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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

SANTA CATARINA E SÃO PAULO, OS DOIS ESTADOS MAIS SEGUROS DO BRASIL ESTÃO SOB ATAQUE MISTERIOSO. Como os estados com menos mortes por 100 mil habitantes repentinamente explodem em violência? O terrorismo faz parte da luta revolucionária. O que temos em SP e SC é terrorismo.

PROPAGANDA TERRORISTA: FOGO, MORTES E MEDO.




SÃO PAULO E SANTA CATARINA - OS DOIS ESTADOS MAIS SEGUROS DO PAÍS - ESTÃO SOB ATAQUES COM MÉTODOS TERRORISTAS.
QUEM GANHA COM ISSO, AFINAL?


Na falta de um bom proletário, ou uma penca deles, conforme a visão de Karl Marx, para que a revolução comunista possa ser realizada, inventa-se qualquer desculpa para estimular desde rebeldes sem causa até revoltados por motivos justos, como posseiros perseguidos por jagunços e grileiros.

O texto a seguir (“Regra Geral”), reproduzido do site Mídia Sem Máscara, de autoria do professor e filósofo Olavo de Carvalho, desnuda a lógica revolucionária que se percebe sendo utilizada em sociedades democráticas, mais ou menos industrializadas, e bastante urbanizadas, como o Brasil do Século XXI.

O professor lembra, no texto, o festival extemporâneo de homicídios incrementados em São Paulo neste ano de 2012. Acrescento o que se repete, agora, de forma quase inexplicável em Santa Catarina, como se um tipo de mimetismo criminoso estimulasse bandidos catarinenses a matarem policiais, num espetáculo já visto na região da Grande São Paulo.

Parabenizo o prof. Olavo pela agudeza a percepção sobre o que acontece no Brasil no seu texto "Regra Geral". Ele nos alerta de longa data sobre o processo revolucionário.
O que é indigno, revoltante mesmo, é o trabalho (ou destrabalho?) da chamada grande Imprensa em apenas relatar os crimes e execuções de policiais, sem colocar os fatos numa perspectiva que permita a análise.

O jornalista Reinaldo Azevedo publicou algumas vezes no seu blog a tabela que mostra que Santa Catarina era o estado com menor número de mortes por 100 mil habitantes, sendo São Paulo o segundo, com 10 mortos por 100 mil habitantes.

São Paulo teria ultrapassado S. Catarina, ficando em primeiro lugar em termos de menos mortes, indicando que a política de prender bandidos funciona. Capitais do Nordeste chegam a 70 ou 80 mortos por 100 mil habitantes. Salvador, administrada pelo PT, é um inferno.

Curiosamente São Paulo, e agora Santa Catarina, começam a ter mortes às dúzias, a partir do nada. Digo nada, porque não há sentido em, repentinamente, criminosos começarem a matar policiais. Se eu fosse um quadrilheiro não ficaria matando policiais, para colocar atrás de mim... a polícia!

Isso não é natural.

O professor Olavo diz que é necessário buscar outros insatisfeitos, para criar um clima negativo, afetar a Opinião Púbica com impacto e deixar as pessoas e a própria polícia insegura.

Bem, chamo a isso terrorismo.

A GUERRILHA DE PORECATU
 
O prof. tem toda a razão. Por estes dias li um livro muito interessante de um jornalista (Marcelo Oikawa) que pesquisou 20 anos para escrever um livro chamado "Porecatu - a guerrilha que os comunistas esqueceram".

Os fatos em Porecatu, norte do PR, aconteceram entre 1944 e 1951, muito mais devido à desorganização do governo do Estado, à infestação de corruptos aproveitadores, a grileiros e fazendeiros ávidos por terras, e muito menos pela ação de simples posseiros que enfrentaram a mata em uma região hostil às beiras do Paranapanema e Tibagi, para fincar raízes e viver da terra.

As trapalhadas dos governantes e as ações sujas de agentes governamentais na distribuição de títulos de propriedade foram de tal ordem que os lavradores ficaram revoltados, até que o PCB percebeu o potencial revolucionário da siuação.

Com isso, infiltraram-se na região e começaram a induzir os camponeses à luta armada. Por um lado, os camponeses lutavam pelas suas posses, e eram injustiçados pelo descaso do governo estadual. 

Por outro, os comunistas pensavam em usar a revolta dos lavradores (foram as primeiras ligas camponesas do Brasil) para ensaiar a tomada do poder. Em 1951 tudo acabou, com muitas mortes de ambos os lados, e o esquecimento dos fatos, mesmo pelos comunistas.

Esse era o exemplo que eu queria lembrar.

Há, como diz o prof. Olavo, grupos com insatisfações na sociedade, justas ou injustas, mas qualquer coisa pode servir à causa revolucionária. Santa Catarina e São Paulo, apesar da vitória de Haddad, ainda resistem a esses revolucionários.

Eu me recuso a pensar que os ataques para criar o caos urbano, as manchetes perversas de jornais, as declarações idiotas de autoridades federais sobre os fatos e as metas eleitorais tenham algo em comum.

Eu me recuso a crer que isso possa acontecer numa democracia, e que adversários políticos possam ser tão sujos. Talvez seja mera impressão de minha parte, resultante da impregnação pelo noticiário negativo.

Se tem, estamos em tempos realmente nojentos e amedrontadores, pois as pessoas comuns parecem não haver se dado conta disso. Como, do nada, mortes explodem em SP e SC criando a impressão de que são estados mais inseguros que a maioria absoluta dos estados brasileiros?, quando a verdade é exatamente o contrário? 

São Paulo e Santa Catarina são os mais seguros.

