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quinta-feira, 31 de março de 2011

DILMA E OS DESAPARECIDOS DO TEMPO DA DITADURA. Ou: o Jornalismo já aposentou a pauta?


Nos meus tempos de foca (aprendiz de Jornalismo), aprendi que preparar uma pauta era levantar "tudo", diziam os chefes aterrorizadores, sobre um assunto, antes de sair a campo para fazer uma reportagem.
Fazer uma entrevista exigia, segundo os mesmos chefes aterrorizadores, um bom preparo das questões, ou, ao menos, um bom conhecimento do tema e, até, sobre o entrevistado. isto é, nem tudo no jornalismo pode ser feito de súbito, de pronto, de modo reativo, embora essa agilidade seja intrínseca à atividade, posto que não é uma ciência exata. 
Até, daí é que surgem os erros e as falhas, às vezes banais, às vezes graves, mas tudo visto, como dizem os politicamente corretos da atualidade, pelo sisudo ângulo da Ética (de certa forma, o outro nome de censura hoje em dia, visto que ético parece ser apenas aquilo que está bem conforme a ótica da esquerda científico-modernosa).
Mas isto não é um tratado sobre Jornalismo, apenas um breve alerta a respeito de uma entrevista comentada pelo jornalista Reinaldo Azevedo, a entrevista do jornalista português Sousa Tavares com a presidente Dilma Rousseff.
Arguto, como sempre, Azevedo dá lições de Jornalismo diárias. Seus posts sobre as derrapagens, omissões, manipulações, mas-intenções, desinformação, deslumbramento, adesismo, oficialismo, dariam um livro muito útil aos iniciantes. Já nem penso nos burros velhos, pois burros velhos são. Aprenderiam algo?  
Tanto o jornalista (aliás um profissional com larga experiência, sem dúvida) como a presidente, parecem cumprir uma tabela. Teria faltado tempo, vontade, mais curiosidade? Foi isso que me fez pensar nos velhos chefes aterrorizadores e a mania de preparar bem uma pauta. 
Leiam com atenção:
31/03/2011
 às 5:29

Dilma e o jornalista português fazem competição de desinformação. Quantos são os desaparecidos? Milhões? Milhares? Centenas? Eu conto!


..."Sousa Tavares fez a essa presidente, com esse presente e com esse passado, a seguinte pergunta:
Sousa Tavares - O que [a senhora] vai fazer, se é que vai fazer alguma coisa, com relação aos arquivos desse tempo [da ditadura], que estarão guardados aqui a apodrecer em Brasília. Os arquivos onde se julga poder encontrar o destino, o que aconteceu aos 500 brasileiros, mortos sem sepultura, cujas famílias não sabem quando é que morreram, onde, onde é que estão?
Dilma - A Comissão da Verdade, que é a proposta que nós mandamos ao Congresso, ela tem por objetivo resgatar uma coisa que é algo fundamental, qual seja: o direito sagrado de as pessoas enterrarem seus mortos. Enterrar não é um ato físico apenas. Muitas vezes, enterrar é um gesto simbólico, psicológico, moral e ético. Então essas milhões… Milhões não é… centenas de pessoas e algumas milhares que tiveram seus filhos mortos, elas têm todo o direito de enterrá-los, dessa cerimônia. E o estado deve a elas uma explicação”.
Agora eu (Reinaldo)Muito bem, muito bem, leitor! Comecemos pelo essencial: os dois estão mal informados, tanto quem pergunta como quem responde. Dilma, vê-se, não tem idéia de quantos são os desaparecidos, embora essa história esteja mais perto dela do que de qualquer um de nós. Milhões? Não! Milhões é coisa de grandes psicopatas, assassinos em massa, a maioria de esquerda: Hitler, Stálin, Mao Tse-Tung, Pol Pot… Milhares? Aí já é coisa de alguns gorilas latino-americanos: há os gorilas mais modestos, como Pinochet, que matou três mil. Há os mais robustos, como os ditadores argentinos: 30 mil. E há os gorilaços, como os irmãos Castro: 100 mil.
Sousa Tavares deve uma correção aos telespectadores portugueses, e Dilma Rousseff deu curso a uma mentira histórica. É bem provável que a maioria que me lê agora não saiba, embora eu já tenha publicado essa informação aqui, quantos são os chamados desaparecidos da ditadura militar brasileira. Nem milhões, nem milhares nem centenas: são 133. Não deveria ter havido um único, é claro!, mas as esquerdas brasileiras investem na imprecisão como estratégia de heroicização do próprio passado e de demonização do adversário.
Saiba Sousa Tavares que os “mortos da ditadura” no Brasil, incluindo aqueles que pereceram de arma na mão, são 424 — e aí se contam 4 justiçamentos, isto é, pessoas assassinadas pelos próprios “tribunais revolucionários” das esquerdas porque supostos traidores. Os dados não são meus, não! Estão no livro “Dos Filhos Deste Solo”, escrito pelo petista Nilmário Miranda. Que se encontrem esses 133 corpos. Não estou me opondo, não! Mas que não se dê curso a uma fantasia. Aliás, num raciocínio puramente comparativo, os esquerdistas conseguiram ser mais letais do que as chamadas forças de repressão, indício de que, se tivessem chegado ao poder, teriam seguido seus ancestrais históricos: juntos, os vários movimentos mataram 119 pessoas. Não há uma só família que receba indenização. Espero que a verdade dos fatos não seja considerada “reacionária”.


Leiam o texto integral no blog do Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/aqui-a-integra-da-entrevista-a-souza-tavares/

Um comentário:

  1. Ainda me recordo de quando os comunistas transformavam o Brasil num verdadeiro pandemônio, com comícios pregando o regime comunista abertamente. Então surgiram os políticos, os estudantes e povo mais esclarecido, para pedir às Forças Armadas para salvar o Brasil. E os inocentes militares desceram até os políticos e, junto com eles, formaram a ARENA e o MDB. Depois, quando os Militares acharam ou pensaram que era hora de entregar o país para a democrácio, surgiram os pula-pula a dividir a arena e eleger um outro Presidente, que por infelicidade nossa morreu, caindo o Brasil nos braços do maior corrupto e incompetente presidente. Alguns se passaram na alternância de corruptos e incompetentes, até que Itamar assumui, nomeou Fernando Henrique para o Ministério da Fazenda. Crou-se o plano real e os esquerdistas gritaram em unisson: não vai dar certo; é igual ao plano de Sarney e de Color. Deu tudo certo, o país estabilizou-se. Mas os comunistas não estavam mortos. Fizeram tudo para dividir os dois partidos de centro e colocaram um analfabeto, porem malandro, na cadeira de Presidente. Como sempre, os pula-pula
    entraram no mensalão, deitaram, não, ainda deitam e rolam em cima da ignorância do povo que se deixa comprar pela "bolsa da bandidagem"
    enquanto o país transformou-se no maior centro da corrupção mundial. Agora temos uma guerrilheira querendo se vingar dos militares que tiveram um grande defeito: eram honestos, tanto que todos, todos ex-presidentes militares
    morreram pobres.
    Lutei na 2ª guerra mundial etinha orgulho de ser brasileiro. Hoje tenho vergonha de dizer que sou brasileiro. E se disser que é honesto...

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