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quarta-feira, 19 de junho de 2013

PROTESTOS NO BRASIL. O GIGANTE TONTO ACORDOU E NÃO SABE O QUE FAZER. "OU ME ATENDE, OU PARO TUDO, SACOU?"



A onda de protestos que se espalha pelo Brasil mostra, sem sombra de dúvida, que o brasileiro é um povo que age, absolutamente, sob o domínio das emoções, incapaz de fazer uma análise fria de uma situação qualquer. A coisa toda começou pontual, em São Paulo, quando o PSTU e outros partidos pequenos de esquerda radical iniciaram os protestos contra o aumento de R$0,20 das passagens de ônibus.

Logo a coisa descambou pata atos de vandalismo, combatidos duramente pela Polícia Militar paulista, conforme deve acontecer mesmo quando manifestantes extrapolam e prejudicam o direito de terceiros.

BONECO DE HADDAD


Como conseqüência, dezenas de jornalistas idiotizados passaram a bater na ação policial, como se a polícia existisse para distribuir flores. Tenho a mais absoluta certeza de que nenhum comandante mandou seus soldados saírem pela cidade distribuíndo cassetetadas, bombas de gás e balas de borracha. Nenhum policial trabalha com cota de feridos. Imaginar isso é de uma tontice sem limites.

À medida que os protestos foram se espalhando, com a PM paulista criticada pelos “abusos”, o governador Alckmin resolveu proibir o uso de balas de borracha e mandou que as tropas ficassem de stand-by. O que se viu? A maior zorra em São Paulo, com tentativas de invasão no Palácio dos Bandeirantes e, ontem, o vandalismo explícito no centro de São Paulo, com a quase invasão da sede da Prefeitura Municipal, enquanto o prefeito Haddad abandonou o prédio e ali deixou 500 funcionários absolutamente apavorados.

IMPRENSA IDIOTIZADA PERDEU O RUMO

A imprensa nacional, que apóia a dureza da polícia nas zonas em outros estados, marca posição contra a PM em São Paulo. A cobertura destes protestos foi uma das coisas mais vergonhosas para o jornalismo brasileiro que eu já vi, e lido com isso há 40 anos.

As equipes de comentaristas e apresentadores de TV deram um show de militância, primarismo e falta de objetividade, quase induzindo as pessoas à zorra geral.

UM DOS LÍDERES DOS VÂNDALOS QUE ATACARAM A PREFEITURA DE SP ABANDONADA PELO PREFEITO COM 500 FUNCIONÁRIOS DENTRO
Uma das maiores bobagens que ouvi foi comparações entre os protestos no Brasil e na Turquia. Na Turquia, o dirigente Erdogan está tentando fechar o regime e indo na direção de uma ditadura islâmica. Os turcos, sem qualquer ato de violência – a única violência que se vê na Turquia é a da repressão – lutam pela manutenção da precária liberdade que têm.

Vi comentaristas idiotas comparando as marchas e o vandalismo em SP e no Rio, por exemplo, à resistência dos monges budistas que se imolavam em protesto nos tempos da Guerra do Vietnam!!!; ou aos protestos na China, na Praça Tianamem, em Pequim, atos que foram duríssimamente reprimidos e proibidos pelo governo comunista chinês.

REVOLTA DIFUSA

O brasileiro não está resistindo a coisa alguma! Então os tontos deixaram passar dez anos, desde que o senhor Lula manobrou politicamente para trazer a Copa e a Olimpíada ao Brasil para perceber o custo da brincadeira toda ou a corrupção decorrente dos superfaturamentos?

Como brasileiro ficaria realmente feliz se tivesse visto essa energia toda nas ruas  em 2005 quando começaram a ser publicadas as histórias do Mensalão, o maior escândalo jamais visto neste País. A imprensa alimentada pelos cofres públicos nada disse, ou disse com pouca vontade. Os tais movimentos sociais da sociedade civil, braços do PT, não foram às ruas para protestar contra Lula ou pedir seu impeachment.

Depois que a porteira foi arrrombada, vemos essa gritaria toda sobre estádios de futebol e bobagens sobre falta de hospitais. Os hospitais não estavam em falta antes?

O que está havendo é que movimentos ligados a partidos de esquerda que não acreditam na democracia estão canalizando as energias da justa indignação acumulada pelo povo para radicalização do cenário político.

Quantos dias de marchas, interrupções de trânsito, destruições de patrimônio, vandalismo, desperdício de milhares de horas de trabalho o Brasil vai agüentar?

Os únicos a tirarem vantagem disto tudo são os que puseram a bola para rolar e esperam que o circo pegue fogo. Por isso os líderes do movimento em São Paulo não criticam os verdadeiros vândalos que entrem outras brutalidades, queriam invadir o teatro Municipal, símbolo de Cultura.  

