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O ex-ministro de Lula, ex-presidente do PT, ex-deputado
federal (cassado), atualmente condenado a 10 anos e 10 meses de prisão, em
regime fechado, por crime de formação de quadrilha e corrupção ativa, segundo o
julgamento do STF, José Dirceu não perde a mania de fazer notas ao povo.
Hoje (12/11) emitiu mais uma, discordando do julgamento e a “pena
injusta”. Talvez desejasse mais tempo?...
É uma nota para impressionar incautos ou tentar mobilizar
militantes do PT. Na sua visão muito especial dedicou a vida ao Brasil. Treinado em Cuba,
assim como tantos outros ex-guerrilheiros e terroristas, tentou democratizar o
país ao modo cubano, implantando um governo comunista. Ou talvez ao modo da então
Albânia, ou Romênia, ou China, ou Coréia do Norte. Só democracias de primeira
linha.
Assim como Dilma, esteve sumido durante o processo em
que vários setores da sociedade foram às ruas pela volta da Democracia. Enquanto
isso grupos da luta armada tentavam derrubar o governo militar para implantar
outro governo ditatorial.
Jovens de 17 ou 18 anos podem ser iludidos com certas histórias
de aventura de sexagenários, mas há outros sexagenários que conhecem os fatos
bem de perto, capazes de dizer não, isso não aconteceu bem assim.
Pois é, isso não aconteceu bem assim; mas aqui vai.
NOTA DE JOSÉ DIRCEU APÓS A CONDEÇÃO À PRISÃO:
“Dediquei minha vida ao Brasil, a luta pela democracia e ao
PT. Na ditadura, quando nos opusemos colocando em risco a própria vida, fui
preso e condenado. Banido do país, tive minha nacionalidade cassada, mas
continuei lutando e voltei ao país clandestinamente para manter nossa luta.
Reconquistada a democracia, nunca fui investigado ou processado. Entrei e saí
do governo sem patrimônio. Nunca pratiquei nenhum ato ilícito ou ilegal como
dirigente do PT, parlamentar ou ministro de Estado. Fui cassado pela Câmara dos
Deputado e, agora, condenado pelo Supremo Tribunal Federal sem provas porque
sou inocente.
A pena de 10 anos e 10 meses que a suprema corte me impôs só
agrava a infâmia e a ignomínia de todo esse processo, que recorreu a recursos
jurídicos que violam abertamente nossa Constituição e o Estado Democrático de
Direito, como a teoria do domínio do fato, a condenação sem ato de ofício, o
desprezo à presunção de inocência e o abandono de jurisprudência que beneficia
os réus.
Um julgamento realizado sob a pressão da mídia e marcado
para coincidir com o período eleitoral na vã esperança de derrotar o PT e seus
candidatos. Um julgamento que ainda não acabou. Não só porque temos o direito
aos recursos previstos na legislação, mas também porque temos o direito sagrado
de provar nossa inocência.
Não me calarei e não me conformo com a injusta sentença que
me foi imposta. Vou lutar mesmo cumprindo pena. Devo isso a todos os que
acreditaram e ao meu lado lutaram nos últimos 45 anos, me apoiaram e foram
solidários nesses últimos duros anos na certeza de minha inocência e na
comunhão dos mesmos ideais e sonhos.
José Dirceu”
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