A onda de protestos que se espalha pelo Brasil mostra, sem
sombra de dúvida, que o brasileiro é um povo que age, absolutamente, sob o domínio
das emoções, incapaz de fazer uma análise fria de uma situação qualquer. A
coisa toda começou pontual, em
São Paulo, quando o PSTU e outros partidos pequenos de esquerda
radical iniciaram os protestos contra o aumento de R$0,20 das passagens de ônibus.
Logo a coisa descambou pata atos de vandalismo, combatidos
duramente pela Polícia Militar paulista, conforme deve acontecer mesmo quando
manifestantes extrapolam e prejudicam o direito de terceiros.
BONECO DE HADDAD |
Como conseqüência, dezenas de jornalistas idiotizados
passaram a bater na ação policial, como se a polícia existisse para distribuir
flores. Tenho a mais absoluta certeza de que nenhum comandante mandou seus soldados
saírem pela cidade distribuíndo cassetetadas, bombas de gás e balas de
borracha. Nenhum policial trabalha com cota de feridos. Imaginar isso é de uma
tontice sem limites.
À medida que os protestos foram se espalhando, com a PM
paulista criticada pelos “abusos”, o governador Alckmin resolveu proibir o uso
de balas de borracha e mandou que as tropas ficassem de stand-by. O que se viu?
A maior zorra em São Paulo,
com tentativas de invasão no Palácio dos Bandeirantes e, ontem, o vandalismo
explícito no centro de São Paulo, com a quase invasão da sede da Prefeitura
Municipal, enquanto o prefeito Haddad abandonou o prédio e ali deixou 500
funcionários absolutamente apavorados.
IMPRENSA IDIOTIZADA PERDEU O RUMO
A imprensa nacional, que apóia a dureza da polícia nas zonas
em outros estados, marca posição contra a PM em São Paulo. A cobertura destes
protestos foi uma das coisas mais vergonhosas para o jornalismo brasileiro que
eu já vi, e lido com isso há 40 anos.
As equipes de comentaristas e apresentadores de TV deram um
show de militância, primarismo e falta de objetividade, quase induzindo as
pessoas à zorra geral.
UM DOS LÍDERES DOS VÂNDALOS QUE ATACARAM A PREFEITURA DE SP ABANDONADA PELO PREFEITO COM 500 FUNCIONÁRIOS DENTRO |
Uma das maiores bobagens que ouvi foi comparações entre os
protestos no Brasil e na Turquia. Na Turquia, o dirigente Erdogan está tentando
fechar o regime e indo na direção de uma ditadura islâmica. Os turcos, sem
qualquer ato de violência – a única violência que se vê na Turquia é a da
repressão – lutam pela manutenção da precária liberdade que têm.
Vi comentaristas idiotas comparando as marchas e o
vandalismo em SP e no Rio, por exemplo, à resistência dos monges budistas que
se imolavam em protesto nos tempos da Guerra do Vietnam!!!; ou aos protestos na
China, na Praça Tianamem, em Pequim, atos que foram duríssimamente reprimidos e
proibidos pelo governo comunista chinês.
REVOLTA DIFUSA
O brasileiro não está resistindo a coisa alguma! Então os
tontos deixaram passar dez anos, desde que o senhor Lula manobrou politicamente
para trazer a Copa e a Olimpíada ao Brasil para perceber o custo da brincadeira
toda ou a corrupção decorrente dos superfaturamentos?
Como brasileiro ficaria realmente feliz se tivesse visto
essa energia toda nas ruas em 2005 quando começaram a ser publicadas as
histórias do Mensalão, o maior escândalo jamais visto neste País. A imprensa alimentada
pelos cofres públicos nada disse, ou disse com pouca vontade. Os tais
movimentos sociais da sociedade civil, braços do PT, não foram às ruas para
protestar contra Lula ou pedir seu impeachment.
Depois que a porteira foi arrrombada, vemos essa gritaria
toda sobre estádios de futebol e bobagens sobre falta de hospitais. Os hospitais
não estavam em falta antes?
O que está havendo é que movimentos ligados a partidos de
esquerda que não acreditam na democracia estão canalizando as energias da justa
indignação acumulada pelo povo para radicalização do cenário político.
Quantos dias de marchas, interrupções de trânsito, destruições
de patrimônio, vandalismo, desperdício de milhares de horas de trabalho o
Brasil vai agüentar?
Os únicos a tirarem vantagem disto tudo são os que puseram a
bola para rolar e esperam que o circo pegue fogo. Por isso os líderes do
movimento em São Paulo
não criticam os verdadeiros vândalos que entrem outras brutalidades, queriam
invadir o teatro Municipal, símbolo de Cultura.
GUTENBERG J. editor
ISTO POSTO, LEIAM TRÊS PEQUENOS E MARAVILHOSOS TRECHOS DE TEXTOS,
DOIS DE REINALDO AZEVEDO, RETIRADOS DE SEU BLOG E UM DE FELIPE MOURA BRASIL (BLOG DO PIM) E VEJAM SE NÃO TENHO RAZÃO OU SE A COISA TODA
ESTÁ SENDO ABSOLUTAMENTE MAL ANALISADA PELA GRANDE IMPRENSA!
Reinaldo Azevedo: TEXTO 1
"...Há um engano central em relação a esse movimento, que ignora
a sua origem e a sua história. O Passe Livre, meus caros leitores, não é uma
associação que luta por indivíduos mais livres, mais autônomos, mais
independentes do estado.
