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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CRIME NA UNICAMP: A MORTE DE DÊNIS PAPA CASAGRANDE POR UM BANDO DE SUJOS, FEIOS, MALVADOS E COVARDES. Quase uma semana depois, se dissipa a nuvem de mentiras e começa a aparecer a verdade sobre o que aconteceu na Praça do Ciclo Básico na madrugada do sábado, dia 21. Bando de agressores pode ser indiciado.



ANDERSON MAMEDE (R7 - FACEBOOK)

Dênis Casagrande, 21 anos, estudante de engenharia, toma uma forte pancada na cabeça e cai no chão atordoado. A pancada foi desferida por um sujeito alto e forte, identificado como Anderson Marcelino Ferreira Mamede, 20 anos, que utilizou um skate como arma. Muita gente viu o que aconteceu.
Logo após cair no chão, o estudante começou a ser chutado na cabeça e em outras partes do corpo. O local não é muito iluminado, e na festa promovida de forma clandestina na área da Unicamp estavam cerca de três mil pessoas. 

Dênis não conseguia defender-se, e ninguém foi inicialmente em sua ajuda. Ele ficou cercado por cinco ou seis punks de um grupo e foi agredido com violência, tomando socos e pontapés. Aí, segundo o relato de uma testemunha (dito à imprensa) alguns jovens foram ajudá-lo tentando colocá-lo de pé, mas ele estava muito abalado e machucado, com hematomas. Então, perceberam que ela estava ferido no peito e sangrando. Um ferimento mortal, do qual não conseguiu escapar.

NINGUÉM ASSUMIU A FACADA

Todos os relatos da imprensa ao longo desta semana, desde o fato, mostram que de início ninguém assumiu ter desferido a facada em Dênis. Quando ficou claro que Anderson Mamede, punk, havia batido com um skate em sua cabeça, derrubando-o, o agressor disse que foi porque o estudante havia olhado para a sua namorada, Maria Teresa Alexandrino Peregrino.

Após o tumulto, Anderson dizia que apenas havia batido com o skate em Dênis e chutado o estudante, mas que não sabia quem havia usado a faca contra Dênis. Mamede chegou a mostrar um ferimento na perna, dizendo ser também de uma facada, tentando passar a imagem de vítima.

MARIA TERESA (R7 - FACEBOOK

Mais tarde, surge na história uma versão de Maria Teresa de que havia sido seguida por Dênis que a havia tentado agarrar, quando ela contou para Mamede, que iniciou a briga. Mas no início Teresa disse que não sabia de faca e que o casal e uns amigos, punks, haviam à Unicamp apenas para se divertir.

Dênis foi levado, depois de uma certa demora a um hospital, onde não resistiu ao feriment
o e morreu. A polícia levou diversas pessoas à delegacia e começou a ouvir as histórias e a montar o quebra-cabeças. 

Na noite de segunda-feira já foi possível ao delegado sair em diligência com Maria Teresa e localizar a faca utilizada no crime, enterrada junto a um ponto de ônibus próximo do local da briga.

LEGÍTIMA DEFESA

Curiosamente, após muitos depoimentos e a localização da faca, os punks começaram a mudar a versão da história, ficando evidente que a verdade havia sido ocultada. Mamede, embora dizendo não haver desferido a facada, disse que foi Maria Teresa que esfaqueou Dênis, em legítima defesa, porque ele a havia agarrado.

No mínimo isso é bem estranho, uma vez que pelo que parece, Dênis foi esfaqueado após haver tomado o golpe com o skate e ser agredido brutalmente pelos punks. Aí levantou-se com a ajuda de jovens que notaram o ferimento em seu peito.  Algumas pessoas relataram à imprensa que quando Teresa foi levada à delegacia, após a briga, suas roupas não apresentavam manchas de sangue, e nem ela mesmo tinha hematomas ou sinais de haver lutado.

Em compensação, outros envolvidos na agressão a Dênis tinham a roupa suja, algumas marcas de sangue e hematomas. 

O delegado apura o caso, ainda não solicitou a prisão de ninguém, talvez queira verificar melhor a versão de que Teresa é que teria esfaqueado Dênis, ao ser agarrada, numa tentativa de caracterizar legítima defesa. 
Na minha santa ingenuidade, se foi mesmo Maria Teresa que esfaqueou o estudante, me pergunto porque uma garota de 20 anos sai de casa com uma faca de cozinha para simples diversão no sábado à noite.

