DESIRÉ BOUTERSE (IMAGEM DO SITE UCHO INFO) |
Se houve uma coisa que o Papa condenou com vigor, ao contrário de temas esperados, nos quais ele não tocou em seus discursos, apenas posteriormente, em entrevistas dadas na sua volta à Itália, foi o que ele chamou de Mercadores da Morte, aqueles que vendem drogas, os vis traficantes.
Francisco condenou veementemente os traficantes e aqueles que dão suporte ou os defendem. Este blog concorda integralmente com as palavras do Papa. Não há o que negociar com traficantes; não há que facilitar avida de Mercadores da Morte e os que defendem a legalização das drogas.
Drogas matam; milhares de jovens brasileiros são vítimas anuais desse comércio tétrico e macabro. E o governo não tem conseguido convencer países vizinhos, com governos também ligados ao Foro de São Paulo, e produtores de coca e cocaína, como Bolívia e Perú, numa quantidade monstruosamente superior àquilo que suas populações indígenas usam para mascar, a impedir a expansão dessa Indústria de Morte.
Essa é uma questão delicada para a esquerda continental, pois todos sabemos que as drogas rendem milhões de dólares por ano para grupos que, depois, trocam cocaína com armas e alimentam grupos terroristas, como as FARC, na Colômbia. A relação entre a produção de cocaína e terrorismo já está mais que provada. O que não parece funcionar é a repressão a isso. Como poderia não é? É como se um braço de um corpo quisesse cortar o braço do lado oposto, do mesmo corpo. Quem quer ferir a si mesmo?
UMA VISITA INCÔMODA
(dE o gLOBO, 2011)
"A imunidade de um chefe de Estado começa no momento de sua posse e termina no momento em que deixe a função", lembra a embaixada dos Países Baixos, em nota dirigida ao GLOBO para explicar a posição do governo holandês sobre o caso do presidente do Suriname. "Isso significa", continua, "que Bouterse, depois do mandato, poderá ser penalizado por qualquer ato que cometeu antes de ser presidente, pelos atos privados cometidos durante a sua presidência e pelos atos que venha a perpetrar depois da sua presidência."
"A imunidade de um chefe de Estado começa no momento de sua posse e termina no momento em que deixe a função", lembra a embaixada dos Países Baixos, em nota dirigida ao GLOBO para explicar a posição do governo holandês sobre o caso do presidente do Suriname. "Isso significa", continua, "que Bouterse, depois do mandato, poderá ser penalizado por qualquer ato que cometeu antes de ser presidente, pelos atos privados cometidos durante a sua presidência e pelos atos que venha a perpetrar depois da sua presidência."
RIO - Há três décadas Desiré Delano Bouterse é o líder
político e militar mais poderoso do Suriname, antiga colônia holandesa na
fronteira com o Pará, distante 1.500 quilômetros de Belém. Ex-chefe de uma
ditadura que nos anos 80 proclamou no país uma "República
Socialista", retornou ao poder na eleição do ano passado. Ele tem mais 42
meses de mandato pela frente, até 13 de agosto de 2015. Então, Bouterse vai se
tornar um narcotraficante de 70 anos com prisão decretada no Brasil e em mais
meia centena de países, a pedido da Holanda, onde está condenado a 16 anos de
prisão por tráfico de cocaína.
Bouterse, Mendonça e Beira-Mar são personagens de uma
obscura rede financeira em expansão no Brasil, especializada em legalizar
dinheiro obtido com atividades ilícitas (do narcotráfico à corrupção). De terno
e gravata no palácio presidencial em Paramaribo ou em uniformes das
penitenciárias de Goiânia e Mossoró, eles movem seus lucros para a legalidade
no país que se tornou o principal centro de lavagem financeira da América do
Sul. A velocidade dessa transformação coincidiu com o ritmo de crescimento da
economia nacional e da multiplicação das rotas de trânsito de droga do Brasil
para EUA, Europa e Ásia (via África) na última década.
Nos anos 80, ele foi um dos pioneiros na organização de
rotas de tráfico de cocaína colombiana do Brasil para a Europa e os Estados
Unidos, via Suriname. Tinha um sócio brasileiro, o ex-garimpeiro Leonardo Dias
Mendonça, preso em
Goiás. Mendonça e Bouterse fizeram fortuna numa lucrativa
frente de negócios com as Farc, a narcoguerrilha da Colômbia: vendiam armamento
e recebiam em
cocaína. Registros financeiros indicam que Mendonça somou um
patrimônio de US$ 70 milhões. Financiou o início de carreira de Luiz Fernando
da Costa, o Beira-Mar — preso em Mossoró (RN). E patrocinou uma rede de apoio
político, na qual se destacou o ex-deputado federal Pinheiro Landim (PMDB-CE),
recentemente homenageado na Assembleia do Ceará.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/nos-ultimos-dois-anos-exemplos-de-lavagem-de-dinheiro-brasileira-3475513#ixzz2aUOs1gBh
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