTRE OS MINISTROS, CHEIOS DE PRERROGATIVAS E VAIDADES, AS INCERTEZAS DO JULGAMENTO DO MENSALÃO, FEZ-ME LEMBRAR DE IMEDIATO DOS FILMES DE VAMPIROS. 

NADA MELHOR QUE O CONDE DRÁCULA. CONOTAÇÃO PURA.

GRANDE "FEELING" DO FOTÓGRAFO DUSEK. 

A IMAGEM COMO PERFEITA TRADUÇÃO DO MOMENTO PELO QUAL O BRASIL PASSA.

DRÁCULA, POR BELA LUGOSI
BELA LUGOSI
http://www.dianaframe.com/images/belalugosi.jpg


ABORTO. HÁ 50% DE CHANCE DO FETO SER HUMANO; 50% DE NÃO O SER. Portanto, o aborto pode ser homicídio. Não é melhor deixar que as crianças nasçam em paz?




Muitas vezes, ao longo da vida, pensei sobre a questão do aborto. Sim ou não? Embora de família de formação católica, batizado e crismado, diante de certos fatos aparentemente cruéis da realidade imaginei não ser de todo descabido optar pelo aborto.

Nunca por razões econômicas, mas naquela situações em que os pais são informados, com razoável grau de certeza de que seu filho nascerá com sérias lesões. Abortar: sim ou não?

Mesmo assim, nunca me pareceu muito simpático, ético ou estético impedir alguém de viver. Defensores do aborto, por vezes, defendem o direito da mãe ao próprio corpo. Sim, concordo. O corpo é da mãe, e daí? O embrião, o feto, o filho é mero adereço? É propriedade materna?

Passaria pela cabeça de alguém matar o próprio filho de dez, 12 ou 14 anos de idade por dar muito trabalho e andar metido com drogas? Os casos em que isso aconteceu foram exceções, quando o filho drogado atacou a mãe, por exemplo, para matar. Então o pai reagiu mortalmente; deve ser uma decisão terrível...

Parece certo um governo decidir que seus cidadãos não podem ter filhos ou filhas além de um limite, por razões econômicas? Não lhes parece uma barbaridade?

Um dos grande valores da civilização cristã é a solidariedade, o apoio ao outro, ao fraco, ao doente. Optar pelo aborto em nome da Economia ou de motivos egoísticos como apelar para o fato do corpo da mulher ser seu (é claro que é!) e permitir a morte de crianças não nascidas (fetos são crianças ainda não nascidas) é voltar aos tempos pagãos.

Aliás, o afastamento dos  valores da cristandade, como civilização, é que nos aproxima de aspectos tenebrosos do passado, em que fetos eram nada, e podiam ser vistos de forma pragmática, como o faziam os espartanos ao matarem suas crianças aleijadas que não conseguiriam ser soldados úteis a Esparta. Elas eram jogadas montanha abaixo para morrer.

Trabalho com alunos há dezenas de anos. Últimamente chegam à universidade alunos com deficiências aparentemente graves, que nunca havia visto em sala de aula, mas é notável observar a sagacidade, a curiosidade, a capacidade de aprendizado de alguns deles, apesar de todas as suas dificuldades motoras e de expressão.

Pelo desejo dos abortistas, estariam todos mortos. Ainda bem que seus pais não pensaram assim.      

GUTENBERG J.


BAÚ DE TEXTOS     

Desejo de matar

Olavo de Carvalho

Amigos e leitores pedem-me uma opinião sobre o aborto. Mas, inclinado por natureza à economia de esforço, meu cérebro se recusa a criar uma opinião sobre o quer que seja, exceto quando encontra um bom motivo para fazê-lo. Diante de um problema qualquer, sua reação instintiva é apegar-se ferozmente ao direito natural de não pensar no caso. Mas, ao argumentar em favor desse direito, ele acaba tendo de se perguntar por que afinal existe o maldito problema. Assim, o que era uma tentativa de não pensar acaba por se tornar uma investigação de fundamentos, isto é, o empreendimento mais filosófico que existe. Os futuros autores de biografias depreciativas dirão, com razão, que me tornei filósofo por mera preguiça de pensar. Mas, como a preguiça gradua os assuntos pela escala de atenção prioritária mínima, acabei por desenvolver um agudo sentimento da diferença entre os problemas colocados pela fatalidade das coisas e os problemas que só existem porque determinadas pessoas querem que existam.

