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quinta-feira, 26 de maio de 2011

DIFERENTES REALIDADES E IMPRENSA DIFERENTE. Barack Busch e Lula Roussef

A realidade política é curiosa. Cada país com seus costumes e tradições, inclusive na política. Fico imaginando o que faria a imprensa americana se o ex-presidente Busch aparecesse lá pela Casa Branca para dar palpites e coordenar reuniões numa crise de autoridade de Barack Obama. Eu sei, isso é inimaginável. Bem, inimaginável não, pois aqui estou imagindo um absurdo desses, mas bem improvável, senão impossível. Seria melhor que Obama renunciasse.

E aqui no Brasil? Em meio a um escândalo vergonhoso como o do ministro Antonio Palocci, quando uma autoridade que conseguiu enriquecer em um ano, coisa que um cidadão normal não consegue nem com reza brava, acha que não precisa explicar nada a ninguém, o que pensar? Vinte mil~hões emum ano, dos quais dez milhões em uns dois meses! E não foi com a desculpa da loteria, como já aconteceu em Brasília.

Todos os nobres do reino saíram em defesa de Palocci. Não é errado ter dinheiro. Apenas ele deveria explicar como multiplicou o seu patrimônio por vinte em um ano. Só isso.Poderia ajudar bastante aos demaismcontribuíntes. Quem sabe não os inspiraria, não é? Todo mundo ia querer ser um Palocci quando crescesse.

Mas o pior de tudo foi ver a fla de rumo no Palácio de Dilma. A presidente paralisada e as notícias rolando soltas. Nem Palocci se explicando e nem a presidente botando ordem na casa, pedindo um esclarecimento público, em nome do respeito aos cidadãos brasileiros.

Um ministro lida com interesses nacionais, não podem ficar dúvidas sobre sua lisura e honestidade. Há muitos interesses em jogo. De onde saíram esses 20 milhões? Quem pagou? Para que tipo de serviço?

No auge da crise e o ex-ministro de Comunicação Franklin Martins volta ao Palácio. E o pior, o ex-presidente Lula, nunca anteznestepaís. E agora voltou um pouco mais rico, algumas palestras depois.
É o fim do mundo, para mim uma verdadeira vergonha um ex-presidente ter que voltar ao Palácio para fazer o papel de bombeiro. 

A imprensa encara tudo com a maior naturalidade, como se Lula ainda continuasse no poder. E Franklin Martins também. O fato de ser um governo de continuidade é outra coisa. Para quem dirige é uma vergonha, não há outro nome.

A presidente Dilma deu sinais de fraqueza e descontrole. ela teria que chamar duramente a atenção de Palocci em público, não por ter ficado rico, estamos em um país capitalista, e aqui socialistas podem ficar ricos. Na França também, lembram de Strauss-Kahn? Mas, ao menos, deveriam dar prestar contas ao povo.

É o que se espera de quem acha que pode liderar uma nação. Na imprensa americana isso não seria tratado assim, de modo algum. Mas, claro, estamos no Brasil. Lá seria impossível um Barack Busch, mas aqui sempre é possível um Lula Roussef.    

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