GUTENBERG J. editor



ISTO POSTO, LEIAM TRÊS PEQUENOS E MARAVILHOSOS TRECHOS DE TEXTOS, DOIS DE REINALDO AZEVEDO, RETIRADOS DE SEU BLOG  E UM DE FELIPE MOURA BRASIL (BLOG DO PIM)  E VEJAM SE NÃO TENHO RAZÃO OU SE A COISA TODA ESTÁ SENDO ABSOLUTAMENTE MAL ANALISADA PELA GRANDE IMPRENSA!

  
Reinaldo Azevedo: TEXTO 1

"...Há um engano central em relação a esse movimento, que ignora a sua origem e a sua história. O Passe Livre, meus caros leitores, não é uma associação que luta por indivíduos mais livres, mais autônomos, mais independentes do estado.

Ao contrário: do que dá para perceber de sua concepção de sociedade — e se pode ter uma sem que se tenha clareza disso —, os valentes querem outra coisa. Anseiam por uma democracia tutelada por movimentos sociais organizados, que arrogam para si o direito da representação sem passar pelo ritual das eleições. E, POIS, DEMOCRACIA NÃO É."...



Reinaldo Azevedo: TEXTO 2

Cabe perguntar:

1: Que diabo de “maioria (da minoria!!!) pacífica” é essa que impede o direito de ir e vir, que se atribui a licença de paralisar as cidades, que acredita poder impor a milhões de pessoas a sua pauta, a sua agenda, os seus métodos de luta?

2: Que diabo de “maioria pacífica” é essa que aceita se reunir com o secretário de Segurança Pública para conversar, mas jamais para negociar? Que aceita se reunir com o prefeito para conversar, mas jamais para negociar?

3: Que diabo de “maioria pacífica” é essa que arranca do secretário Fernando Grella, por exemplo, o compromisso de que não haveria tropa de choque, de que não haveria obstrução de ruas pela polícia, de que não haveria bala de borracha etc., mas que não deu nada em troca? Não aceitou nem mesmo entregar um itinerário para facilitar o trabalho de segurança. São pessoas que agem como se estivessem apartadas da ordem democrática. No Roda Viva, um dos seus arrogantezinhos sugeriu que o que quer aconteça de ruim em São Paulo é de responsabilidade de Geraldo Alckmin e Fernando Haddad. Afinal, por que eles não revogam o aumento? Bem, uma jornalista e dois “inteliquituais” afirmaram o mesmo ontem…

4: Que diabo de “maioria pacífica” é essa que atribui toda a violência havida na quinta-feira passada à Polícia Militar, sem nem mesmo admitir a parcela de culpa dos vá lá, radicais?

5: Que diabo de “maioria pacífica” é essa que não concede ao prefeito Haddad nem mesmo um prazo, então, para estudar planilhas de custos e, eventualmente, fazer uma sugestão? Não! É tudo ou nada e é agora! Como lembra a professora Janaina Paschoal, num artigo magistral para este blog, eles não sabem ouvir “não” como resposta. Na verdade, eles não sabem ouvir um “talvez”. Birrentos, querem o doce na hora. E fim de papo. Ou é a redução já ou, anunciam, é gente na rua, cidade parada, caos.

Eu tenho uma novidade para os queimadores de Constituição das redações, tratada como se fosse o lixo das ruas. Os bandidos que saqueiam lojas, que depredam patrimônio público e privado, que saem por aí metendo fogo nas coisas incidem numa penca de artigos do Código Penal. Têm de ser presos. Mas esses que vocês chamam “maioria pacífica” violam cláusulas pétreas da Constituição, violam direitos fundamentais.

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FELIPE MOURA BRASIL - BLOG DO PIM

OU ME ATENDE, OU PARO TUDO, SACOU?

"A gente continua na rua até o prefeito [Fernando Haddad] e o governador [Geraldo Alckmin] decidirem revogar o aumento do ônibus e dos trens, caso contrário a gente vai continuar colocando as nossas forças nas ruas, ocupando ruas importantes e parando a cidade." (Nina Capello, integrante do Movimento Passe Livre, em entrevista à Folha Online.)

Lindo, não? É o terrorismo de esquerda explícito, declarado, anunciado ao mundo com aquela naturalidade que lhe é peculiar. Que mal há, afinal, em infernizar a vida da população se a causa é progressista, não é mesmo?

AGORA, IMAGINE SE EU DISSESSE ASSIM:

A gente continua na rua até o aborto ser crime em qualquer circunstância fora o risco de morte para a mãe, os menores de idade serem julgados por seus crimes como adultos, nenhum cartório ter a obrigação de oficializar a união civil gay, e/ou o tráfico e o consumo de drogas resultarem em penas maiores; caso contrário a gente vai continuar colocando as nossas forças nas ruas, ocupando ruas importantes e parando a cidade.

O QUE SERIA EU?

Terrorista! Fascista! Fundamentalista religioso! Quer impor a sua crença aos outros à base da força! Fanático! Cadeia! Paredão!

O QUE É NINA?

A representante de um "movimento social", exigindo os "direitos" dos "oprimidos"...

 

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