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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ 2011 !


Desejo a todos um excelente Ano Novo. Agradeço aos que tiveram a paciência de ler este blog e, especialmente, aos que comentaram. A vida continua.
Que a Oposição tenha mais vontade de fazer o real jogo democrático, isto é, opor-se de verdade.
E que a Imprensa resolva fazer Jornalismo, parando de desempenhar o papel de assessoria de imprensa e porta-voz oficioso. Gutenberg. J,
01.01.2011



Espero que os jornalistas sejam militantes do Jornalismo, e que que os militantes ideológicos, partidários e outros quetais vão trabalhar nos jornais partidários.

Ao menos sejam honestos com os leitores e honrem o Código de Ética do jornalismo.

QUAL A FINALIDADE DOS GOVERNOS? Ou, por que devemos agradecer a Lula?

Segue um trecho do post "Por um dia", do blog de Reinaldo Azevedo (31/12/2010).

Leiam e reflitam um pouco sobre os tais oito últimos anos.

"...É claro que o Brasil teve alguns avanços. Lula estava lá para isto mesmo:  tentar melhorar o que não ia bem. É essa a função dos governos, ou não precisaríamos deles. Afinal, se o objetivo não fosse aumentar o bem-estar coletivo e garantir o pleno exercício das liberdades públicas e individuais, serviriam para quê? Só para tungar a carteira dos contribuintes? Nem Lula nem governante nenhum têm o direito de nos cobrar por aquilo que nós lhes demos. Eles não nos dão nada! Para ser mais exato, tiram. Aceitamos, como uma das regras do jogo, conceder-lhes algumas licenças em nome da ordem necessária para viver em sociedade. Só isso!

Lula se vai. Não há nada de especial nisso. Na manhã seguinte, como diria o poeta, os galos continuarão a tecer as manhãs - consta que eles só pararam de cantar quando morreu Papa Doc, o ditador do Haiti. Não creio que devotem o mesmo silêncio reverencial a Papa Lula! O petista terá cumprido oito anos de um governo que fez pouco caso das leis, das instituições e do decoro, e tal ação deletéria nada teve a ver com suas eventuais qualidades. A virtude não deriva do vício;  o bem não descende do mal.

A democracia, que garante amanhã a posse de Dilma Rousseff, teve no PT - e particularmente em Lula - um adversário importante em momentos cruciais da história do Brasil. Esse é o partido que não participou do colégio eleitoral que pôs fim ao regime militar; que se negou a homologar a Constituição de 1988; que se recusou a dar sustentação ao governo de Itamar Franco; que sabotou - e cabe a palavra -  todas as tentativas de reformar o país empreendidas por FHC e que, agora, se esforça para censurar a imprensa."...
  
O destque em negrito são do blog. 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

MAIS UMA VEZ, O TEATRINHO DE CHÁVEZ CONTRA OS EUA.



Citgo é subsidiária da PDVAmerica, da PDVSA venezuelana

Hugo Chávez, o ditador da Venezuela, disse que Larry Palmer, que seria embaixador americano em Caracas,  ofendeu as forças armadas venezuelanas ao dizer, em audiência no Senado dos EUA, que na Venezuela há guerrilheiros colombianos e que os militares são influenciados por Cuba.
Em represália, os Estados Unidos revogaram o visto do embaixador da Venezuela em Washington, Bernardo Álvarez.
Chávez é mesmo um pândego. Todo mundo sabe dos laços da Venezuela com Cuba, conforme o projeto bolivariano de uma América Latina Socialista, orientada pelo Foro de São Paulo.
A Venezuela despeja milhões de litros de combustível para a miserável Cuba e Cuba, como sempre, exporta mão de obra barata. Há milhares de assesssores cubanos na Venezuela, na área da Saúde, Militar e Política.
As relações de Chávez com as FARC também são de longa data.
Os protestos do ditador venezuelano são apenas um teatrinho para destacar o que ele e Lula gostam de fazer, parecer que ameaçam o inimigo comum: os Estados Unidos.
Mas Chávez continua vendendo petróleo aos americanos e nem cogita em fechar os quase dez mil postos de gasolina da estatal venezuelana em solo americano, além de sete refinarias. É uma mina de ouro.
Chávez tem apoiado os narcoterroristas com discursos, armas, dinheiro e, também, território. Isso ficou claro após o exército colombiano ter detonado acampamentos dos bandidos e capturado dezenas de computadores dos chefes traficantes. Uma boa distração e fonte de informações é o livro lançado em maio de 2010, Palestino, do jornalista espanhol Antonio Salas, que mostra, muito mais do que Chávez gostaria, as relações da Venezuela com diversos grupos terroristas, inclusive islâmicos. 

