Pesquisa CNT/DMA divulgada hoje indica que se a eleição
fosse hoje a presidente Dilma Rousseff estaria em grande dificuldade para
conseguir a reeleição. Cerca de 44,7% dos entrevistados informaram que não
votariam nela de modo nenhum. O seu governo, agora, é visto de modo positivo
por 31% dos consultados; em junho esse índice chegava a 54,2%.
A queda, embora tenha de fato ocorrido, não me surpreende
tanto, afinal, os últimos 45 dias têm sido realmente desastrosos para o governo
federal, com um a sucessão de trapalhadas.
No que nunca acreditei, de fato, e acho que acabava
mascarando a realidade, era nas fabulosas pesquisas de aprovação tanto de Lula
como de Dilma, como se morássemos numa Suíça.
Nunca deixei de observar uma coisa interessante: os institutos pesquisam “popularidade”, e os índices são sempre altos. Mas populares podem ser os anjos e os demônios. Ser popular é diferente de aprovado.
Nunca deixei de observar uma coisa interessante: os institutos pesquisam “popularidade”, e os índices são sempre altos. Mas populares podem ser os anjos e os demônios. Ser popular é diferente de aprovado.
No caso de Dilma, que chegou a bater Lula, seu mentor, seu
criador, mesmo sem qualquer jogo de cintura, nunca me escapou que o público, na
forma como as coisas são apresentadas pelos institutos, fica parecendo
amalucado: aprova a pessoa com índices
altíssimos, estratosféricos, mas aponta que não gosta da Saúde, da Educação, da
Segurança Pública, e de outros aspectos importantes do cotidiano. É como se,
pelos institutos, o povo fosse oligofrênico, doido, não sendo capaz de juntar
causas e conseqüências.
Mais ou menos assim: estariam manipuladas as pesquisas ou seriam completamente idiotas os brasileiros?
Mais ou menos assim: estariam manipuladas as pesquisas ou seriam completamente idiotas os brasileiros?
Como as manifestações de junho mostraram, a população
reclamou de falta de melhores serviços de saúde, de mais segurança pública, de
menos corrupção, de melhor transporte, de melhor educação. E agora,
curiosamente, os índices de aprovação despencaram.
Fica uma pergunta: será que institutos também sentiram-se
pressionados pela voz das ruas e resolveram fazer um ajuste nas avaliações,
chegando a algo mais perto da realidade (que já conhecimam antes?) ou o povo era desprovido de qualquer
critério analítico há pouco mais de 45 dias?
E seria um povo tão tonto que seria capaz de aprovar ao máximo uma pessoa de que reprova, e bastante, o próprio governo?
E seria um povo tão tonto que seria capaz de aprovar ao máximo uma pessoa de que reprova, e bastante, o próprio governo?
Conforme esta pesquisa CNT/DNA, a
queda na popularidade de Dilma foi da ordem de 22,9%, de 54,2% para 31,3%.
A avaliação negativa era
de 9% e agora é de 29,5%.
Ilustração
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