Com fumaça...Foi assim que a Polícia Militar de São Paulo dissolveu ontem à tarde uma passeata promovida pelos mesmos que fariam a Marcha da Maconha na Avenida Paulista, partindo do Masp. De fato, a marcha havia sido proibida pelo desembargador Teodomiro Mendes, do TJ-SP.
Como as pessoas começaram a se aglomerar para fazer um protesto contra a decisão, ameaçando fazer a passeata do mesmo modo, parece que houve algum acordo com a PM, segundo a imprensa, permitindo a passeata, desde que os manifestantes fizessem uma passeata apenas pela liberdade de expressão.
Pelo visto aconteceu alguma errada, pois logo que a marcha começou a PM de choque chegou e começou a dispersar, com o uso, inclusive, de bombas de efeito morale balas de borracha.
Paulo Henrique Carneiro, professor da USP, que apoiava a marcha foi atendido após ser atingido por uma bomba na cabeça. Quatro pessoas foram detidas por desacato. Lucas Gordon e Julio Delmanto, do movimento Desentorpecendo a Razão (DAR) foram todos levados ao 78ºDP. Arthur Tobias e um tal Cunha foram para o 4ºDP.
Vejam que para os incentivadores, o uso da erva deve ser bom para desentorpecer a razão. É algo místico, ou capaz de tirar a venda da burrice de diante dos olhos dos conservadores. São uns iluminados!
De fato a marcha estava proibida, mas os manifestantes não queriam obedecer a ordem judicial.Creio que imaginaram estar protestando como os manifestantes egipcios na Praça Tahir, no Cairo.
Uma das características do regime democrático é que as pessoas têm que obedecer a lei. Muita gete acha qe democracia é zona. Para conter os desatentos há os cacetetes democráticos.
No onde também houve a marcha, os manifestantes provocavam a polícia com letras de música adaptadas para falar do consumo da droga. Isso é apologia.
Conforme matéria do IG, impedidos de fazer "Marcha da Maconha", manifestantes protestam contra juiz que tomou decisão. Antes da proibição os organizadores da marcha haviam fechado um acordo com o comando do 7º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento da avenida Paulista.
Pelo acordo, se a Justiça proibisse a Marcha da Maconha os manifestantes poderiam fazer um protesto pela liberdade de expressão desde que ocultassem referências à droga.
Hoje (sábado). pouco antes da confusão, o capitão PM Benedito Del Vecchio ratificou o acordo. A negociação foi acompanhada pela reportagem do iG. Os manifestantes cumpriram o acordo e colaram fitas adesivas em todas as faixas e cartazes que continham a palavra maconha. Por volta das 15h, o capitão confirmou ao iG que os manifestantes até aquele momento cumpriam o combinado. "Até agora, está tudo certo. Eles estão se adequando."
Minutos depois que os manifestantes tomaram a avenida, no entanto, Del Vecchio determinou a desobstrução da Paulista. Policiais da Tropa de Choque, portando cassetetes e escudos, partiram para cima dos manifestantes e, sem aviso prévio, começaram a disparar bombas e tiros de borracha. Será que não aconteceu nada entre uma coisa e outra? Que polícia doda e sem palavra, hein? Nehum cartazinho, nenhuma palavras de ordem...
Uma das primeiras bombas caiu no lado oposto da avenida, causando pânico entre motoristas, alguns deles com crianças nos carros. Gordon e Delmanto foram presos por carregarem o jornal do coletivo, DAR, “O Antiproibicionista”, que teria referências à droga.
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m grupo de manifestantes foi negociar com a PM. O capitão Del Vecchio deu prazo de 10 minutos para que a pista fosse desobstruída mas três minutos depois ordenou uma nova carga da Tropa de Choque.
m grupo de manifestantes foi negociar com a PM. O capitão Del Vecchio deu prazo de 10 minutos para que a pista fosse desobstruída mas três minutos depois ordenou uma nova carga da Tropa de Choque.
Até então não havia confronto. Os manifestantes continuavam marchando pacificamente pela avenida aos gritos de “eu sou maconheiro com muito orgulho, com muito amor“ ou “ão, ão, ão liberdade de expressão”. Quando os ataques da PM se intensificaram, já no final da avenida, perto da rua da Consolação, alguns responderam jogando garrafas de vidro. A reportagem contou três garrafas atiradas pelos manifestantes. Nenhum policial ficou ferido.
Bombas e tiros foram disparados contra quem estava nas calçadas. O repórter do iG foi ferido nas costas por estilhaço de uma bomba de efeito moral quando estava na calçada. O repórter Fabio Pagotto, do “Diário de S. Paulo”, foi atropelado pela moto do tenente Feitosa e agredido por outros policiais quando tentou reclamar. O tenente se desculpou dizendo que a moto da Polícia Militar estava sem freio.
Grupos conservadores
A tensão começou ainda na concentração. Enquanto os manifestantes pró-maconha se reuniam no vão livre do Masp, um grupo de 25 manifestantes pertencentes às organizações conservadoras União Conservadora Cristã, Resistência Nacionalista e Ultra Defesa esperavam do outro lado da avenida, na frente do Parque Trianon.
Bem, pode não ter havido a marcha esperada, mas sobrou fumaça para um bocado de gente.
Extraído do noticiário.
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