O caro leitor, se for uma pessoa
atenta, há de ter observado que há imenso silêncio no Brasil, apesar das
barulhentas manifestações de rua. Tal silêncio é porque não se ouve, há meses,
a voz rouca de Lula dando palpites sobre algum problema universal, ou negando
“malfeitos” de seus companheiros de partido ou do governo.
Porém, mesmo sem aparecer Lula fala e manda recados por meio de assessores, que abastecem a imprensa. A fase de recados, agora, é para desgastar a sua cria, Dilma Rousseff. E os recados de Lula fazem barulho em Brasília.
Alguns, mais distraídos, atribuem o silêncio de Lula aos problemas na garganta, depois que teve que submeter-se a tratamento contra um câncer na laringe que, por pouco, não lhe custou as cordas vocais. Certamente que Lula já andou dizendo que precisa economizar a garganta por conta disso; já não é como era antes.
Porém, mesmo sem aparecer Lula fala e manda recados por meio de assessores, que abastecem a imprensa. A fase de recados, agora, é para desgastar a sua cria, Dilma Rousseff. E os recados de Lula fazem barulho em Brasília.
Alguns, mais distraídos, atribuem o silêncio de Lula aos problemas na garganta, depois que teve que submeter-se a tratamento contra um câncer na laringe que, por pouco, não lhe custou as cordas vocais. Certamente que Lula já andou dizendo que precisa economizar a garganta por conta disso; já não é como era antes.
O silêncio de Lula, todavia, é também
oportuno, pois assim não é obrigado a falar sobre o Mensalão e a grande
possibilidade de ver seus companheiros, do alto escalão do PT, condenados como
corruptos quadrilheiros pelo STF, indo para a prisão.
Contribuiu para esse silêncio
abrasador, fulgurante, a entrada no noticiário do nome de Rose Noronha, aquela
que ocupava a chefia do escritório da Presidência da República em São Paulo, tida como
muito mais do que simples amiga de Lula. A exposição de Rose, envolvida pela
Polícia Federal no escândalo da Operação Porto Seguro, acuou o ex-presidente
que mantém-se em um tipo de jejum de fala, num ano sabático de silêncio
cauteloso.
Como Lula é Lula, e não poderia perder o hábito dos palpites e da falação, vez ou outra embarca em jatinhos de empresas amigas e faz viagens ao exterior para dar palestras nas quais resolve os problemas da fome do mundo, dos combustíveis alternativos, como criar um país do nada em apenas 8 anos, e outros milagres lulescos.
Aconselha presidentes e ditadores, explica como ter sucesso sem gastar o próprio dinheiro. E como ganhar dinheiro alheio fazendo palestras a 200 ou 300 mil reais cada uma.
Lula, apesar do silêncio, também consegue dar palpites sobre o governo de Dilma Rousseff, especialmente nesta quadra tão conturbada da história do Brasil, o país onde nunca antes.
Atrapalhada com as vaias, com a pressão dos aliados políticos, com a evidente perda de popularidade, a presidente está emaranhada e atira para todos os lados, sinalizando estar meio perdida quanto ao que fazer.
Aí entra Lula, talvez de olho no lugar de Dilma em 2014. Evidentemente ele não assume ser candidato, mas há setores do PT que sonham com isso. É uma luta também silenciosa, pois é como um jogo de gato e rato, como jogar xadrez com o próprio demônio.
Lula viajou, foi espalhar bondades e recolher dólares na África, uma de suas diversões preferidas. E enquanto viaja os boatos de que ele disse isso e aquilo começam a aparecer na imprensa brasileira. Lula consegue o milagre de fazer aparecer na imprensa declarações que não foram dadas a jornalista. Há tempos já ele não fala diretamente com a Imprensa. Isso prova que existe uma máqu9na bem azeitada para o ex-presidente fazer vazar o que lhe interessa, sem o risco de presença de repórteres perguntadores e perguntas perigosas, ou desagradáveis.
MANEJANDO A IMPRENSA À DISTÂNCIA
Desse modo, manejando a imprensa à distância, Lula só fala sobre o que quer, nunca sobre o que não quer, ou não pode. Isto é, manda recados sobre tudo aquilo que lhe convém.
Assim, depois que as grandes manifestações de rua que todos temos testemunhado, e que assustaram o mundo e abalaram Brasília, começaram, o mutismo crônico de Lula recruscedeu. Ora, se há insatisfação da população seria apenas com o governo de Dilma Rousseff? Ela está na metade do terceiro mandato, herdou o país e a máquina administrativa de Lula, que governou por oito anos!
Lula passou o tempo todo sendo ingrato para com FHC, dizendo haver recebido uma herança maldita, o que não é verdade de forma alguma. Fez o que quis e como quis, inclusive elegendo o poste Dilma Rousseff. Dilma, apesar de todos os problemas recebidos de seu chefe, jamais saiu criticando herança maldita. E bota maldita nisso.
Como Lula é Lula, e não poderia perder o hábito dos palpites e da falação, vez ou outra embarca em jatinhos de empresas amigas e faz viagens ao exterior para dar palestras nas quais resolve os problemas da fome do mundo, dos combustíveis alternativos, como criar um país do nada em apenas 8 anos, e outros milagres lulescos.
Aconselha presidentes e ditadores, explica como ter sucesso sem gastar o próprio dinheiro. E como ganhar dinheiro alheio fazendo palestras a 200 ou 300 mil reais cada uma.
