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quinta-feira, 15 de março de 2012

ABORTO LIVRE É PERMISSÃO PARA MATAR. Ou, fetos não são fezes que se expurgam do organismo. Se existe permissão para matar, a vitima é apenas um detalhe.



Nos últimos dias tem sido publicados artigos sobre as intenções dos juristas que tratam da reforma do Código Penal (em andamento no Congresso) em ampliar os casos de permissão para o aborto e, também, para a prática da eutanásia. Evidentemente nada disso será apresentado claramente como a defesa do aborto. Contudo, do jeito que está o texto, o aborto será liberado no Brasil!

O Ethical Medics Journal publicou artigo de dois médicos pesquisadores italianos propondo a utilização do aborto como processo seletivo, mas avançando, chegando ao absurdo de achar razoável o infanticídio, isto é, a morte de bebês que tenham nascido com algum problema, como a Síndrome de Down”. Se os pais não gostam da,mandam matar! Simples assim. Como se fosse um produto que devolvemos à loja.

O jornalista Reinaldo Azevedo tratou de analisar e criticar uma entrevista da qual ele descobriu cópia em PDF na biblioteca eletrônica da Universidade Federal de  Santa Catarina, em que a professora de sociologia e agora ministra da Mulher, Menicucci,  além de defender o aborto ainda disse que havia estado  na Colômbia, há alguns anos, para aprender a técnica de extrair fetos por sucção. Ela ainda chamou a si mesma de avó do aborto!

O texto, claro, após a repercussão devido à denúncia feita por Azevedo, foi retirado do ar (Universidade Federal foi censurada, pois o texto era um depoimento para um Curso de História! É assim que se faz o trato da História no Brasil?) Mas há cópia do mesmo no blog do Reinaldo Azevedo.

Nesta semana li uma matéria sobre um rapaz de uns 18 ou 20 anos, com Síndrome de Down, no Rio Grande do Sul, que entrou na Universidade Federal no Curso de Teatro. A família que o criou com imenso amor está feliz e cheia de esperança.

Conforme os abortistas, ele deveria estar morto. Quem é essa gente que acha que tem o direito de escolher quem vive e quem  morre?

Não passam de autoritários e totalitários que brincam de deuses, escolhendo quem deve viver. Tudo é baseado na mentira de que defendem o direito das mulheres e a sua liberdade. Mas a liberdade da mulher sobre seu próprio corpo limita no direito à vida do feto. O feto não é uma coisa, um tumor, fezes que se expurgam do organismo.

O homem ajuda a gerar uma vida com seu esperma, e à mulher cabe dar vida ao ser que está no seu ventre, mas que não é sua propriedade. Imaginar que isso é direito, matar um outro ser humano, sem que se lhe dê a chance de viver, é ultrapassar o limite do razoável.

Os abortistas, que se julgam seres superiores, jamais, aos se olharem no espelho,
devem imaginar que estão vendo a imagem de quem teve a chance de viver.

Gutenberg J.

   


AUTORIZAÇÃO PARA MATAR

CARLOS RAMALHETE
14 MARÇO 2012           


Um americano viajou à Irlanda, e lá ficou surpreso com a quantidade de pessoas com o que antigamente se chamava mongolismo e hoje é chamado “Síndrome de Down”. Raríssimas na sociedade americana, estas pessoas a quem Morris West se referiu como “aqueles a quem Deus deu a graça da eterna inocência” são muito mais comuns na Irlanda.

A razão da diferença proporcional é simples: nos EUA, eles são mortos. Mortos em condições controladas e assépticas, em clínicas esterilizadas, assim que o pré-natal faz com que os pais saibam que o filho é assim. Já na Irlanda, onde o aborto é proibido, a pena de morte não é aplicada de modo tão automático.

Aqui no Brasil estamos no meio-termo: muitos – não todos – são mortos; ilegalmente, mas não menos fatalmente. Mas ressurge a ideia, já proposta pelo nazismo, de que o Estado pode declarar que há vidas humanas sem valor. Vários juízes já deram autorização para que fossem abortados bebês com má-formação do crânio ou do cérebro, considerando que a condição deles seria “incompatível com a vida”, e por isso a vida que eles têm pode ser exterminada. Agora, ao que se diz, a questão vai para o Supremo Tribunal.

Eu poderia citar casos, como o do funcionário francês que vive, trabalha e criou dois filhos apesar de ter uma má-formação cerebral que lhe valeria a pena de morte se seu caso houvesse sido julgado por um desses juízes, ou o da menininha Vitória, que nasceu sem crânio e vive, ri e alegra seus pais em São Paulo desde que nasceu, há um ano e meio. Mas não interessa.

O que apavora é que a possibilidade de problemas, ou mesmo de morte precoce, possa valer uma autorização automática para matar.

Ora, todos nós morreremos. O mais saudável dos seres humanos pode morrer amanhã, e pessoas com doenças graves podem viver longos anos, muitas vezes criando coisas que perduram para sempre. Matar agora por ser provável que se morra amanhã é um passo gigantesco e apavorante: é considerar que se pode matar, que se pode julgar que uma vida presente não tem valor. Hoje podem ser crianças doentes. Amanhã podem ser idosos, como já ocorre na Holanda. Depois de amanhã, podem ser as crianças com o sexo “errado”, como já ocorre na China, podem ser os homossexuais, podem ser quaisquer pessoas que se julgue não serem “produtivas o bastante”. O céu, ou melhor, o inferno é o limite.

Publicado em julho de 2011 no jornal Gazeta do Povo.
Carlos Ramalhete é professor.

TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:
http://www.midiasemmascara.org/artigos/aborto/12894-autorizacao-para-matar-.ht

IMAGEM:
http://www.bible.ca/s-Abortion.htm

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