Chavito e y sus amiguitos pseudo-socialistas não enganam mais ninguém.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

QUANDO O REI IRÁ PARA SANTA HELENA? Ou: Lula deixará um dia as manchetes?

Museu Nacional do Palácio de Bois-Preau.
Que eu me lembre, e tenho idade suficiente para isso, nem nos tempos da ditadura militar os jornais foram tão subservientes, como atualmente, com o Poder, especialmente o Executivo. Há inúmeros livros com coletâneas de reportagens publicadas em plena época da famosa censura.

Os jornalistas faziam jornalismo, apesar das dificuldades, pois queriam mostram serviço, como se pertencessem à oposição. Hoje, alguns jornalistas, mais que os veículos, continuam tentando fazer jornalismo, embora a atividade tenha sido invadida por assessores de imprensa e militantes, bem ou mal disfarçados, que tornaram os veículos quase extensões do governo ou de interesses empresariais.

Ler as manchetes e os títulos, em geral, é uma tormenta, ou uma piada, conforme o nosso humor, no momento. O jornalismo político transformou-se em um mero instrumento de pessoas ou grupos, partidos ou ideologias.  Pouco se faz em busca da verdade dos fatos, o que mais se lê  ou vê é o espalhamento de versões, como isso explicasse alguma coisa. O método jornalístico já quase não é praticado.

Quanto aos atos do Executivo, a situação chegou às raias da falta de vergonha jornalística,
a simples publicação dos quereres ou dos estados de humor do presidente. Nada se questiona, nada se pergunta, nada se critica. E o chefe do Executivo nunca parece satisfeito, quer mais, critica aos sabujos da Imprensa como se fossem seus críticos mais ferrenhos e ferozes.

Lula quer,
Lula manda,
Lula reclama,
Lula decide,
Lula protesta,
Lula critica,
Lula exige,
Lula cria,
Lula ordena,
Lula abre,
Lula fecha,
Lula ri,
Lula faz,
Lula desfaz,
Lula anuncia, 
Lula sobe,
Lula desce,
Lula entra, 
Lula sai,
Lula, Lula, Lula...

Não temos um presidente, temos um rei, um imperador.
Um estranho poderia imaginar que um monarca absoluto, tal a quantidade de verbos no imperativo, governa o Brasil. De certa forma essa é a verdade sobre a nossa cultura política, embora os nossos reis-presidentes sejam obrigados a apear do trono (muitos querendo agarrar-se por mais tempo...). Não aguento mais ler sobre as vontades do presidente. Hoje é dia 27 de dezembro, dentro de alguns dias tudo isso será, em parte, passado.

Então saberemos o grau de dominação da máquina jornalística. Esperemos para observar como serão feitas as manchetes e os títulos das matérias em 2011.

O rei irá um dia para Santa Helena?

PS. O curioso, ou irônico, ou trágico, ou vergonhoso,  nisso tudo, é que alguém que manda e desmanda desse modo, que parece governar o mundo, quando questionado sobre um escândalo,  nunca sabe de nada. 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

DER TOD UND DAS MÄDCHEN*. Ou, como transformar a visita de Dilma a Alencar em um espetáculo grotesco

Diversos veículos de comunicação divulgaram imagens da visita do presidente  Lula e da presidente eleita, Dilma Rousseff, ao vice-presidente José Alencar que, há anos luta contra um câncer cada vez mais agressivo.

