PROPAGANDA TERRORISTA: FOGO, MORTES E MEDO. |
SÃO PAULO E SANTA CATARINA - OS DOIS ESTADOS MAIS SEGUROS DO PAÍS - ESTÃO SOB ATAQUES COM MÉTODOS TERRORISTAS.
QUEM GANHA COM ISSO, AFINAL?
Na falta de um bom proletário, ou uma penca deles, conforme
a visão de Karl Marx, para que a revolução comunista possa ser realizada,
inventa-se qualquer desculpa para estimular desde rebeldes sem causa até
revoltados por motivos justos, como posseiros perseguidos por jagunços e
grileiros.
O texto a seguir (“Regra Geral”), reproduzido do site Mídia
Sem Máscara, de autoria do professor e filósofo Olavo de Carvalho, desnuda a
lógica revolucionária que se percebe sendo utilizada em sociedades
democráticas, mais ou menos industrializadas, e bastante urbanizadas, como o
Brasil do Século XXI.
O professor lembra, no texto, o festival extemporâneo de
homicídios incrementados em
São Paulo neste ano de 2012. Acrescento o que se repete,
agora, de forma quase inexplicável em Santa Catarina,
como se um tipo de mimetismo criminoso estimulasse bandidos catarinenses a
matarem policiais, num espetáculo já visto na região da Grande São Paulo.
Parabenizo o prof. Olavo pela agudeza a percepção sobre o
que acontece no Brasil no seu texto "Regra Geral". Ele nos alerta de
longa data sobre o processo revolucionário.
O que é indigno, revoltante mesmo, é o trabalho (ou
destrabalho?) da chamada grande Imprensa em apenas relatar os crimes e
execuções de policiais, sem colocar os fatos numa perspectiva que permita a
análise.
O jornalista Reinaldo Azevedo publicou algumas vezes no seu
blog a tabela que mostra que Santa Catarina era o estado com menor número de
mortes por 100 mil habitantes, sendo São Paulo o segundo, com 10 mortos por 100
mil habitantes.
São Paulo teria ultrapassado S. Catarina, ficando em
primeiro lugar em termos de menos mortes, indicando que a política de prender
bandidos funciona. Capitais do Nordeste chegam a 70 ou 80 mortos por 100 mil
habitantes. Salvador, administrada pelo PT, é um inferno.
Curiosamente São Paulo, e agora Santa Catarina, começam a
ter mortes às dúzias, a partir do nada. Digo nada, porque não há sentido em,
repentinamente, criminosos começarem a matar policiais. Se eu fosse um
quadrilheiro não ficaria matando policiais, para colocar atrás de mim... a
polícia!
Isso não é natural.
O professor Olavo diz que é necessário buscar outros
insatisfeitos, para criar um clima negativo, afetar a Opinião Púbica com
impacto e deixar as pessoas e a própria polícia insegura.
Bem, chamo a isso terrorismo.
A GUERRILHA DE PORECATU
O prof. tem toda a razão. Por estes dias li um livro muito
interessante de um jornalista (Marcelo Oikawa) que pesquisou 20 anos para
escrever um livro chamado "Porecatu - a guerrilha que os comunistas
esqueceram".
Os fatos em Porecatu, norte do PR, aconteceram entre 1944 e
1951, muito mais devido à desorganização do governo do Estado, à infestação de
corruptos aproveitadores, a grileiros e fazendeiros ávidos por terras, e muito
menos pela ação de simples posseiros que enfrentaram a mata em uma região
hostil às beiras do Paranapanema e Tibagi, para fincar raízes e viver da terra.
As trapalhadas dos governantes e as ações sujas de agentes
governamentais na distribuição de títulos de propriedade foram de tal ordem que
os lavradores ficaram revoltados, até que o PCB percebeu o potencial
revolucionário da siuação.
Com isso, infiltraram-se na região e começaram a induzir os
camponeses à luta armada. Por um lado, os camponeses lutavam pelas suas posses, e eram
injustiçados pelo descaso do governo estadual.
Por outro, os comunistas pensavam em usar a revolta dos
lavradores (foram as primeiras ligas camponesas do Brasil) para ensaiar a
tomada do poder. Em 1951 tudo acabou, com muitas mortes de ambos os lados, e o
esquecimento dos fatos, mesmo pelos comunistas.
Esse era o exemplo que eu queria lembrar.
Há, como diz o prof. Olavo, grupos com insatisfações na
sociedade, justas ou injustas, mas qualquer coisa pode servir à causa
revolucionária. Santa Catarina e São Paulo, apesar da vitória de Haddad, ainda
resistem a esses revolucionários.
Eu me recuso a pensar que os ataques para criar o caos
urbano, as manchetes perversas de jornais, as declarações idiotas de
autoridades federais sobre os fatos e as metas eleitorais tenham algo em comum.
Eu me recuso a crer que isso possa acontecer numa democracia, e que adversários políticos possam ser tão sujos. Talvez seja mera impressão de minha parte, resultante da impregnação pelo noticiário negativo.
Eu me recuso a crer que isso possa acontecer numa democracia, e que adversários políticos possam ser tão sujos. Talvez seja mera impressão de minha parte, resultante da impregnação pelo noticiário negativo.
Se tem, estamos em tempos realmente nojentos e
amedrontadores, pois as pessoas comuns parecem não haver se dado conta disso. Como,
do nada, mortes explodem em SP e SC criando a impressão de que são estados mais
inseguros que a maioria absoluta dos estados brasileiros?, quando a verdade é exatamente
o contrário?
São Paulo e Santa Catarina são os mais seguros.
Há um ataque proposital a São Paulo e Santa Catarina. A quem
servem esses ataques e esse clima de medo e insegurança? Isso talvez saibamos
em breve. Talvez até as eleições de 2014.
