O vice-presidente Michel Temer e o ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, anunciaram que o governo descartou a ideia da realização do
plebiscito sobre a reforma no sistema político brasileiro para este ano. O
governo ficou pressão dos próprios aliados no Congresso, fato que motivou o
adiamento. Veja Também
O objetivo é realizar uma consulta popular sobre a reforma
política no segundo turno da disputa eleitoral em 2014. Dessa forma, os
resultados serão válidos para as eleições de 2016.
O governo nega que a iniciativa seja um discurso político
para sair de forma honrosa após ter a proposta do plebiscito derrubada pela
própria base aliada. Temer, no entanto, admite que o plebiscito pode ser
inviabilizado caso o Congresso Nacional aprove uma reforma política antes da
consulta popular.
A proposta de realizar um plebiscito surgiu por sugestão da
presidente Dilma Rousseff em resposta às manifestações que aconteceram no país
recentemente. A proposta que o plebiscito discutiria mudanças no financiamento
de campanhas eleitorais e no sistema de votação, o fim dos suplentes no Senado,
do voto secreto no Congresso e das coligações partidárias para eleições de
parlamentares. Na verdade, o tal plebiscito interessaria muito mais o PT, uma
vez que o povo o foi às ruas pedindo outras coisas.
Congresso
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse
hoje (4) que é importante fortalecer a proposta de plebiscito para que o
instrumento ajude verdadeiramente na reforma política. Apesar disso, com a
defesa cada vez mais forte dentro do próprio partido dele, o PMDB, de que um
referendo seria uma alternativa melhor, Calheiros disse que tudo depende da
Câmara.
“Se ficar demonstrado que o plebiscito vai ter dificuldade
de andar na Câmara, é muito importante que se procure alternativas para fazer a
reforma, para entregar uma nova política ao povo brasileiro. E aí eu acho,
sempre achei e já disse isso pra ela, o apoio da presidenta é
decisivo, é fundamental, é convergir todos na mesma direção para que se mude a
política”, disse o presidente do Senado.
Diante do impasse entre os parlamentares Renan não descartou
que o referendo possa continuar ganhando força. “Talvez a alternativa seja
fazer uma reforma a toque de caixa e submeter [o texto] à população. Mas o
fundamental nestas circunstâncias é ouvir a sociedade”, disse.
Com informações da Agência Brasil
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