 
Extremamente dispensável a fotografia de Dima beijando Alencar. Tal conforto, num leito de hospital, de onde, talvez, dadas as cirscunstâncias, o paciente tenha grande dificuldade de sair vivo, não precisaria ter sido documentado. Que o beijasse, mas a foto para o mundo era necessária? Poderão dizer os tolos: como é humana, como é solidária, como é amiga. Mas outros poderão pensar: que oportunismo, não se respeita mais nem a intimidade de uma visita dessa natureza?
Qual o sentido de divulgar uma imagem como essa? Atende a quais interesses?

Foto: Ricardo Stuckert. PR/divulgação

Der Tod und das Madchen. Franz Schubert
http://www.youtube.com/watch?v=sOyGMnXYk5U

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

NINGUÉM PRECISA DA LIBERDADE PARA DIZER SIM.

Sou grato a Dilma. Sua eleição me fez ter ainda mais clareza sobre o que eu penso e sobre o que ela pensa. (Reinaldo Azevedo)

A ESPIRAL DO SILÊNCIO E A SUPERIORIDADE DOS PIORES.

Este texto do filósofo Olavo de Carvalho foi publicado, originalmente, no site Mídia Sem Máscara com o título "A superioridade dos piores". Nada melhor que a leitura de suas análises para entender o que se passa no mundo atual, e no Brasil.

