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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Segundo dia do Julgamento. SANDRO DOTA, ACUSADO DE MATAR BIANCA CONSOLI AGUARDA A JUSTIÇA DOS HOMENS. Para a acusação, Dota matou Bianca por motivos sexuais. Dota nega, mas entre as provas, os exames de DNA apontam para ele:” "A probabilidade de o material sob as unhas da vítima não ser compatível com o sangue na calça dele é de um para 62 quatrilhões de vezes, segundo os peritos", disse o promotor do caso”. (VIDEOS)



Milhões de pessoas aguardam o final do julgamento do motoboy Sandro Dota, ex-cunhado de Bianca Ribeiro Consoli. Bianca, então com 19 anos, foi brutalmente morta e atacada sexualmente, em setembro de 2011, por alguém que entrou e saiu de sua casa com uma cópia da chave.

Pelos relatos de imprensa, tanto seu ex-namorado André Neres Maciel, com quem havia terminado há muitos meses, como o seu então namorado, Bruno Barranco, nunca foram considerados suspeitos pela polícia. Tudo apontava para o seu cunhado, Sandro Dota, sujeito falante e solícito que começou a dar entrevistas à TV, e que, sem estar sendo acusado, já havia contratado um advogado de defesa.

Parece que o publico não gosta de Dota, hoje com 42 anos, e aguarda a noticia de sua condenação. Como até hoje, embora esteja preso, nega o crime, todos esperam que a promotoria trabalhe bem na acusação e que o trabalho da polícia técnica seja bom o suficiente para uma pena superior a 30 anos de prisão.

BIANCA RIBEIRO CONSOLI
Para ele, se for considerado culpado, será azar; para os que o querem na cadeia, justiça. Sorte ele teria se escapasse, apesar dos indícios e provas que a polícia reuniu. Dota tinha muitos arranhões pelo corpo e havia material dele sob as unhas de Bianca e sangue em suas roupas, que foram entregues para exame pela sua esposa, irmã de Bianca.

Sandro escapará da cadeia se for muito sortudo, a polícia e a  promotoria incompetentes, o advogado de defesa um mágico, e os jurados muito distraídos. 

SEGUNDO DIA DO JULGAMENTO

O segundo dia de julgamento do motoboy Sandro Dota, está previsto para ter início às 10h desta quarta-feira (24) no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da capital. A universitária Bianca Consoli foi morta por asfixia em setembro de 2011 na casa onde morava, na Zona Leste de São Paulo.

O julgamento de Sandro Dota teve início terça, 23, com o depoimento de três das 17 testemunhas arroladas por defesa e acusação: Marta Maria Ribeiro, mãe de Bianca Consoli; a delegada Gisele Aparecida Capello Lelo, primeira a presidir o inquérito;  e Maurício Vestyik, investigador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP).

O júri é presidido pela juíza Fernanda Afonso de Almeida, da 4ª Vara do Júri. A previsão é que o júri popular dure até três dias. Dezessete testemunhas foram arroladas - sete pela acusação, sete da defesa, duas comuns às partes e três do juízo. Serão chamados parentes da vítima e do réu, além de policiais civis e peritos que investigaram Dota e o apontaram como o assassino de Bianca.

O motoboy Sandro Dota, acusado de matar a cunhada, Bianca Ribeiro Consoli, 19, apresentava arranhões nos braços e outros ferimentos na perna após o crime ocorrido em setembro de 2011. A afirmação é do investigador Mauríciu Vestyik, durante depoimento no julgamento do crime. Ele apontou ainda que o sangue colhido na calça de Dota durante as investigações era compatível com a pele encontrada sob as unhas de Bianca.

Durante as investigações, Dota não forneceu à polícia seu material biológico para fazer a comparação com a pele encontrado nas unhas de Bianca. A polícia, porém, conseguiu fazer a comparação com o material biológico retirado das roupas que ele usara no dia do crime, que confirmou a compatibilidade.

A delegada Gisele Priscila Capello Lelo, em seu depoimento, disse que "o que motivou o crime foi o interesse sexual do réu pela vítima, que nunca foi correspondido." Ela também afirmou que todos os elementos colhidos na investigação apontavam para Sandro como culpado e que ela o indiciaria mesmo sem o exame de DNA.

A primeira testemunha a depor é a mãe da jovem, Marta Maria Consoli. Muito emocionada, ela contou como encontrou o corpo da filha após o crime. Ela também disse Dota tinha a casa da casa porque usava a máquina de lavar roupas, e acrescentou que Bianca e seus netos não gostavam dele.

Marta afirmou ainda que após o crime, soube que o genro assediava Bianca, além de outras mulheres do bairro, mas passou a desconfiar dele como autor do crime apenas após os laudos periciais que analisaram a roupa dele. O exame de DNA confirmou que o material encontrado sob as unhas da vítimas era dele.

Sandro Dota está preso desde 2011 e responde por homicídio triplamente qualificado (meio cruel, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima).   

PROVAS 

O processo tem 1.600páginas, e as principais provas da Promotoria são: um exame de DNA e um conjunto de depoimentos de testemunhas. O resultado do teste comprovou que a pele achada sob as unhas de Bianca tem o mesmo perfil genético da mancha de sangue que estava na calça jeans que seria dele.

A roupa dele foi entregue à polícia pela então mulher do motoboy, Daiana Ribeiro Consoli, irmã da vítima. Após a sua prisão, o casal se separou. Daiana, que defendia o marido, também passou a acusá-lo.

O advogado de defesa contesta a prova técnica, alegando que a vestimenta apreendida não pertenceria a seu cliente. “Tudo isso será provado no julgamento”, disse São José Júnior, defensor de Dota, que chegou a pedir a Justiça um novo exame de DNA para confrontar o teste anterior. Voltou atrás, no entanto, quando Dota esteve prestes a ceder o sangue e desistiu por desconfiar da isenção dos profissionais que recolheriam o material.

"A probabilidade de o material sob as unhas da vítima não ser compatível com o sangue na calça dele é de um para 62 quatrilhões de vezes, segundo os peritos", disse o promotor do caso.

Testemunhas da acusação:

- Marina Antonia de Souza, avó de Bianca

- Marta Maria Ribeiro Consoli, mãe de Bianca

- Antonio Lucileudo Silva Pontes, padrasto

- Daiana Ribeiro Consoli, irmã de Bianca

- testemunha protegida, amiga de Bianca

- Maurício Silva Lima Vestyik, investigador

- Ana Claudia Pacheco, perita responsável por analisar DNA

- Angélica de Almeida, perita do IML responsável por comprovar estupro

Testemunhas da defesa:

- D.R.C., filho de 12 anos de Daiana, sobrinho de Bianca

- Bruno Barranco, namorado de Bianca à época

- Alcides Lourenço Santos, eletricista amigo da avó de Bianca

- Carolline de Cassia Lima, namorada do ex-namorado de Bianca

- Giselle Priscilla Capello Ielo, delegada

- Alaide do Nascimento Mariano, papiloscopista 

Testemunhas do juízo indicadas pela defesa:

- Carlos Prado

- Almir Chagas dos Santos, escrivão

- Margaret Mitiko Inada Pereira, perita responsável pelo laudo do DNA. 

(Informações coletadas na imprensa) 

HOJE - QUARTA-FEIRA, 24/7 - ANDAMENTO DO JURI - HOUVE ESTUPRO?




O CASO BIANCA CONSOLI

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