Uma das coisas mais esquisitas
que vi no domingo (9/6), em
São Paulo , foi uma manifestação contra o ditador Bashar
al-Assad, da Síria.
Umas 40 ou 50 pessoas faziam marcha
pela Avenida Paulista, indo do Paraíso em direção ao MASP, atrás de um carro de
som e com proteção da PM. Nada de mais em protestar contra um ditador,
ditaduras são detestáveis mesmo.
Mas o curioso da manifestação era
que havia uma enorme bandeira da Síria e outras menores, com a sigla do PSTU.
Fiquei pensando como a política é
uma coisa curiosa. Bashar al-Assad é apoiado pelo partido Baath, o partido que
manda na Síria desde 1963, um partido socialista pan-árabe (com raízes numa
ideologia sob forte influência do nazismo alemão).
O partido Baath já fez tratado
com o PT para troca de experiências. O que um partido socialista autoritário e
de raízes nazistas poderia ensinar ao PT? Bem, creio que muita coisa, pois o
socialismo marxista é irmão siamês do nazismo de Hitler. E os árabes islâmicos
uniram-se aos nazistas na Segunda Guerra Mundial, para combater ao seu lado.
A influência é tão forte que
todos os movimentos terroristas islâmicos, como o Hezbollah, usam a saudação
nazista.
SAUDAÇÃO NAZISTA HEZBOLLAH |
O curioso da história da marcha é
que põe em confronto dois tipos de visões de socialismo, uma vez que o PSTU- Partido
Socialista dos Trabalhadores Unificado é socialista, mas protesta contra Assad,
sem que na marcha ninguém fizesse menção ao fato do partido de Assad ser o
Baath, socialista...
SOCIAISMO E ISLAMISMO CONFUSOS
Na luta que ora é guerra-civil na
Síria, o Hezbollah combate ao lado das tropas do governo sírio contra os
chamados rebeldes, um saco de gatos de todas as origens e procedências.
A coisa
é tão estranha que o socialista Barack Obama apóia a derrubada do socialista Assad, que
tem o apoio dos socialistas Hezbollah, e arma terroristas radicais islâmicos que lutam
contra o governo, assim como civis lutam contra o governo sírio, mas não pelos
mesmos motivos.
Em suma, a situação na Síria é super
confusa, com gente querendo derrubar Assad, mas nem todos com interesse em
implantar uma democracia.
Longe disso.
Há quem queira derrubar Assad
para implantar um regime islâmico do tipo iraniano. Todavia, a coisa é tão
estranha que o Irã arma o Hezbollah que apóia Assad.
No fundo, é uma guerra muito mais
islâmica, com sunitas contra xiitas e todos contra os islâmicos alauitas, do
grupo de Assad.
No meio de tudo isso é o populacho que sofre, pois ao todo
estima-se que já morreram mais de 100 mil pessoas, com centenas de milhares de
fugitivos para a Turquia (que começa a pegar fogo) e com muitas cidades destruídas.
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