A imprensa brasileira repercutiu, hoje, com estridência, a fofoca vazada pelo Wikileaks a respeito de revelações feitas por políticos do PSDB, a diplomatas americanos, em 2006. O secretário de Cultura de São Paulo, Andrea Matarazzo e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teriam dito que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pertencia à Opus Dei, uma prelazia bastante conservadora do mundo católico.
Os políticos também teriam dito que não se envolveriam com empenho na campanha dele à Presidência da República por ser um sujeito "caipira" e sem visão nacional.
Procurado pela imprensa, Alckmin disse: “Pelo jeito, os brasileiros nos Estados Unidos não deram muita bola, porque eu ganhei a eleição nos Estados Unidos. Aliás eu ganhei na maioria dos países da América Latina”, brincou.
Para Geraldo Alckimn, o assunto já foi superado: “Vamos olhar para a frente. Pé na estrada e servir o povo.”
COMENTO
Curioso o peso que se atribui a qualquer coisa que vaze do Wikileaks. Esse site não passa
de praticante de um tipo de terrorismo da era da Internet. Qual a relevância do fato de Geraldo Alckmin ser ligado à Opus Dei, se o for mesmo? É uma organização conservadora?
É proibido, feio, criminoso, antiético, imoral ser conservador ou religioso? Só os ateus e não conservadores merecem crédito? Mas um conservador religioso não defende que a mãe mate seu filho, por exemplo, como o fazem os abortistas progressistas. E nem por isso deixam de ocupar espaço na Imprensa, o tempo todo.
É preciso ser multiculturalista, relativista e de esquerda, para cair nas graças da Imprensa? De fato, é o que parece, tal a quantidade de matérias publicadas com tais inclinações. Dizer que Alckmin é "caipira" e sugerir que isso pudesse ser um empecilho político para alguém, no Brasil, seria como dizer que um nortista, por ser de dada região, não poderia pleitear a Presidência da República. Lula está aí para desmentir.
Ou então, pior, ainda, FHC e Matarazzo acreditam mesmo que quem nasça no interior do Estado de São Paulo seja algum tipo como o Jeca Tatú de Monteiro Lobato? Para mim, os dois falaram bobagens e, agora, a oposição amplifica isso, com a ajuda de jornalistas militantes, para atacar Alckmin. O que está em curso é uma tentativa constante de desgastá-lo para tomar o poder em São Paulo, na próxima eleição, tirando-o do PSDB.
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