NO IMAGINÁRIO DA ESQUERDA,
CUBA ESTÁ CERCADA DE NAVIOS DE GUERRA AMERICANOS
Este blog publicou
diversos textos sobre as mentiras que se contam sobre o tal bloqueio americano
a Cuba. Muita gente inocente e desinformada deve imaginar que há uma cerca de
arame farpado à voltada fazenda de Fidel Castro, à moda do imenso muto que
separa México dos Estados Unidos. Mas a barreira com o México é para evitar que
milhões mexicanos se mudem para o inferno americano...
Outros devem imaginar que o Mar do Caribe, por onde circulam
transatlânticos deslumbrantes, está coalhado de minas de superfície e de
profundidade, para evitar que os cubanos fujam ou que turistas cheios de dólares
ou euros possam se esbaldar sob o sol de Havana e praias especialissimas, quase
proibidas ao cubano comum, aquele pé-de-chinelo comuna, do povo, um tipo de
cidadão de segunda classe, ou quinta categoria, que não tem dinheiro para
gastar e que, por isso, importuna turistas pelas ruas para conseguir uns
trocados ou obter favores.
O tal embargo americano, coisa de mais de 50 anos, não foi
um anel de aço posto à volta de Cuba. Empresas americanas não podem fazer comércio
com Cuba, por conta do regime comunista haver expropriado milhares de
propriedades de americanos que tinham negócios em Cuba.
O regime comunista cubano mantém, hoje, relações comerciais
com mais de cem países. Os melhores hotéis, que vivem lotados de turistas de
todo o mundo, são de capital espanhol, por exemplo.
O problema cubano é que os comunistas, com a mania de
centralizarem tudo e planejarem a realidade de modo quase absoluto, destruíram
a economia e a agricultura que existiam antes da revolução de 1959. Cuba era um
país com ótimo nível de vida àquela época.
A produção agrícola cubana praticamente acabou e hoje a ilha
vive de favores de gente como Hugo Chávez, que exporta petróleo a preços
subsidiados, dando de presente aos cubanos aquilo que não lhe pertence, mas
aos venezuelanos.
Todos os países que fazem parte do Foro de São Paulo ajudam
Cuba ao seu modo, para evitarem a ruína completa do centro difusor da ideologia
comunista na América Latina. O Brasil também tem negócios de milhões de dólares,
por conta do governo querer fazer cortesia com o chapéu alheio. Cuba nunca
pagará tais empréstimos ou obras feitas por empresas brasileiras com
financiamento do BNDES.
É só propaganda.
A incompetência gerencial comunista é histórica.
GJ
Assim,
Percival Puggina conta, no texto a seguir, como Tarso Genro furou o bloqueio
americano para, mais uma vez, o Brasil pagar a conta da incompetência cubana.
Tarso Genro furou o bloqueio?
Percival Puggina
11 Novembro 2012
Quando o governador Tarso Genro anunciou que iria a Cuba com
uma caravana de empresários para comercializar produtos gaúchos, fiquei
pensando: como essas exportações irão perfurar o "terrível bloqueio
americano"? Viajarão de submarino? Chegarão, furtivamente, alta madrugada,
a bordo de pequenos e discretos botes de borracha, vindas de Key West, na
direção inversa à dos cubanos evadidos?
Ironias à parte, nem Tarso Genro, viu-se agora, acredita no
"terrível bloqueio americano". Esse clichê só é válido quando se
torna necessário explicar a pobreza da ilha após mais de meio século de
comunismo e revolução, ao longo dos quais só se faz, por lá, o que os Castro
mandam. Mesmo assim, Tarso foi a Cuba, com numerosa comitiva, vender produtos
do Rio Grande do Sul ao sonolento mercado daquele país.
Minha mais recente viagem a Cuba ocorreu em novembro do ano
passado. Mantenho-me atualizado sobre a realidade cubana. Recebo, assiduamente,
informações por meio de amigos que, contornando as dificuldades impostas pelo
regime, se dedicam ao chamado "periodismo independente". Periodismo
independente, para os efeitos ocidentais, é apenas jornalismo.
Em Cuba é
diferente. Lá, jornalistas, reconhecidos como tal, são meros redatores da
imprensa oficial. Portanto, tenho informações atualizadas. E sei que o país não
dispõe de dinheiro para coisa alguma. A famosa "libreta" - caderneta
de racionamento criada sob mal-estar nacional, em 1963 - foi perdendo conteúdo
e qualidade. Hoje, quando o governo cogita em extingui-la, ocorrem protestos
populares... Sem a libreta, muitos cubanos não sobreviveriam.
O país é muito pobre. A recente abertura para
empreendimentos totalmente privados restringe-se a pequenos serviços, sem
efeito perceptível na morna cadência da vida econômica de um país em que a
quase totalidade da força de trabalho atua no serviço público. Na verdade, o
que o governo fez foi legalizar o velho mercado negro de serviços e os
"cuentapropistas" (trabalhadores por conta própria que há alguns anos
vinham atuando no país). Nesse contexto de pobreza geral, Cuba - entenda-se,
como tal, o governo cubano - não poderia comprar e pagar por nada que lhe
pretendêssemos vender. Não é à toa que os Estados Unidos, só lhe vende à vista.
Darei um exemplo. O vidro dianteiro do taxi que me levou do hotel ao aeroporto
estava totalmente trincado. Creio que se mantinha no local por docilidade das
forças da natureza ao regime. Perguntei ao motorista por que não o substituíam.
Disse-me ele: "Porque no hay ni plata ni reemplazo", ou seja, não há
dinheiro, nem peças de reposição. Note-se que era um taxi para turistas,
propriedade do governo. Segundo o motorista, o vidro estava assim havia quase
um ano e quando ele referia a situação ao chefe da repartição onde deixava o
carro, este lhe respondia que podia recolher o veículo e abandoná-lo lá.
O modo de exportar para Cuba encontrado por Tarso Genro foi
fazer o Badesul buscar R$ 40 milhões no BNDES e, com esse montante, financiar
as vendas gaúchas. É um negócio de risco, que jamais seria assumido por um banco
privado, diante da má fama de Cuba no mercado internacional. É o que me
asseguram pessoas conhecedoras desse tipo de operação. Com Cuba? Nem pensar.
De
fato, a situação da economia cubana é pior do que a da Grécia. Os títulos da
dívida cubana junto ao Clube de Paris chegam a US$ 30 bilhões e estão em
situação de calote ou atrasados ( wharton.universia.net ). O país exporta três
vezes menos do que importa (indexmundi), o que mostra a inoperância do seu,
digamos assim, parque produtivo. E o Badesul vai entrar nessa roubada porque a
ideologia do governador gaúcho tem razões que a razão desconhece.
TEXTO DE PERCIVAL PUGGINA REPRODUZIDO DO SITE MIDIA SEM MÁSCARA:
Nenhum comentário:
Postar um comentário