Baderna totalitária, massas nas
ruas e a profecia que permanece
Escrito por Edson Camargo
19 Junho 2013
Em poucas horas, o
pretexto-estopim, o preço da passagem, forjado por um grupo que recebia verbas
do governo federal, aliado a partidos de extrema-esquerda que cooptaram punks
para as manifestações, passou a ser um conglomerado de indignações genéricas,
emotivas, apontadas a ninguém.
Notoriamente baseadas em slogans
midiáticos e sempre fundamentadas em premissas da mentalidade esquerdista,
ainda que nem sempre de forma tão direta. Bastou.
Dessa forma, encantaram até
mesmo milhões de cristãos, levados a pensar que a “justiça” pela qual clamam os
baderneiros totalitários é a mesma das Escrituras e que serviu de base para o
surgimento das instituições e políticas que garantiram um mínimo de liberdade
civil na civilização ocidental.
Quando a Rede Globo, o PSTU, o
PSOL, petistas e ONG´s financiadas por George Soros estão TODOS irmanados num
movimento, o mais elementar é concluir é que isso não evocará nem um princípio,
meio ou objetivo minimamente alinhado a valores cristãos. Os quais nem mesmo
nas táticas de propaganda revolucionária, montada a cooptar quem quer que seja,
foram vistos.
Tanto que os baderneiros já reclamam:
“Não é uma causa pelos valores e pela família. Não estamos pedindo o fim do
Estado – pelo contrário!” Mas há uma facilidade demasiadamente perigosa em
esquecer que “o mundo jaz no maligno”.
Velhas ordenanças bíblicas, como “não te
associe com os revoltosos” (Pv. 24, 21,22) ou “não seguirás a multidão para
fazeres o mal” (Ex. 23:2), que bem apontam o erro brutal que há em seguir
massas enfurecidas, simplesmente sumiram da mente de milhares de cristãos.
Sei que, em muitos lugares,
partidos de esquerda foram esculachados. Mas não adianta criticar na passeata e
sequer perceber o quanto adquiriu do modus pensandi desses facínoras. E esse é
um dos grandes desafios da igreja brasileira hoje: livrar-se desse ranço
ideológico maldito, e restaurar a cosmovisão cristã em todas as dimensões da
vida.
Há uma nova tecnologia de guerra
cultural e política em
teste. Que foi capaz de levar hordas às ruas clamando, no fim
das contas, por mais e mais intervenção estatal em suas vidas. Reclamando dos
sintomas do veneno, pedem uma dose ainda maior dele em suas veias.
Hoje é o day after da tal
“Segunda-feira Branca”. Não há nenhum risco na lataria das limusines dos
verdadeiros detentores do poder político. Dilma Rousseff ainda achou lindo: “o
governo ouve vozes pela mudança”. E agora, manifestante, o que me diz? Sua
revolta já foi absorvida e canalizada justamente pelo ícone máximo de “tudo
isso que está aí”.
É digno de nota, que, mesmo com toda a fúria mobilizada
contra as PMs, e com casas legislativas
atacadas, todas as sedes do Poder
Executivo onde manda o PT permaneceram intactas. Uma era totalitária é assim.
Massas nas ruas, mas a comitiva do Führer (ou do Duce, ou do “Comandante”)
segue tranquila.
A mudança positiva, para os
padrões do PT e demais revolucionários, sabe-se bem qual é: é a do “socialismo
do século XXI”, este, do Foro de São Paulo, da aliança com Cuba, com a
Venezuela, com a elite do globalismo ocidental: essa que apoia aborto, a
dissolução da família, que obstrui a livre iniciativa e o livre mercado, que
faz da imagem dos cristãos, na grande mídia, a perfeita personificação do que
há de mais repulsivo.
A não ser, é claro, que o tal cristão, em termos
práticos, seja um apóstata: um botton pró-gay o redime ante os novos sacerdotes
do poder revolucionário global que, um dia – desculpem, mas a profecia do
apóstolo João permanece válida -, entronizarão o anticristo.
Edson Camargo é o
editor-executivo do Mídia Sem Máscara.
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:
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