Ao contrário: do que dá para perceber de sua concepção
de sociedade — e se pode ter uma sem que se tenha clareza disso —, os valentes
querem outra coisa. Anseiam por uma democracia tutelada por movimentos sociais
organizados, que arrogam para si o direito da representação sem passar pelo
ritual das eleições. E, POIS, DEMOCRACIA NÃO É."...
Reinaldo Azevedo: TEXTO 2
Cabe perguntar:
1: Que diabo de “maioria (da minoria!!!) pacífica” é essa que
impede o direito de ir e vir, que se atribui a licença de paralisar as cidades,
que acredita poder impor a milhões de pessoas a sua pauta, a sua agenda, os
seus métodos de luta?
2: Que diabo de “maioria pacífica” é essa que aceita se
reunir com o secretário de Segurança Pública para conversar, mas jamais para
negociar? Que aceita se reunir com o prefeito para conversar, mas jamais para
negociar?
3: Que diabo de “maioria pacífica” é essa que arranca do
secretário Fernando Grella, por exemplo, o compromisso de que não haveria tropa
de choque, de que não haveria obstrução de ruas pela polícia, de que não
haveria bala de borracha etc., mas que não deu nada em troca? Não aceitou nem
mesmo entregar um itinerário para facilitar o trabalho de segurança. São
pessoas que agem como se estivessem apartadas da ordem democrática. No Roda
Viva, um dos seus arrogantezinhos sugeriu que o que quer aconteça de ruim em São Paulo é de
responsabilidade de Geraldo Alckmin e Fernando Haddad. Afinal, por que eles não
revogam o aumento? Bem, uma jornalista e dois “inteliquituais” afirmaram o
mesmo ontem…
4: Que diabo de “maioria pacífica” é essa que atribui toda a
violência havida na quinta-feira passada à Polícia Militar, sem nem mesmo
admitir a parcela de culpa dos vá lá, radicais?
5: Que diabo de “maioria pacífica” é essa que não concede ao
prefeito Haddad nem mesmo um prazo, então, para estudar planilhas de custos e,
eventualmente, fazer uma sugestão? Não! É tudo ou nada e é agora! Como lembra a
professora Janaina Paschoal, num artigo magistral para este blog, eles não
sabem ouvir “não” como resposta. Na verdade, eles não sabem ouvir um “talvez”.
Birrentos, querem o doce na hora. E fim de papo. Ou é a redução já ou,
anunciam, é gente na rua, cidade parada, caos.
Eu tenho uma novidade
para os queimadores de Constituição das redações, tratada como se fosse o lixo
das ruas. Os bandidos que saqueiam lojas, que depredam patrimônio público e
privado, que saem por aí metendo fogo nas coisas incidem numa penca de artigos
do Código Penal. Têm de ser presos. Mas esses que vocês chamam “maioria
pacífica” violam cláusulas pétreas da Constituição, violam direitos
fundamentais.
__________________________________________
FELIPE MOURA BRASIL - BLOG DO PIM
OU ME
ATENDE, OU PARO TUDO, SACOU?
"A gente continua na rua até o prefeito [Fernando Haddad] e o governador [Geraldo Alckmin] decidirem revogar o aumento do ônibus e dos trens, caso contrário a gente vai continuar colocando as nossas forças nas ruas, ocupando ruas importantes e parando a cidade." (Nina Capello, integrante do Movimento Passe Livre, em entrevista à Folha Online.)
Lindo, não? É o terrorismo de esquerda explícito, declarado, anunciado ao mundo com aquela naturalidade que lhe é peculiar. Que mal há, afinal, em infernizar a vida da população se a causa é progressista, não é mesmo?
AGORA, IMAGINE SE EU DISSESSE ASSIM:
A gente continua na rua até o aborto ser crime em qualquer circunstância fora o risco de morte para a mãe, os menores de idade serem julgados por seus crimes como adultos, nenhum cartório ter a obrigação de oficializar a união civil gay, e/ou o tráfico e o consumo de drogas resultarem em penas maiores; caso contrário a gente vai continuar colocando as nossas forças nas ruas, ocupando ruas importantes e parando a cidade.
O QUE SERIA EU?
Terrorista! Fascista! Fundamentalista religioso! Quer impor a sua crença aos outros à base da força! Fanático! Cadeia! Paredão!
O QUE É NINA?
A representante de um "movimento social", exigindo os "direitos" dos "oprimidos"...
"A gente continua na rua até o prefeito [Fernando Haddad] e o governador [Geraldo Alckmin] decidirem revogar o aumento do ônibus e dos trens, caso contrário a gente vai continuar colocando as nossas forças nas ruas, ocupando ruas importantes e parando a cidade." (Nina Capello, integrante do Movimento Passe Livre, em entrevista à Folha Online.)
Lindo, não? É o terrorismo de esquerda explícito, declarado, anunciado ao mundo com aquela naturalidade que lhe é peculiar. Que mal há, afinal, em infernizar a vida da população se a causa é progressista, não é mesmo?
AGORA, IMAGINE SE EU DISSESSE ASSIM:
A gente continua na rua até o aborto ser crime em qualquer circunstância fora o risco de morte para a mãe, os menores de idade serem julgados por seus crimes como adultos, nenhum cartório ter a obrigação de oficializar a união civil gay, e/ou o tráfico e o consumo de drogas resultarem em penas maiores; caso contrário a gente vai continuar colocando as nossas forças nas ruas, ocupando ruas importantes e parando a cidade.
O QUE SERIA EU?
Terrorista! Fascista! Fundamentalista religioso! Quer impor a sua crença aos outros à base da força! Fanático! Cadeia! Paredão!
O QUE É NINA?
A representante de um "movimento social", exigindo os "direitos" dos "oprimidos"...
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