Olavo de Carvalho (22/12/2010)
Praticamente não há manobra política, tática ou estratégica, que não tenha surgido antes como artifício literário.
Já citei várias vezes a máxima de Hugo von Hofmannsthal, profundamente verdadeira, de que nada está na política de um país sem estar primeiro na sua literatura. Uma das decorrências dela é que, sem extenso conhecimento da história cultural e literária, o observador só capta, dos fatos políticos, a forma final ostensiva com que aparecem no noticiário do dia, sem nada enxergar das correntes profundas onde se formaram e onde poderiam, em tempo, ter sido modificados.
Praticamente não há manobra política, tática ou estratégica, que não tenha surgido antes como artifício literário. A razão disso é simples: ninguém pode fazer o que primeiro não imaginou, e explorar as possibilidades do imaginário social, tornando-as pensáveis na linguagem comum, é a função precípua dos artistas da palavra.
Na "direita" brasileira, a obsessão da economia, da administração e do marketing leva muitos pretensos "homens práticos" aos erros mais pueris e desastrosos, que poderiam ter sido evitados com um pouco de cultura literária.
Vou dar-lhes um exemplo chocante. Quando hoje em dia vocês vêem terroristas dando lições de moral, narcotraficantes e sequestradores passando pito em senadores e deputados, travestis vestidos de freiras forçando um padre a lhes dar a comunhão, ou o próprio presidente da República enaltecendo os bandidos das Farc como pessoas honestas, que têm todo o direito de ascender ao poder de Estado, vocês ficam naturalmente desorientados - e não sabem como reagir diante de condutas tão cínicas e descaradas, que vão se multiplicando aos olhos de todos, até o ponto de se impor como práticas normais e legítimas.
É um fenômeno que tende a expandir-se ilimitadamente e que só poderá ser detido à custa de uma trabalhosíssima e quase impossível reeducação de toda a sociedade. Mas poderia ter sido estrangulado na origem, se os liberais e conservadores, em lugar de ficar hipnotizados ante os acontecimentos mais vistosos, se dessem o trabalho de ver como essas coisas nascem e se desenvolvem numa discreta penumbra antes de aparecer estrepitosamente nas manchetes.
Essas e outras táticas abjetamente maliciosas, que já se tornaram parte do nosso cenário quotidiano, apareceram, como em geral todos os componentes do que viria a ser a técnica da "espiral do silêncio", no século 18; e, como não poderia deixar de ser, apareceram primeiro como um recurso de técnica literária.
Seu inventor foi Denis Diderot, um gênio perverso da propaganda revolucionária. Para criá-la, ele se apoiou na velha tradição dramatúrgica do "bobo da corte" - o personagem de baixo nível social que, justamente por sua aparência desprezível, desempenha o papel de fiscal da classe dominante, com a permissão e sob a proteção desta última, à qual serve como espelho amplificador onde ela enxerga seus defeitos e fraquezas.
Tanto na dramaturgia quanto, com frequência, na própria realidade histórica, o bobo da corte foi durante séculos uma peça essencial no aparato perceptivo dos governantes, que através dele podiam tomar consciência de seus pontos cegos, evitando embriagar-se em ilusões perigosas e assegurando um domínio mais firme sobre a realidade das situações.
Diderot descobriu que, com pequenas modificações, o bobo poderia tornar-se um instrumento voltado, não à orientação e correção da classe dominante, mas à sua destruição. Bastava, para isso, acrescentar à inferioridade social do personagem alguns traços de perversidade moral genuína, conservando-o, ao mesmo tempo, no seu papel de fiscal e crítico da moralidade do mundo.
No diálogo O Sobrinho de Rameau, (1761) Diderot criou a figura daquilo que viria depois a chamar-se, nos estudos literários, o "heroi abjeto" (leiam o estudo magistral de Michael André Bernstein, Bitter Carnival: Ressentiment And The Abject Hero, Princeton University Press, 1992). É um tipo declaradamente inferior, não só do ponto de vista social como o velho bobo da corte, mas humano e moral. É um vigarista, um criminoso cínico, um sociopata na mais legítima acepção do termo - mas, por isso mesmo, está na posição perfeita para enxergar a sociedade inteira como um tecido de crimes, projetando nela a sua própria torpeza de alma e interpretando tudo pela ótica corrosiva de um discurso de acusação verdadeiramente infernal.
O exemplo frutificou, mas não somente na literatura. Alastrou-se pela retórica política e se tornou um lugar-comum da propaganda revolucionária. Cinco anos após a morte de Diderot, seu personagem já havia se multiplicado em milhares de criminosos de verdade, grandes e pequenos, que, exaltados pela Revolução, subiam aos púlpitos e às cátedras para verberar, do alto da sua incontestada autoridade moral, os pecados da sociedade.
Quando uma idéia literária se consagra como um topos, um lugar comum da retórica política, já é impossível impedir que as pessoas enxerguem a realidade sob a sua ótica deformante. Os fatos, por mais numerosos e evidentes, já nada podem. Digam eles o que disserem, o automatismo do imaginário os reconstruirá à sua maneira, dando-lhes, de novo e de novo, o sentido fictício que se consagrou no topos.
Fora da França, a transmutação do "heroi abjeto" em arma de combate político foi mais lenta, mas nem por isso menos irreversível. Primeiro veio a crença de que os criminosos são vítimas passivas da sociedade, e não autores dos seus próprios atos. Depois, a transfiguração das pretensas vítimas em símbolos dos valores morais genuínos, que a sociedade hipócrita usurpara. Por fim, o símbolo tornou-se realidade: criminosos, prostitutas e psicopatas já não somente "representavam" o melhor da sociedade, mas o carregavam em si como qualidade pessoal concreta.
Quando, desde os anos 50, o proletariado foi excluído da condição de protagonista maior da mutação revolucionária, e a Escola de Frankfurt consagrou em lugar dele os marginais de toda sorte, estava tudo pronto para que o cinismo dos piores se impusesse como encarnação da respeitabilidade máxima, acusando e humilhando a todos e jogando as pessoas de bem na lata de lixo da "espiral do silêncio".

A CENSURA À IMPRENSA ESTÁ A CAMINHO. Ou, o apoio ao Wikileaks é típico dos que não gostam da democracia.