Ora, o problema do aborto pertence, com toda a evidência, a esta última espécie. O questionamento do aborto existe porque a prática do aborto existe, e não ao contrário. Que alguém decida em favor do aborto é o pressuposto da existência do debate sobre o aborto. Mas o que é pressuposto de um debate não pode, ao mesmo tempo, ser a sua conclusão lógica. A opção pelo aborto, sendo prévia a toda discussão, é inacessível a argumentos. O abortista é abortista por decisão livre, que prescinde de razões. Essa liberdade afirma-se diretamente pelo ato que a realiza e, multiplicado por milhões, se torna liberdade genericamente reconhecida e consolidada num "direito". Daí que o discurso em favor do aborto evite a problemática moral e se apegue ao terreno jurídico e político: ele não quer tanto afirmar um valor, mas estatuir um direito (que pode, em tese, coexistir com a condenação moral do ato).

Quanto ao conteúdo do debate, os adversários do aborto alegam que o feto é um ser humano, que matá-lo é crime de homicídio. Os partidários alegam que o feto é apenas um pedaço de carne, uma parte do corpo da mãe, que deve ter o direito de extirpá-lo à vontade. No presente score da disputa, nenhum dos lados conseguiu ainda persuadir o outro. Nem é razoável esperar que o consiga, pois, não havendo na presente civilização o menor consenso quanto ao que é ou não é a natureza humana, não existem premissas comuns que possam fundamentar um desempate.

Mas o empate mesmo acaba por transfigurar toda a discussão: diante dele, passamos de uma disputa ético-metafísica, insolúvel nas presentes condições da cultura ocidental, a uma simples equação matemática cuja resolução deve, em princípio, ser idêntica e igualmente probante para todos os seres capazes de compreendê-la. Essa equação formula-se assim: se há 50% de probabilidades de que o feto seja humano e 50% de probabilidades de que não o seja, apostar nesta última hipótese é, literalmente, optar por um ato que tem 50% de probabilidades de ser um homicídio.

Com isso, a questão toda se esclarece mais do que poderia exigi-lo o mais refratário dos cérebros. Não havendo certeza absoluta da inumanidade do feto, extirpá-lo pressupõe uma decisão moral (ou imoral) tomada no escuro. Podemos preservar a vida dessa criatura e descobrir mais tarde que empenhamos em vão nossos altos sentimentos éticos em defesa do que não passava, no fim das contas, de mera coisa. Mas podemos também decidir extirpar a coisa, correndo o risco de descobrir, tarde demais, que era um ser humano. Entre a precaução e a aposta temerária, cabe escolher? Qual de nós, armado de um revólver, se acreditaria moralmente autorizado a dispará-lo, se soubesse que tem 50% de chances de acertar numa criatura inocente? Dito de outro modo: apostar na inumanidade do feto é jogar na cara-ou-coroa a sobrevivência ou morte de um possível ser humano.

Chegados a esse ponto do raciocínio, todos os argumentos pró-aborto tornaram-se argumentos contra. Pois aí saímos do terreno do indecidível e deparamos com um consenso mundial firmemente estabelecido: nenhuma vantagem defensável ou indefensável, nenhum benefício real ou hipotético para terceiros pode justificar que a vida de um ser humano seja arriscada numa aposta.

Mas, como vimos, a opção pró-aborto é prévia a toda discussão, sendo este o motivo pelo qual o abortista ressente e denuncia como "violência repressiva" toda argumentação contrária. A decisão pró-aborto, sendo a pré-condição da existência do debate, não poderia buscar no debate senão a legitimação ex post facto de algo que já estava decidido irreversivelmente com debate ou sem debate. O abortista não poderia ceder nem mesmo ante provas cabais da humanidade do feto, quanto mais ante meras avaliações de um risco moral. Ele simplesmente deseja correr o risco, mesmo com chances de zero por cento. Ele quer porque quer. Para ele, a morte dos fetos indesejados é uma questão de honra: trata-se de demonstrar, mediante atos e não mediante argumentos, uma liberdade autofundante que prescinde de razões, um orgulho nietzschiano para o qual a menor objeção é constrangimento intolerável.

Creio descobrir, aí, a razão pela qual meu cérebro se recusava obstinadamente a pensar no assunto. Ele pressentia a inocuidade de todo argumento ante a afirmação brutal e irracional da pura vontade de matar. É claro que, em muitos abortistas, esta vontade permanece subconsciente, encoberta por um véu de racionalizações humanitárias, que o apoio da mídia fortalece e a vociferação dos militantes corrobora. Porém é claro também que não adianta nada argumentar com pessoas capazes de mentir tão tenazmente para si próprias.

Jornal da Tarde, 22 de janeiro de 1998

TEXTO DE OLAVO DE CARVALHO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:

IMAGENS