Obama,pronto para meter a pata na Síria |
Os países árabes islâmicos, e os islâmicos não árabes, nunca viveram algo parecido com o regime democrático. Assim, desde que começou a chamada "Primavera Árabe" com os tumultos na Tunísia e no Egito se espalhando depois pelo norte da África e parte do Oriente Médio, apesar de toda a euforia da imprensa ocidental, e do entusiasmo com a Revolução do Facebook, jamais me iludi.
Sempre disse, e escrevi aqui diversas vezes, que seria o pesadelo árabe, ou islâmico.
As minhas leituras de Arnold Toynbee, ainda nos anos 70, criaram em mim a convicção de que vivemos em mundos muito diferentes, sendo os islâmicos avessos ao nosso modelo de vida e à democracia.
Não entendi quando, no Brasil, em visita a Dilma Rousseff,Barack Obama ordenou, passando por cima do Congresso Americano, os ataques à Líbia. Aquele país era governado por um monstro, um ditador cruel e repressivo, mas a guerra civil era um problema interno. Ao interferir pelo lado dos rebeldes, Obama não só colaborou para o desmonte da Líbia, como deu força a muitos grupos de islâmicos radicais que queriam tomar o país de Muamar KAdafi, mas eram também, e são, inimigos mortais da América.
Onde está a lógica de Obama de armar seus inimigos reais?
Não satisfeito, Obama quer, agora, meter suas patas na Síria, com a desculpa de que Assad usou armas biológicas. Como ele sabe se não foram os rebeldes para, exatamente, apressar o ataque americano que só os ajudará? Os radicais islâmicos fazem e pensam como a esquerda: "os fins justificam os meios". Não ficaria admirado se, após ataques americanos e a derrubada de Assad, ficasse provado que foram os radicais a usarem armas químicas.
Mais uma vez pergunto, por que Obama parece, sempre, tão interessado em ajudar seus inimigos?
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