Este artigo do professor Demétrio Magnoli, publicado originalmente em O Estado de S. Paulo (23/12/2010), deve ser lido com a máxima atenção, desde que você goste da liberdade de imprensa.
HERÓI SEM NENHUM CARÁTER
Lula jamais protestou contra o monopólio da imprensa pelo governo cubano e nunca deu um passo à frente para pedir pelo direito à expressão dos dissidentes no Irã. Ele sempre ofereceu respaldo aos arautos da ideia de cerceamento da liberdade de imprensa no Brasil. Mas é incondicional quando se trata de Julian Assange: "Vamos protestar contra aqueles que censuraram o WikiLeaks. Vamos fazer manifestação, porque liberdade de imprensa não tem meia cara, liberdade de imprensa é total e absoluta."
Assange é um estranho herói. No Brasil, o chefe do WikiLeaks converteu-se em ícone da turba de militantes fanáticos do "controle social da mídia" e de blogueiros chapa-branca, que operam como porta-vozes informais de Franklin Martins, o ministro da Verdade Oficial. Até mesmo os governos de Cuba e da Venezuela ensaiaram incensá-lo, antes de emergirem mensagens que os constrangem. Por que os inimigos da imprensa independente adotaram Assange como um dos seus?
A resposta tem duas partes. A primeira: o WikiLeaks não é imprensa - e, num sentido crucial, representa o avesso do jornalismo.
O WikiLeaks publica - ou ameaça publicar, o que dá no mesmo - tudo que cai nas suas mãos. Assange pretende atingir aquilo que julga serem "poderes malignos". No caso de tais alvos, selecionados segundo critérios ideológicos pessoais, não reconhece nenhum direito à confidencialidade. Cinco grandes jornais (The Guardian, El País, The New York Times, Le Monde e Der Spiegel) emprestaram suas etiquetas e sua credibilidade à mais recente série de vazamentos. Nesse episódio, que é diferente dos documentos sobre a guerra no Afeganistão, os cinco veículos rompem um princípio venerável do jornalismo.
A imprensa não publica tudo o que obtém. O jornalismo reconhece o direito à confidencialidade no intercâmbio normal de análises que circulam nas agências de Estado, nas instituições públicas e nas empresas.
A ruptura do princípio constitui exceção, regulada pelo critério do interesse público. Os "Papéis do Pentágono" só foram expostos, em 1971, porque evidenciavam que o governo americano ludibriava sistematicamente a opinião pública, ao fornecer informações falsas sobre o envolvimento militar na Indochina. A mentira, a violação da legalidade, a corrupção não estão cobertas pelo direito à confidencialidade.
Interesse público é um conceito irredutível à noção vulgar de curiosidade pública. Na imensa massa dos vazamentos mais recentes, não há novidades verdadeiras. De fato, não existem notícias - exceto, claro, o escândalo que é o próprio vazamento. A leitura de uma mensagem na qual um diplomata descreve traços do caráter de um estadista pode satisfazer a nossa curiosidade, mas não atende ao critério do interesse público. O jornalismo reconhece na confidencialidade um direito democrático - isto é, um interesse público. O WikiLeaks confunde o interesse público com a vontade de Assange porque não se enxerga como participante do jogo democrático. É apenas natural que tenha conquistado tantos admiradores entre os detratores da democracia.
Há, porém, algo mais que uma afinidade ideológica, de resto precária. A segunda parte da resposta: os inimigos da liberdade de imprensa torcem pelo esmagamento do WikiLeaks por uma ofensiva ilegal de Washington.
No Irã, na China ou em Cuba, um Assange sortudo passaria o resto de seus dias num cárcere. Nos EUA, não há leis que permitam condená-lo. As leis americanas sobre espionagem aplicam-se, talvez, ao soldado Bradley Manning, um técnico de informática, suposto agente original dos vazamentos. Não se aplicam ao veículo que decidiu publicá-los. A democracia é assim: na sua fragilidade aparente encontra-se a fonte de sua força.
O governo Obama estará traindo a democracia se sucumbir à tentação de perseguir Assange por meios ilegais. O WikiLeaks foi abandonado pelos parceiros que asseguravam suas operações na internet. Amazon, Visa, PayPal, Mastercard e American Express tomaram decisões empresariais legítimas ou cederam a pressões de Washington? A promotoria sueca solicita a extradição de Assange para responder a acusações de crimes sexuais. O sistema judiciário da Suécia age segundo as leis do país ou se rebaixa à condição de sucursal da vontade de Washington? Certo número de antiamericanos incorrigíveis asseguram que, nos dois casos, a segunda hipótese é verdadeira. Como de costume, eles não têm indícios materiais para sustentar a acusação. Se estiverem certos, um escândalo devastador, de largas implicações, deixará na sombra toda a coleção de insignificantes revelações do WikiLeaks.
A bandeira da liberdade nunca é desmoralizada pelos que a desprezam, mas apenas pelos que juraram respeitá-la. Assange não representa a liberdade de imprensa ou de expressão, mas unicamente uma heresia anárquica da pós-modernidade. Contudo, nenhuma democracia tem o direito de violar a lei para destruir tal heresia. A mesma ferramenta que hoje calaria uma figura sem princípios servirá, amanhã, para suprimir a liberdade de expor novos Guantánamos e Abu Ghraibs.
"Vamos fazer manifestação, porque liberdade de imprensa não tem meia cara, liberdade de imprensa é total e absoluta." Lula não teve essa ideia quando Hugo Chávez fechou a RCTV, nem quando os Castro negaram visto de viagem à blogueira Yoani Sánchez que lançaria seu livro no Brasil. Não a teve quando José Sarney usou suas conexões privilegiadas no Judiciário para intimidar Alcinéa Cavalcante, uma blogueira do Amapá, ou para obter uma ordem de censura contra O Estado de S. Paulo. Ele quase não disfarça o desejo de presenciar uma ofensiva ilegal dos EUA contra o WikiLeaks. Sob o seu ponto de vista, isso provaria que todos são iguais - e que os inimigos da liberdade de imprensa estão certos.
Alguém notou um sorriso furtivo, o tom de escárnio com que o presidente pronunciou as palavras "total e absoluta"?
SOCIÓLOGO E DOUTOR EM GEOGRAFIA HUMANA PELA USP. E-MAIL: DEMETRIO.MAGNOLI@TERRA.COM.BR

