Milhões de pessoas aguardam o
final do julgamento do motoboy Sandro Dota, ex-cunhado de Bianca Ribeiro
Consoli. Bianca, então com 19 anos, foi brutalmente morta e atacada sexualmente,
em setembro de 2011, por alguém que entrou e saiu de sua casa com uma cópia da
chave.
Pelos relatos de imprensa, tanto
seu ex-namorado André Neres Maciel, com quem havia terminado há muitos meses,
como o seu então namorado, Bruno Barranco, nunca foram considerados suspeitos
pela polícia. Tudo apontava para o seu cunhado, Sandro Dota, sujeito falante e
solícito que começou a dar entrevistas à TV, e que, sem estar sendo acusado, já
havia contratado um advogado de defesa.
Parece que o publico não gosta de
Dota, hoje com 42 anos, e aguarda a noticia de sua condenação. Como até hoje,
embora esteja preso, nega o crime, todos esperam que a promotoria trabalhe bem
na acusação e que o trabalho da polícia técnica seja bom o suficiente para uma
pena superior a 30 anos de prisão.
BIANCA RIBEIRO CONSOLI |
Para ele, se for considerado
culpado, será azar; para os que o querem na cadeia, justiça. Sorte ele teria se
escapasse, apesar dos indícios e provas que a polícia reuniu. Dota tinha muitos
arranhões pelo corpo e havia material dele sob as unhas de Bianca e sangue em suas
roupas, que foram entregues para exame pela sua esposa, irmã de Bianca.
Sandro escapará da cadeia se for
muito sortudo, a polícia e a promotoria
incompetentes, o advogado de defesa um mágico, e os jurados muito distraídos.
SEGUNDO DIA DO JULGAMENTO
O segundo dia de julgamento do
motoboy Sandro Dota, está previsto para ter início às 10h desta quarta-feira
(24) no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da capital. A
universitária Bianca Consoli foi morta por asfixia em setembro de 2011 na casa
onde morava, na Zona Leste de São Paulo.
O julgamento de Sandro Dota teve
início terça, 23, com o depoimento de três das 17 testemunhas arroladas por
defesa e acusação: Marta Maria Ribeiro, mãe de Bianca Consoli; a delegada
Gisele Aparecida Capello Lelo, primeira a presidir o inquérito; e Maurício Vestyik, investigador do Departamento
de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP).
O júri é presidido pela juíza
Fernanda Afonso de Almeida, da 4ª Vara do Júri. A previsão é que o júri popular
dure até três dias. Dezessete testemunhas foram arroladas - sete pela acusação,
sete da defesa, duas comuns às partes e três do juízo. Serão chamados parentes
da vítima e do réu, além de policiais civis e peritos que investigaram Dota e o
apontaram como o assassino de Bianca.
O motoboy Sandro Dota, acusado de
matar a cunhada, Bianca Ribeiro Consoli, 19, apresentava arranhões nos braços e
outros ferimentos na perna após o crime ocorrido em setembro de 2011. A
afirmação é do investigador Mauríciu Vestyik, durante depoimento no julgamento
do crime. Ele apontou ainda que o sangue colhido na calça de Dota durante as
investigações era compatível com a pele encontrada sob as unhas de Bianca.
Durante as investigações, Dota
não forneceu à polícia seu material biológico para fazer a comparação com a
pele encontrado nas unhas de Bianca. A polícia, porém, conseguiu fazer a
comparação com o material biológico retirado das roupas que ele usara no dia do
crime, que confirmou a compatibilidade.
A delegada Gisele Priscila
Capello Lelo, em seu depoimento, disse que "o que motivou o crime foi o
interesse sexual do réu pela vítima, que nunca foi correspondido." Ela também
afirmou que todos os elementos colhidos na investigação apontavam para Sandro
como culpado e que ela o indiciaria mesmo sem o exame de DNA.
A primeira testemunha a depor é a
mãe da jovem, Marta Maria Consoli. Muito emocionada, ela contou como encontrou
o corpo da filha após o crime. Ela também disse Dota tinha a casa da casa
porque usava a máquina de lavar roupas, e acrescentou que Bianca e seus netos
não gostavam dele.
Marta afirmou ainda que após o
crime, soube que o genro assediava Bianca, além de outras mulheres do bairro,
mas passou a desconfiar dele como autor do crime apenas após os laudos
periciais que analisaram a roupa dele. O exame de DNA confirmou que o material
encontrado sob as unhas da vítimas era dele.
Sandro Dota está preso desde 2011
e responde por homicídio triplamente qualificado (meio cruel, motivo fútil e
recurso que dificultou a defesa da vítima).
PROVAS
O processo tem 1.600páginas, e as
principais provas da Promotoria são: um exame de DNA e um conjunto de
depoimentos de testemunhas. O resultado do teste comprovou que a pele achada
sob as unhas de Bianca tem o mesmo perfil genético da mancha de sangue que
estava na calça jeans que seria dele.
A roupa dele foi entregue à
polícia pela então mulher do motoboy, Daiana Ribeiro Consoli, irmã da vítima.
Após a sua prisão, o casal se separou. Daiana, que defendia o marido, também
passou a acusá-lo.
O advogado de defesa contesta a
prova técnica, alegando que a vestimenta apreendida não pertenceria a seu
cliente. “Tudo isso será provado no julgamento”, disse São José Júnior,
defensor de Dota, que chegou a pedir a Justiça um novo exame de DNA para
confrontar o teste anterior. Voltou atrás, no entanto, quando Dota esteve
prestes a ceder o sangue e desistiu por desconfiar da isenção dos profissionais
que recolheriam o material.
"A probabilidade de o
material sob as unhas da vítima não ser compatível com o sangue na calça dele é
de um para 62 quatrilhões de vezes, segundo os peritos", disse o promotor
do caso.
Testemunhas da acusação:
Testemunhas da acusação:
- Marina Antonia de Souza, avó de
Bianca
- Marta Maria Ribeiro Consoli,
mãe de Bianca
- Antonio Lucileudo Silva Pontes,
padrasto
- Daiana Ribeiro Consoli, irmã de
Bianca
- testemunha protegida, amiga de
Bianca
- Maurício Silva Lima Vestyik,
investigador
- Ana Claudia Pacheco, perita
responsável por analisar DNA
- Angélica de Almeida, perita do
IML responsável por comprovar estupro
Testemunhas da defesa:
Testemunhas da defesa:
- D.R.C., filho de 12 anos de
Daiana, sobrinho de Bianca
- Bruno Barranco, namorado de
Bianca à época
- Alcides Lourenço Santos,
eletricista amigo da avó de Bianca
- Carolline de Cassia Lima,
namorada do ex-namorado de Bianca
- Giselle Priscilla Capello Ielo,
delegada
- Alaide do Nascimento Mariano,
papiloscopista
Testemunhas do juízo indicadas pela defesa:
Testemunhas do juízo indicadas pela defesa:
- Carlos Prado
- Almir Chagas dos Santos,
escrivão
- Margaret Mitiko Inada Pereira,
perita responsável pelo laudo do DNA.
(Informações coletadas na imprensa)
(Informações coletadas na imprensa)
HOJE - QUARTA-FEIRA, 24/7 - ANDAMENTO DO JURI - HOUVE ESTUPRO?
O CASO BIANCA CONSOLI
Nenhum comentário:
Postar um comentário