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terça-feira, 24 de maio de 2011

UM CUBANO E UM VENEZUELANO DESPEJARAM US$13 MILHÕES NO PERÚ. EM DEZ MESES, DE JUNHO DE 2010 A MARÇO DE 2011. As entradas de dólares cessaram pouco antes do primeiro turno.

Atenção, leitores, matérias como a que vem abaixo vocês raramente lerão na imprensa brasileira. A imprensa está muito comprometida com a visão esquerdista e com as posições do Foro de São Paulo. As eleições no Perú, cujo segundo turno será no dia 5 de junho, pode estar sendo comprometida com injeção de dinheiro estrangeiro despejado no país para várias finalidades. Isso já aconteceu na Argentina, na Bolívia, no Brasil, em Honduras, no Equador e na Nicarágua. Basta acompanhar a evolução dos fatos e a imprensa em espanhol, muitas vezes superior à nossa.

Assim entraram os dólares chavistas no Peru

Um paciente trabalho de inteligência conseguiu identificar a entrada no Peru de dois cidadãos, um cubano e outro venezuelano, que em conjunto trouxeram ao país - de junho de 2010 a março de 2011 - a considerável soma de US$ 13 milhões, 303 mil e 229 dólares, os mesmos que, segundo informação classificada à qual "Expreso" teve acesso, se haviam destinado a financiar campanhas políticas, assim como frentes regionais que organizam revoltas sociais e greves no interior do país.

Os cidadãos mencionados são o cubano Leonardo Peraza González, identificado com o passaporte C709542 de 37 anos de idade, assim como o venezuelano Carlos Alberto Levay Reyes, identificado com o passaporte 7123055, de 40 anos de idade. Um dos fatos concretos que o minucioso trabalho de Inteligência chegou a estabelecer, é que o dinheiro que ambos personagens fizeram entrar no país não provém da Venezuela, senão dos Estados Unidos.

Além disso, tanto Peraza quanto Levay declararam a entrada do dinheiro na Aduana, porque ao ser cada uma de suas viagens ao país diferente de outras, então se livram assim do risco de que se lhes apreenda o dinheiro que portam.

As entradas

O caso mais chamativo, sem dúvida, é o do cubano Leonardo Peraza que em 18 visitas ao país, só de 21 de dezembro de 2010 ao passado 28 de março (coincidentemente com o desenvolvimento da campanha eleitoral pela Presidência da República), trouxe ao Peru a soma de US$ 11 milhões, 226 mil e 728 dólares. Curiosamente, as entradas de dinheiro de Peraza ao país - procedente dos Estados Unidos - foram maiores conforme se aproximava o 10 de abril, data do primeiro turno eleitoral.

Assim, temos que em 5 de março este personagem fez entrar no Peru - procedente dos Estados Unidos - US$ 810 mil e 100 dólares, para depois sair no dia seguinte de volta ao mesmo destino. Depois retornou em 9 de março e trouxe ao país US$ 809 mil e 567 dólares e, muito suspeitamente, abandona o país nesse mesmo dia.

Do mesmo modo sucedeu em 14 de março quando chegou no Peru com US$ 891 mil e 519 dólares e foi embora nesse mesmo dia. Isto repete-se - chegar no Peru e voltar no mesmo dia - em 21 de março, quando conseguiu trazer US$ 900 mil. Cinco dias depois, 26 de março, faz o mesmo e entra no país portando US$ 516 mil e 500 dólares. Sua última entrada no Peru deu-se no passado 28 de março, quando trouxe dos Estados Unidos nada menos que US$ 705 mil e 300 dólares.

Chama a atenção que suas constantes visitas ao nosso país tenham cessado abruptamente, em coincidência com a chegada do mês de abril em que se realizou o primeiro turno eleitoral.

O caso Levay

O venezuelano Carlos Alberto Levay Reyes, em cinco viagens ao nosso país - realizadas entre 2010 e 2011 - fez entrar a quantidade de US$ 2 milhões, 076 mil e 501 dólares. Segundo a informação a que tivemos acesso, a primeira entrada de dinheiro realizou-se em 12 de junho do ano passado quando Levay chegou procedente dos Estados Unidos com US$ 250 mil. No dia seguinte foi embora do país voltando para os Estados Unidos.

O segundo ingresso de Levay produziu-se nesse mesmo mês, em 17 de junho de 2010, portando US$ 373 mil e 500 dólares. Ele chegou procedente do México e saiu do Peru nesse mesmo dia. Quase um mês depois, em 13 de julho de 2010, Levay chegou ao aeroporto Jorge Chávez procedente do México e fez entrar no país a soma de US$ 325 mil. Nesse mesmo dia retornou ao México.

Seu quarto ingresso no país produziu-se em 3 de janeiro desse ano. Chegou procedente dos Estados Unidos, entrou com US$ 422 mil e no dia seguinte voltou para os Estados Unidos. Seu quinto e último ingresso no país deu-se em 22 de janeiro passado, quando chegou dos Estados Unidos, entrou com a soma de US$ 706 mil e 001 dólares, e nesse mesmo dia voltou para os Estados Unidos.

Investigação no nível que corresponda

Os dados assinalados aqui merecem uma investigação no nível adequado que dirima dúvidas e esclareça as atividades das pessoas envolvidas, mais ainda se estas teriam possivelmente incorrido em irregularidades que as autoridades competentes esclarecerão. Como pano de fundo estão as reiteradas denúncias sobre o tema que diversos políticos e porta-vozes de movimentos têm feito desde 2006 até hoje.

Lavagem de dinheiro?

Até onde "Expreso" pôde conhecer, as autoridades peruanas estão avaliando a possibilidade de proceder com uma denúncia a ambos personagens pelo possível delito de lavagem de dinheiro. Enquanto isso, não deixa de chamar a atenção o fato de que tão fortes quantidades de dinheiro de pessoas vinculadas a países de corte comunista e socialista cheguem ao Peru, em um contexto no qual vive-se no país um processo eleitoral em que os peruanos elegeremos o próximo governante. Sem dúvida é curioso, para dizer o mínimo.
 
Tradução: Graça Salgueiro
Editorial da Revista Ilo al día

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