(grifos em vermelho são destaques deste blog)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

DIFÍCIL É GANHAR DO EGO DE LULA

De um leitor (Rafael) do blog do Reinaldo Azevedo:


"... É muito fácil fazer mais do que (Lula) fez, mas vai ser impossível fazer mais do que ele pensa que fez..."




    O ÚLTIMO DISCURSO DE LULA

    Usar a imaginação ainda é um direito que não nos foi confiscado nestes tempos em que o Camaleão de Guaranhuns faz ameaças contra a Imprensa e os meios de comunicação em geral.

    Se Papai Noel me perguntasse: __  O que quer ganhar de presente?

    Responderia no ato: __  Que Lula ficasse calado no último dia de seu mandato.

    P. Noel: __  E se isso fosse impossível?

    Que dissesse apenas: __ Fui

    (free use, public domain image)

    terça-feira, 21 de dezembro de 2010

    O INSTITUTO LULA VEM AÍ. O MUNDO QUE SE CUIDE.

    
    Cena do filme O Grande Ditador, de Charles Chaplin
     Como a técnica do noticiário é feita de um antes, um durante e um depois, seremos condenados a acompanhar, até abril de 2011, nos mínimos detalhes, a evolução da criação e implantação do Instituto Lula.

    O tal instituto, que não poderá, certamente, ser menor ou menos importante que o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, será o local de onde o ex-presidente (que bom escrever isto) Lula reinará sobre suas pretensões de influir sobre os destinos do Mundo. 

    Como suas ambições parecem não ter limites, visto que quase acabando o segundo mandato já se mete o tempo todo na organização do governo de sua sucessora, Lula deverá tentar controlar a mídia (os cordéis) para manter-se no noticiário. Sem dúvida leremos sobre fatos e factóides de sua administração universal. No mundo do imaginário, ao menos, o camaleão de Guaranhus fica cada vez mais parecido com o grande ditador, personagem de Chaplin, que brinca com um globo terrestre.

    O globo terrestre, aliás, seria uma ótima marca para o Instituto Lula.  

    WIKILEAKS, ZELAYA E O ITAMARATY. O que nossos diplomatas queriam dos americanos, afinal?

