A tarifa da ignorância
Felipe Moura Brasil
15 Junho 2013
O terrorismo — defendido
abertamente por Marx — não é o lado lamentável de uma "manifestação"
pacífica, como a grande mídia quer fazer crer. Ele é a essência e a razão de
ser do ato, legitimado pela presença numerosa de desavisados (os "idiotas
úteis", diria Lenin) mais ou menos pacíficos.
Quem não se admite ignorante
precisa depois se admitir idiota. Quem não se admite idiota precisa depois se
admitir manipulado. Quem não se admite manipulado precisa depois se admitir
cúmplice de crime. Quem não se admite cúmplice de crime precisa depois se
admitir delinquente. Quem não se admite delinquente precisa depois se admitir
bandido... E assim por diante, na escalada possível do ativismo juvenil.
O tamanho do esforço psicológico necessário
para a própria salvação vai aumentando de acordo com o nível de estupidez e
presunção alcançado.
Os comunistas são grandes mestres
em transformar qualquer ignorante em bandido a seu serviço, principalmente
depois que Herbert Marcuse percebeu que o proletariado industrial — a massa de
manobra original de Karl Marx — já estava "corrompido" pelas benesses
do capitalismo e que a nova classe revolucionária poderia ser formada por todos
que tivessem qualquer tipo de frustração psicológica: intelectuais, estudantes,
mulheres, gays, crianças, prostitutas, drogados, estupradores, assassinos etc.
Bastava organizá-los para destruir o "sistema".
No Brasil, como a estratégia de Antonio Gramsci de infiltrar militantes nos sistemas de ensino e comunicação foi altamente bem-sucedida nas últimas quatro décadas, milhões de jovens estudantes já foram reduzidos ao estado de boçalidade necessário para atender prontamente à primeira voz de comando, por mais que ela venha dos cantores de churrascaria da UNE, do Movimento Passe Livre, da Juventude do PT, do PSOL, do PSTU ou do PCO.
Revoltados contra tudo que não presta, eles
não perdem a chance de reforçar tudo que não presta. Como dizia o filósofo
Olavo de Carvalho: "É natural que um povo que se sente ludibriado sem
saber por quem tenha um fundo e dolorido anseio de moralidade. Com um pouco de
esperteza, esse anseio pode ser pervertido em desconfiança, a desconfiança em
ódio, o ódio em instrumento de destruição sistemática de lideranças
indesejáveis."
A horda de jovens que aderem real ou virtualmente
às "manifestações" organizadas pelos partidos comunistas brasileiros,
sob o pretexto de combater o aumento do preço da tarifa de ônibus, imagina-se
lutando em favor dos pobres, quando está apenas sendo usada por manipuladores
profissionais e propagandistas partidários em busca do mesmo poder político
que, onde quer que tenha sido alcançado por seus similares, só fez piorar a
vida dos pobres.
O terrorismo — defendido abertamente por Marx
— não é o lado lamentável de uma "manifestação" pacífica, como a
grande mídia quer fazer crer. Ele é a essência e a razão de ser do ato,
legitimado pela presença numerosa de desavisados (os "idiotas úteis",
diria Lenin) mais ou menos pacíficos.
Acatar suas reivindicações, ou mesmo dialogar
com seus líderes a respeito, como faz o prefeito Fernando Haddad, é ensinar à
população que o terror compensa — o que é muito mais grave do que o aumento de
20 centavos na tarifa de um serviço pelo qual a população vai pagar de qualquer
jeito, seja como 'consumidora', seja como 'contribuinte', sendo que, neste
caso, sem saber quanto está pagando e muito mais sujeita ao esquema de
compadrio empresarial e falta de transparência do Estado no trato das verbas
públicas.
Os jovens da horda, no entanto, meninos
mimados acostumados à ideia de ter todos os direitos (inclusive o de exigir
todos os direitos para si ou para os outros) e nenhuma obrigação, não querem
saber disso, é claro, nem da inflação de alimentos que vem afetando o bolso dos
pobres muito mais do que qualquer outra coisa. Aprenderam desde cedo a
colaborar cegamente com o crime e não vai ser agora que vão se informar antes,
para não fazê-lo.
Se nunca estudaram a obra de Marx, Lenin,
Marcuse, Gramsci e demais intelectuais comunistas que inventaram o Brasil de
hoje — do qual Lula ainda é o maior líder —, que dirá a crítica de seus
legados, incluindo como chegamos ao estado de calamidade e abuso geral, contra
o qual imaginam se revoltar dessa maneira estupidamente alienada.
Naturalmente, pouco lhes importa ainda se, passada a semana inicial de terrorismo, o PT e o PCdoB, para evitar danos à imagem de Haddad, tenham decidido assumir o comando do movimento e mudar sutilmente o sentido dos "protestos", cujos alvos passam a ser a Polícia Militar e o governador Geraldo Alckmin, a verdadeira liderança indesejável que se quer odiosamente destruir.
Naturalmente, pouco lhes importa ainda se, passada a semana inicial de terrorismo, o PT e o PCdoB, para evitar danos à imagem de Haddad, tenham decidido assumir o comando do movimento e mudar sutilmente o sentido dos "protestos", cujos alvos passam a ser a Polícia Militar e o governador Geraldo Alckmin, a verdadeira liderança indesejável que se quer odiosamente destruir.
Os jovens ativistas amam tanto os
"oprimidos" quanto odeiam todo tipo de conhecimento necessário para
ajudá-los. E preferem ser (cúmplices de) bandidos a reconhecer — antes tarde do
que nunca — a própria ignorância.
É por isso que eu digo:
O perfeito idiota brasileiro é aquele que quer
remediar um problema que ele não sabe qual é, com um remédio que ele não sabe
para que serve, receitado por um médico que ele não tem a menor ideia de quem
seja; e ainda está convicto e orgulhoso de fazer a sua parte para salvar o
país.
Parabéns, seus manés. O país
agradece.
*****
Notas
1. Quando um comunista fala em
"manifestação", eu saco logo o meu spray de pimenta.
2. Depois de muitos anos de sucesso, a máxima
"O importante é competir" finalmente deu lugar à "O importante é
protestar". O Brasil, mais do que nunca, virou um programa do Serginho
Groisman.
3. Ontem eu aprendi que criticar um ato de
terrorismo comunista é o mesmo que ser contra qualquer mobilização popular.
Hoje eu aprendi que definir um idiota brasileiro é o mesmo que ser a favor de
toda a corrupção que está aí. Todo dia eu aprendo na seção de comentários da
minha página que eu sou contra ou a favor de alguma coisa. Só não entendi
direito por que, quando eu critico uma partida de futebol, ninguém diz que é
porque eu sou a favor do vôlei. Mas tudo bem. É bonito isso. Fico imaginando
quantos Felipes Moura Brasil existem na cabeça dos meus leitores.
2.
3.
Felipe Moura Brasil edita o Blog do Pim.
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:
http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/14228-a-tarifa-da-ignorancia.html
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