Gutenberg J.
REGRA GERAL
Olavo de Carvalho
14 Novembro 2012
Se vocês ainda não notaram, aproveitem o festival de
homicídios em São Paulo
como ocasião perfeita para notar esta regra geral nunca desmentida: com a mesma
constância com que em qualquer nação agrária e atrasada as revoluções
socialistas resultam imediatamente na instauração de ditaduras genocidas, em
todo país mais ou menos próspero e democrático onde a esquerda se torne
hegemônica as taxas de criminalidade sobem e não param mais de subir. O
primeiro desses fenômenos observou-se na Rússia, na China, na Coréia do Norte,
no Camboja, em Cuba etc. O segundo, na França, na Inglaterra, na Argentina, na
Venezuela, nos EUA, no Brasil e um pouco por toda parte no Ocidente.
Por que? E há alguma relação entre essas duas séries de
fatos?
Todo o esquema socialista baseia-se na idéia de Karl Marx de
que o proletariado industrial é a classe revolucionária por excelência,
separada da burguesia por uma contradição inconciliável entre seus interesses
respectivos.
Quando um partido revolucionário toma o poder numa nação
atrasada, predominantemente agrária, como a Rússia de 1917 e a China de 1949,
não encontra ali uma classe proletária suficientemente numerosa para poder
servir de base à transformação da sociedade.
O remédio é apelar à industrialização forçada, para criar um
proletariado da noite para o dia e “desenvolver as forças produtivas” até o
ponto de ruptura em que a burguesia se torne desnecessária e possa ser
substituída por administradores proletários. Para isso é preciso instaurar uma
ditadura totalitária que possa controlar e remanejar a força de trabalho a seu
belprazer (Trotski chamava isso de “militarização do trabalho”). Daí a
semelhança de métodos entre os regimes revolucionários socialistas e fascistas:
ambos têm como prioridade a industrialização forçada, com a única diferença de
que os fascistas a desejam por motivos nacionalistas e os socialistas pelo
anseio da revolução mundial.
Já quando a esquerda revolucionária sobe ao poder por via
eleitoral numa nação mais ou menos democrática e desenvolvida, ela encontra um
proletariado numeroso e às vezes até organizado. Mas é um proletariado que já
não serve como classe revolucionária, porque a evolução do capitalismo, em vez
de empobrecê-lo e marginalizá-lo como previa Marx, elevou seu padrão de vida
formidavelmente e o integrou na sociedade como uma nova classe média,
indiferente ou hostil à proposta de revoluções.
Para não ficar socialmente isolados e politicamente
ineficazes, os revolucionários têm de encontrar algum outro grupo social cujo
conflito de interesses com o resto da sociedade possa ser explorado. Mas não
existe nenhum que tenha com a burguesia um antagonismo econômico tão direto e
claro, um potencial revolucionário tão patente quanto aquele que Karl Marx
imaginou enxergar no proletariado. Não havendo nenhuma “classe revolucionária”
pura e pronta, o remédio é tentar formar uma juntando grupos heterogêneos,
movidos por insatisfações diversas.
Daí por diante, quaisquer motivos de queixa, por mais
subjetivos, doidos ou conflitantes entre si, passarão a ser aproveitados como
fermentos do espírito revolucionário. O preço é a dissolução completa da
unidade teórica do movimento, obrigado a acolher em seu seio os interesses mais
variados e mutuamente incompatíveis.
Narcotraficantes sedentos de riqueza e poder, ladrões, assassinos
e estelionatários revoltados contra o sistema penal, milionários ávidos de um
prestígio político (ou até intelectual) à altura da sua conta bancária,
professores medíocres ansiosos para tornar-se guias morais da multidão, donas
de casa pequeno-burguesas insatisfeitas com a rotina doméstica, estudantes e
pequenos intelectuais indignados com a sociedade que não recompensa os seus
méritos imaginários, imigrantes recém-chegados que exigem seu quinhão de uma
riqueza que não ajudaram a construir, pessoas inconformadas com o sexo em que
nasceram – todos agora marcham lado a lado com lavradores expulsos de suas
terras, pais de família desempregados e minorias raciais discriminadas,
misturando numa pasta confusa e explosiva os danos reais e supostos, objetivos e
subjetivos, que todos acreditam ter sofrido, e lançando as culpas num alvo tão
onipresente quanto impalpável: o “sistema” ou “a sociedade injusta”.
Sendo obviamente impossível unificar todos esses interesses
numa construção ideológica coerente e elegante como o marxismo clássico, a
solução é apelar a algo como a “teoria crítica” da Escola de Frankfurt, que
atribui ao intelectual revolucionário a missão única de tudo criticar,
denunciar, corroer e destruir, concentrando-se no “trabalho do negativo”, como o
chamava Hegel, sem nunca se preocupar com o que vai ser posto no lugar dos
males presentes.
O sr. Lula nunca estudou a teoria crítica, mas fez eco ao
falatório dos intelectuais ao seu redor quando, após vários anos na presidência
e duas décadas como líder absoluto do Foro de São Paulo, confessou: “Ainda não
sabemos qual o tipo de socialismo que queremos.” Não sabemos nem precisamos
saber: só o que interessa é seguir em frente – forward, como no lema de
campanha de Barack Hussein Obama --, acusando, inculpando e gerando cada vez
mais confusão que em seguida será debitada, invariavelmente, na conta da
“sociedade injusta”.
Se na esfera intelectual essa atitude chegou a produzir até
a negação radical da lógica e da objetividade da linguagem e a condenar como
autoritária a simples exigência de veracidade, como não poderia suscitar, no
campo da moral social, o florescimento sem precedentes da amoralidade cínica e
da criminalidade galopante?
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:
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