Creio que um sujeito formado em Direito, um procurador do
Estado, após levar um puxão de orelhas público, como o que o senhor Jefferson
Aparecido Dias levou do jornalista Reinaldo Azevedo, teria motivo para ficar
desaparecido dias. Semanas. Meses.
Talvez sejam apenas ensaios. O homem já brigou com crucifixos,
agora com as notas de real. Talvez seja leitor de Sun Tzu e esteja preparando o
maior ataque de todos, o mais fulminante, à própria Constituição Federal, para
de lá arrancar, a ponta-pés, a expressão “sob a proteção de Deus”. Como se ela
fosse uma ofensa aos brasileiros, um pais com população 90% cristã!
Se formos pelo caminho que ele parece querer trilhar,
teremos muitas notícias pela frente.
Vamos sugerir umas tarefas ao senhor procurador: Pleitear a mudança dos nomes de estados (São Paulo, Santa Catarina), cidades (Santos, Santa Maria, São Pedro, São Paulo, Aparecida, São Mateus, Santana de Parnaíba, São João Del Rey, São Tomé das Letras, São Miguel Paulista), avenidas, ruas, prédios públicos.
Uma tarefa longa. Uma longuíssima tarefa em um país de formação cristã.
Não entendi muito bem os argumentos do doutor; mas, conforme ele raciocina sobre as notas de real, para ele um ateu ou um espírita poderiam ficar ofendidíssimos se fossem visitar, talvez, as obras de Aleijadinho, em Congonhas.
Ou, por serem de outras religiões, alguns turistas jamais entrariam, então, nas igrejas coloniais e barrocas de Minas Gerais, desprezando toda a História Cultural do Brasil. Seriam uns turistas de meia tigela, uns turistas de araque. E, sempre que tivessem um problema de saúde se recusariam a ser atendidos nas Santas Casas de Misericórdia! Deus meu! Que idiotice.
Vamos sugerir umas tarefas ao senhor procurador: Pleitear a mudança dos nomes de estados (São Paulo, Santa Catarina), cidades (Santos, Santa Maria, São Pedro, São Paulo, Aparecida, São Mateus, Santana de Parnaíba, São João Del Rey, São Tomé das Letras, São Miguel Paulista), avenidas, ruas, prédios públicos.
Uma tarefa longa. Uma longuíssima tarefa em um país de formação cristã.
Não entendi muito bem os argumentos do doutor; mas, conforme ele raciocina sobre as notas de real, para ele um ateu ou um espírita poderiam ficar ofendidíssimos se fossem visitar, talvez, as obras de Aleijadinho, em Congonhas.
Ou, por serem de outras religiões, alguns turistas jamais entrariam, então, nas igrejas coloniais e barrocas de Minas Gerais, desprezando toda a História Cultural do Brasil. Seriam uns turistas de meia tigela, uns turistas de araque. E, sempre que tivessem um problema de saúde se recusariam a ser atendidos nas Santas Casas de Misericórdia! Deus meu! Que idiotice.
O PROCURADOR FILHO DA PAZ DE DEUS APARECIDO (masculino de Aparecida - bíblico) DIAS |
Em seguida, para ser coerente, brigaria pela mudança dos
nomes das pessoas do povo.
Onde já se viu um João Batista, um Marcos, um
Mateus, um Paulo, uma Maria, um Miguel, um Gabriel, circulando livremente por aí espalhando o ranço
original de caráter religioso que provém de seus nomes?
O procurador Jefferson parece estar imbuído do que sugere a
sua atividade. Ele procura.
Ele procura mesmo criar casos e tocar em questões
que julga polêmicas e fundamentais para a sociedade, como tirar a expressão “Deus
seja louvado” das notas de real; mas acha quem não goste dessas bobagens que
promove.
O procurador Jefferson acabaria descobrindo, se fosse pesquisar (se já não o fez), que Jefferson significa filho de Jeffrey - o que quer dizer: "Paz de Deus (sagrada) (Wikipedia), e que Aparecido é masculino de Aparecida, nome ligado à aparição da Virgem Maria!
O procurador Jefferson acabaria descobrindo, se fosse pesquisar (se já não o fez), que Jefferson significa filho de Jeffrey - o que quer dizer: "Paz de Deus (sagrada) (Wikipedia), e que Aparecido é masculino de Aparecida, nome ligado à aparição da Virgem Maria!
Como conclui Azevedo em seu texto, para o qual remeto os leitores adiante:
...“Finalmente, o argumento de que o estado é laico — e,
felizmente, é mesmo! — não deve servir de pretexto para que se persigam as
religiões. Um estado laico não significa um estado ateu, que estivesse
empenhado em combater as religiões. A sua laicidade é afirmativa, não negativa;
ela assegura a livre expressão da religiosidade, em vez de reprimir a todos
igualmente. Entendeu a diferença, doutor?
...”Sei que a questão parece menor, quase irrelevante. Mas
não é, não! Essa é apenas uma das vezes em que supostos iluministas, falando em
nome da razão, tentam impor uma espécie de censura da neutralidade ao conjunto
da sociedade. Pretendem que escolhas com viés ideológico sejam apenas as
alheias, a de seus adversários. Promovem permanentemente uma espécie de guerra
cultural contra os valores da maioria para poder acusá-la de autoritária.
...”Como sabemos, a cada vez que os ingleses cantam “God
save our gracious Queen” e se ouve o eco lá naquele “novo continente” — “And
this be our motto: ‘In God is our trust’” —, o que se tem é a voz da ditadura
cristã dominando o mundo, não é mesmo?
...”Deveria haver um limite para o ridículo, mas não há!
Parece que o que falta ao procurador é serviço!” (Reinaldo Azevedo)
LEIA O TEXTO INTEGRAL, IMPERDÍVEL, EM:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-procurador-que-quando-esta-desocupado-decide-perseguir-deus/
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