Lula, apesar do silêncio, também consegue dar palpites sobre o governo de Dilma Rousseff, especialmente nesta quadra tão conturbada da história do Brasil, o país onde nunca antes.
Atrapalhada com as vaias, com a pressão dos aliados políticos, com a evidente perda de popularidade, a presidente está emaranhada e atira para todos os lados, sinalizando estar meio perdida quanto ao que fazer.
Aí entra Lula, talvez de olho no lugar de Dilma em 2014. Evidentemente ele não assume ser candidato, mas há setores do PT que sonham com isso. É uma luta também silenciosa, pois é como um jogo de gato e rato, como jogar xadrez com o próprio demônio.
Lula viajou, foi espalhar bondades e recolher dólares na África, uma de suas diversões preferidas. E enquanto viaja os boatos de que ele disse isso e aquilo começam a aparecer na imprensa brasileira. Lula consegue o milagre de fazer aparecer na imprensa declarações que não foram dadas a jornalista. Há tempos já ele não fala diretamente com a Imprensa. Isso prova que existe uma máqu9na bem azeitada para o ex-presidente fazer vazar o que lhe interessa, sem o risco de presença de repórteres perguntadores e perguntas perigosas, ou desagradáveis.
MANEJANDO A IMPRENSA À DISTÂNCIA
Desse modo, manejando a imprensa à distância, Lula só fala sobre o que quer, nunca sobre o que não quer, ou não pode. Isto é, manda recados sobre tudo aquilo que lhe convém.
Assim, depois que as grandes manifestações de rua que todos temos testemunhado, e que assustaram o mundo e abalaram Brasília, começaram, o mutismo crônico de Lula recruscedeu. Ora, se há insatisfação da população seria apenas com o governo de Dilma Rousseff? Ela está na metade do terceiro mandato, herdou o país e a máquina administrativa de Lula, que governou por oito anos!
Lula passou o tempo todo sendo ingrato para com FHC, dizendo haver recebido uma herança maldita, o que não é verdade de forma alguma. Fez o que quis e como quis, inclusive elegendo o poste Dilma Rousseff. Dilma, apesar de todos os problemas recebidos de seu chefe, jamais saiu criticando herança maldita. E bota maldita nisso.
FHC deixou o governo com 24
ministérios, Lula governou oito anos e passou a máquina pública para Dilma com
37 ministérios (isso tudo para acomodar os partidos da base aliada, ávidos por
espaços de manobra para obtenção de poder e orçamentos polpudos), e esta já
criou mais dois ministérios. O país gasta mais do que pode.
Com a crise da economia mundial; a crise da indústria nacional que exporta menos do que deveria; com o aumento das importações, o que desequilibra a balança comercial, com o valor do real frente ao dólar; com despesas públicas crescentes; com o endividamento elevado da população, e com a temida volta da inflação, a imagem do governo foi abalada fortemente, levando o povo às ruas, o que enfraquece ainda mais Dilma Rousseff para a disputa de 2014.
Aí ressurge Lula, o silencioso.
Apesar do ex-presidente não dar entrevista à imprensa há algum tempo, por meio de seus sistema de difusão as opiniões de Lula sempre chegam a colunas de política. Logo após os primeiros protestos e a surpresa do governo, seus assessores vazaram que ele teria considerado a reação do governo uma “barbeiragem”. Depois, quando Dilma comentou os cortes que serão feitos por Geraldo Alckmin para compensar a queda das tarifas de transporte, afirmando que não faria demagogia cortando despesas do governo, Lula mandou dizer que ela deveria cortar alguns ministérios, talvez reduzi-los para uns 30, apenas.
Então, para Lula, antes o país teria ministérios de menos, e agora os tem demais? É um pândego, ele mesmo criou 13 ministérios para acomodar a corriola partidária amiga!
Com um amigo assim, quem precisa de inimigos?
Claro que ele desmentiu o que teria dito. Mas o estrago já não está feito?
Esse é Lula.
Gutenberg J.
Com a crise da economia mundial; a crise da indústria nacional que exporta menos do que deveria; com o aumento das importações, o que desequilibra a balança comercial, com o valor do real frente ao dólar; com despesas públicas crescentes; com o endividamento elevado da população, e com a temida volta da inflação, a imagem do governo foi abalada fortemente, levando o povo às ruas, o que enfraquece ainda mais Dilma Rousseff para a disputa de 2014.
Aí ressurge Lula, o silencioso.
Apesar do ex-presidente não dar entrevista à imprensa há algum tempo, por meio de seus sistema de difusão as opiniões de Lula sempre chegam a colunas de política. Logo após os primeiros protestos e a surpresa do governo, seus assessores vazaram que ele teria considerado a reação do governo uma “barbeiragem”. Depois, quando Dilma comentou os cortes que serão feitos por Geraldo Alckmin para compensar a queda das tarifas de transporte, afirmando que não faria demagogia cortando despesas do governo, Lula mandou dizer que ela deveria cortar alguns ministérios, talvez reduzi-los para uns 30, apenas.
Então, para Lula, antes o país teria ministérios de menos, e agora os tem demais? É um pândego, ele mesmo criou 13 ministérios para acomodar a corriola partidária amiga!
Com um amigo assim, quem precisa de inimigos?
Claro que ele desmentiu o que teria dito. Mas o estrago já não está feito?
Esse é Lula.
Gutenberg J.
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