Há um ataque proposital a São Paulo e Santa Catarina. A quem servem esses ataques e esse clima de medo e insegurança? Isso talvez saibamos em breve. Talvez até as eleições de 2014.

Gutenberg J.

REGRA GERAL

Olavo de Carvalho
14 Novembro 2012


Se vocês ainda não notaram, aproveitem o festival de homicídios em São Paulo como ocasião perfeita para notar esta regra geral nunca desmentida: com a mesma constância com que em qualquer nação agrária e atrasada as revoluções socialistas resultam imediatamente na instauração de ditaduras genocidas, em todo país mais ou menos próspero e democrático onde a esquerda se torne hegemônica as taxas de criminalidade sobem e não param mais de subir. O primeiro desses fenômenos observou-se na Rússia, na China, na Coréia do Norte, no Camboja, em Cuba etc. O segundo, na França, na Inglaterra, na Argentina, na Venezuela, nos EUA, no Brasil e um pouco por toda parte no Ocidente.

Por que? E há alguma relação entre essas duas séries de fatos?

Todo o esquema socialista baseia-se na idéia de Karl Marx de que o proletariado industrial é a classe revolucionária por excelência, separada da burguesia por uma contradição inconciliável entre seus interesses respectivos.

Quando um partido revolucionário toma o poder numa nação atrasada, predominantemente agrária, como a Rússia de 1917 e a China de 1949, não encontra ali uma classe proletária suficientemente numerosa para poder servir de base à transformação da sociedade.

O remédio é apelar à industrialização forçada, para criar um proletariado da noite para o dia e “desenvolver as forças produtivas” até o ponto de ruptura em que a burguesia se torne desnecessária e possa ser substituída por administradores proletários. Para isso é preciso instaurar uma ditadura totalitária que possa controlar e remanejar a força de trabalho a seu belprazer (Trotski chamava isso de “militarização do trabalho”). Daí a semelhança de métodos entre os regimes revolucionários socialistas e fascistas: ambos têm como prioridade a industrialização forçada, com a única diferença de que os fascistas a desejam por motivos nacionalistas e os socialistas pelo anseio da revolução mundial.

Já quando a esquerda revolucionária sobe ao poder por via eleitoral numa nação mais ou menos democrática e desenvolvida, ela encontra um proletariado numeroso e às vezes até organizado. Mas é um proletariado que já não serve como classe revolucionária, porque a evolução do capitalismo, em vez de empobrecê-lo e marginalizá-lo como previa Marx, elevou seu padrão de vida formidavelmente e o integrou na sociedade como uma nova classe média, indiferente ou hostil à proposta de revoluções.

Para não ficar socialmente isolados e politicamente ineficazes, os revolucionários têm de encontrar algum outro grupo social cujo conflito de interesses com o resto da sociedade possa ser explorado. Mas não existe nenhum que tenha com a burguesia um antagonismo econômico tão direto e claro, um potencial revolucionário tão patente quanto aquele que Karl Marx imaginou enxergar no proletariado. Não havendo nenhuma “classe revolucionária” pura e pronta, o remédio é tentar formar uma juntando grupos heterogêneos, movidos por insatisfações diversas.

Daí por diante, quaisquer motivos de queixa, por mais subjetivos, doidos ou conflitantes entre si, passarão a ser aproveitados como fermentos do espírito revolucionário. O preço é a dissolução completa da unidade teórica do movimento, obrigado a acolher em seu seio os interesses mais variados e mutuamente incompatíveis.

Narcotraficantes sedentos de riqueza e poder, ladrões, assassinos e estelionatários revoltados contra o sistema penal, milionários ávidos de um prestígio político (ou até intelectual) à altura da sua conta bancária, professores medíocres ansiosos para tornar-se guias morais da multidão, donas de casa pequeno-burguesas insatisfeitas com a rotina doméstica, estudantes e pequenos intelectuais indignados com a sociedade que não recompensa os seus méritos imaginários, imigrantes recém-chegados que exigem seu quinhão de uma riqueza que não ajudaram a construir, pessoas inconformadas com o sexo em que nasceram – todos agora marcham lado a lado com lavradores expulsos de suas terras, pais de família desempregados e minorias raciais discriminadas, misturando numa pasta confusa e explosiva os danos reais e supostos, objetivos e subjetivos, que todos acreditam ter sofrido, e lançando as culpas num alvo tão onipresente quanto impalpável: o “sistema” ou “a sociedade injusta”.

Sendo obviamente impossível unificar todos esses interesses numa construção ideológica coerente e elegante como o marxismo clássico, a solução é apelar a algo como a “teoria crítica” da Escola de Frankfurt, que atribui ao intelectual revolucionário a missão única de tudo criticar, denunciar, corroer e destruir, concentrando-se no “trabalho do negativo”, como o chamava Hegel, sem nunca se preocupar com o que vai ser posto no lugar dos males presentes.

O sr. Lula nunca estudou a teoria crítica, mas fez eco ao falatório dos intelectuais ao seu redor quando, após vários anos na presidência e duas décadas como líder absoluto do Foro de São Paulo, confessou: “Ainda não sabemos qual o tipo de socialismo que queremos.” Não sabemos nem precisamos saber: só o que interessa é seguir em frente – forward, como no lema de campanha de Barack Hussein Obama --, acusando, inculpando e gerando cada vez mais confusão que em seguida será debitada, invariavelmente, na conta da “sociedade injusta”.

Se na esfera intelectual essa atitude chegou a produzir até a negação radical da lógica e da objetividade da linguagem e a condenar como autoritária a simples exigência de veracidade, como não poderia suscitar, no campo da moral social, o florescimento sem precedentes da amoralidade cínica e da criminalidade galopante?

TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:

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