A situação da artista e modelo alemã de origem turca, Sila Sahin, 25 anos, capa da revista Playboy (Alemanha) deste mês, é complicada. Sendo de família islâmica – há muitos islâmicos na Alemanha e em toda a Europa – e sendo os islâmicos nada liberais, ela resolveu quebrar um tabu e satisfazer uma vontade: posar nua para aquela publicação. A edição é um sucesso muito grande, mas a moça arrumou uma tremenda dor de cabeça com a comunidade islâmica.
O problema é que eles, além de extremamente conservadores – o que em si não é mal algum – costumam reagir de modo um tanto inusitado quando sentem-se ofendidos ou provocados. Quando estão em seus paises de origem, nem todos certamente, há apedrejamentos e até mortes cometidas por pais contra filhas, por crimes contra a “honra da família”.
Não é incomum pais cortarem a garganta de filhas e esposas quando não gostam de algo, se acharem que cometeram alguma falta grave. Desse modo fazem o papel de justiceiros, agredindo o outro, não respeitando suas opiniões e seu comportamento. Basta ver o que fazem com os cristãos no Oriente Médio e na Ásia. Acessem o site Jihad Watch e saberão o quanto isso é comum, ficarão bastante impressonados.
Sila foi a primeira mulher islâmica a posar nua para a Playboy (edição alemã) e disse que queria testar a sua liberdade, pois viveu sempre com o peso da forte repressão religiosa.
Ocorre que eles mudam-se para paises europeus, onde há a garantia das liberdades individuais e não gostam do que os outros fazem com a própria liberdade. Quem não quiser ver a moça nua que não compre a revista. Mas a comunidade não entende assim.
Acontece que Sila Sahin, além de ter sido reprovada pela família, que se afastou dela, ainda está enfrentando uma campanha da comunidade islâmica que quer que as pessoas boicotem seus filmes. Até aí tudo bem. Isso faz parte do jogo em uma sociedade democrática, e o noticiário até ajuda a promover a modelo e atriz, e a revista.
A coisa começa a ficar mal quando pessoas fazem ameaças de morte. O que já levou a policia alemã a iniciar investigações para saber se as ameaças são verdadeiras. Os europeus levam essas ameaças a sério, pois alguns islâmicos matam mesmo infiéis.
Basta se lembrar das ameaças contra o escritor Salman Rushdie que teve que ficar escondido e protegido pela policia inglesa por longos dez anos. Teve a cabeça a pr~emio pelo próprio governo do Irã, por escrever alguma coisa sobre Maomé no livro Versos Satânicos.
Um cineasta holandês (Thor van Gogh) foi morto na rua, a facadas, em Amsterdam, por causa de um filme sobre a submissão absoluta dos fieis a Alá (Submission).
Também cartunistas de jornais que fizeram charges sobre Maomé foram ameaçados de morte, na Dinamarca e Noruega. Esse pessoal imagina que pode levar todos os seus costumes para a terra para onde se mudam e que não existem leis para garantir os indivíduos e as suas liberdades.
Assim, a atriz pode, realmente, estar correndo perigo.
Uma pena, não?
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