Se foi ela ou não, cabe à polícia investigar. O estranho é que a imprensa relatou que antes de ela assumir houve uma tentativa de incriminar um menor de idade, de 17 anos, cuja mãe conseguiu mostrar que talvez fosse, apenas, uma tentativa covarde de jogar a culpa sobre um menor, para que os verdadeiros culpados escapassem de punição. 

Ocorre que o caso é mais complexo do que parece. Dênis morreu devido à gravidade da facada, mas antes disso foi bastante agredido. Testemunhas disseram à imprensa que Mamede era agressivo como um pit-bull.
De meu ponto de vista, será muito difícil que o delegado não indicie diversos dos agressores, por algo como formação de quadrilha e outros crimes.   

PUNKS CURTEM IMAGEM DE AGRESSIVOS NO FACEBOOK

O site R7 conseguiu salvar e publicar cópias de páginas do Facebook (que agora, sintomaticamente, já foram tiradas do ar) com fotos de Mamede e Teresa em poses agressivas e dialogando com outros do mesmo grupo sobre a vantagem, ou importância de ser durão ou agressivo. Teresa comenta que quem não gosta de desafios, ou algo assim, deveria ser pastor de Igreja.

EXPLOSIVOS (R7 - FACEBOOK)

Pois é, logo em seguida ao fato ninguém sabia de nada, estariam na Unicamp só atrás de diversão; depois a faca apareceu e o autor da facada teria sido Teresa, em legítima defesa; depois as páginas agressivas foram retiradas do Facebook. 

Uma coisa é curtir a imagem de feios, sujos e malvados, numa simulação de maldade e agressividade, para impressionar idiotas. Outra coisa é a realidade, a cor vermelha do sangue, a dor, a morte.
Aí é que podemos medir a coragem ou a covardia de valentões como os que são suspeitos de terem matado Dênis Papa Casagrande.

Muito valentes no mundo virtual, mas na vida real usaram uma cortina de fumaça para despistar a polícia, além de esconderem a faca.

Todos os cidadãos de bem, que não andam com facas para irem a festas, esperamos que o delegado Rui Pegolo tenha completo êxito na sua tarefa e indicie todos os envolvidos. Dênis começou a morrer desde o primeiro golpe desferido contra ele. 

NOTA DA UNICAMP

Depois de tudo acontecido, do caldo entornado, como diria a minha avó, a Unicamp sai com uma nota burocrática: “a festa não era autorizada”. Pensemos a respeito: se tivesse sido autorizada Dênis não teria morrido? 

Outra questão, sempre há festas no campus, apesar da proibição. Os dirigentes nunca souberam disso? Ou imaginam que dizer que se houve invasão isso lhes diminuiria a responsabilidade?  Não há guardas tomando conta do campus?

A Unicamp informou, por meio de nota enviada à imprensa, que a festa no campus não foi autorizada. Segundo a universidade, em 2009 o Conselho Universitário aprovou deliberação determinando que a realização de festas no campus está sujeita a autorização prévia. “O texto também deixa explicito que o descumprimento das normas sujeitará os responsáveis à aplicação de penalidades disciplinares, nos termos dos Estatutos e do Regimento Geral da Unicamp”. Teria sido essa a única festa no campus desde 2009?

A Unicamp afirmou que irá tomar providências administrativas para apurar as circunstâncias do ocorrido e identificar os responsáveis pela festa realizada sem autorização da instituição bem como a participação de pessoas estranhas à comunidade acadêmica.

“A Unicamp lamenta profundamente a perda do estudante Denis Papa Casagrande, aluno do curso de Engenharia e Controle de Automação, da Faculdade de Engenharia Mecânica, e se solidariza com sua família”, diz ainda a nota.

Sobre a rádio clandestina que opera na Unicamp e teria promovido a festa, a Unicamp afirma que não apoia e nem tem participação alguma na rádio. "A Unicamp acompanha o andamento das providências tomadas pelo Ministério Público Federal, que instaurou Inquérito Civil Público para apurar as responsabilidades pela rádio e adotar as medidas cabíveis", diz nota enviada à imprensa.


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