Pesquisando sobre a questão da violência no Rio de Janeiro encontrei, no blog Notas e Destaques informações preciosas sobre os bunkers e feiras de armas realizadas no local.
A imprensa publica, hoje, a descoberta de 300 quilos de maconha e armas enterradas em um bunker, como se fosse algo absolutamente incomum.
É preciso destacar, a favor daquele blog, que a nota era de 12 de julho deste ano!
Incomum era o fato de a polícia não conseguir entrar naquele local há uns dois anos.
Trecho do texto do Notas e Destaques:
"Traficantes costumam realizar uma feira atacadista no largo do Coqueiro, na parte alta do complexo de favelas do Complexo Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo informações, no Complexo do Alemão, os criminosos estariam se esconde em esconderijos subterrâneos, conhecidos como bunkers. Esses bunkers, segundo um agente da DCOD (Delegacia de Combate às Drogas), são considerados “área vip” na favela e só são frequentados pelos chefões da organização criminosa, entre eles, Marcelinho Niterói, homem de confiança de Beira-Mar, traficante preso na penitenciária de Campo Grande (MS).
Os traficantes, segundo policiais, construíram até túneis que ligam os seus principais esconderijos. Um agente da DRAE (Delegacia de Repressão à Armas e Explosivos) estima que, em todo o complexo, os traficantes tenham cerca de 400 armas pesadas, entre fuzis e metralhadoras antiaéreas. Considerado base da maior facção do tráfico no Rio, o Comando Vermelho, o complexo do Alemão não recebe uma grande operação policial desde setembro de 2008, quando a favela foi ocupada para a procura do então chefe do local, o traficante Tota, que teria sido morto por antigos aliados.
A feira do Alemão, segundo policiais, costuma começar às 14h e só acabam por volta das 3h ou 4h. Em cada barraca, ficam até dez seguranças armados com fuzis. Para que o matuto possa participar, ele mantém contato com um emissário que comunica sua chegada ao chefe da favela. Cabe a ele, decidir recebê-lo ou não. Entre os traficantes que possuem tendas no local, estão os chefes das comunidades do Jacarezinho, Mangueira e Mandela, na zona norte, e da Vila Kennedy, na zona oeste. O pagamento pelas armas e drogas, é feito no ato e sempre em dinheiro. E os criminosos testam as armas na hora para saber se funcionam, dando tiros para o alto.
Os matutos levam cargas de drogas de 3 kg até 20 kg nas malas dos próprios carros, diferentemente dos grandes fornecedores, cujos entorpecentes chegam em caminhões.
O largo do Coqueiro é o “quartel-general” do complexo do Alemão..."
Uma vez que um autor de blog pode chegar a essas informações, ou as informações podem chegar até ele, tanto faz, as mesmas também poderiam haver chegado às autoridades. O que houve com o Rio de Janeiro?
Agora, após a lenga-lenga das UPPs, e a estranha rebelião dos criminosos, que resultou na ocupação das favelas, todo mundo parece que descobriu o que acontecia.
Tudo não passava de outro segredo de Polichinelo.