    
    A maior passeata de apoio a Michelleti reuniu 200 mil pessoas em Tegucigalpa*
    
    
    Os vazamentos do site Wikileaks a respeito da questão hondurenha, quando Manuel Zelaya apeou-se do poder por tentar dar um golpe na Constituição (artigo 239), mostram que o Itamaraty pretendeu usar a força dos Estados Unidos para dificultar as coisas para o então presidente Micheletti (que era o presidente do congresso hondurenho e assumiu o governo com a saída de Zelaya).
    Desde o início da crise Lula e Chávez protestaram contra o que chamaram de golpe e pediram a intervenção (talvez até militar) da OEA. Tentaram, a todo custo, estrangular Honduras, não importando o sofrimento de seu povo.
    Como Micheletti permaneceu no poder, apesar de toda a gritaria da esquerda pela mídia internacional e das pressões exercidas pelo bloco bolivariano liderado por Fidel, Lula e Chávez. De fato, Zelaya, que havia sido bem eleito, começara a mudar seus planos e a seguir o modelito de Hugo Chávez para permanecer indefinidamente no poder. Queria uma constituínte ilegal e prorrogar seu mandato, conforme orientação venezuelana.
    Não conseguiu, perdeu o posto de presidente e ficou refugiado na Costa Rica de onde preparou a volta  a Honduras. Para voltar invadiu a embaixada brasileira, e nossas autoridades dizem ter sido tomadas de surpresa, mas não o retiraram de lá, pois estava no coração de Tegucigalpa.
    Talvez contassem com uma rebelião popular, uma guerra civil, ou com invasão militar por tropas das OEA. Mas, nada havia de rebelião em Tegucigalpa. Percebendo as más intenções de Zelaya o povo foi em massa às ruas para apoiar Micheletti, que manteve a data das eleições e passou o governo ao eleito, Lobo. 
    Isso não ocorreu e Zelaya voltou para a Costa Rica onde ocupa uma mansão e de onde comanda a agitação em Honduras. Pela constituição hondurenha ninguém pode ocupar o cargo de presidente mais que uma vez.
    Espertamente, os nossos diplomatas pareciam demonstrar surpresa com a invasão da nossa embaixada e, ao mesmo tempo pressionaram os Estados Unidos a adotarem medidas duras contra o governo hondurenho, inclusive medidas de corte de ajuda humanitária e de remessa de dinheiro. Não houve qualquer esforço para retirar, de imediato, Zelaya da representação brasileira.
    Marco Aurélio Garcia, assessor de Lula, argumentou com o general James Jones, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca que Zelaya não era um revolucionário perigoso.
    O mais cômico das revelações é que o Wikileaks mostra que o Itamaraty dizia estar irritado com a suspeita de que Hugo Chávez estivesse por trás das ações de Zelaya. Santa malícia e cara de pau.
    Os bolivarianos todos estavam por trás das ações de Zelaya, não só Chávez, pois Honduras seria mais um país governado pela esquerda na América Latina, além de Cuba, Nicarágua, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Brasil, etc, etc...
    Não estavam só por trás, mas pela frente, pelos lados, por cima e por baixo.  Todos fazem parte do Foro de São Paulo, não há como ignorar as estrepolias de Manuel Zelaya. 
    * Foto de El Heraldo, um dos melhores jornais de Honduras.
    (Para ler mais sobre o Foro de São Paulo, pesquisar no site de Olavo de Carvalho e no site Mídia Sem Máscara)

    CHINA COMPRA SETE EMPRESAS DE ENERGIA NO BRASIL. O que Lula e Dilma acham disso?


    
    (dana.ucc.nan.edu)
     Por um bilhão de dólares a estatal chinesa Grid Corporation of China comprou sete
    empresas de energia elétrica no Brasil.Os compradores esperam uma receita de 110
    de dólares.Os chineses explorarão o setor por 30 anos e o prazo poderá ser prorrogado por 
     mais 20,  caso o Brasil concorde.O que Lula e Dilma acham da invasão
    chinesa?  Os nossos fabricantes, de diversas áreas, estão com imensos problemas frente à
    guerra cambial, à invasão dos produtos chineses, e ao fechamento de
     fábricas nacionais que transformam-se em meras importadoras de produtos acabados da
    China. Mas a birrinha do presidente é com os americanos que, aliás, sofrem os mesmos
    problemas que nós. 
    (informações agência Xinhua)                                                                                       

    ESTA É A VERDADEIRA UNICAMP

    (Extraído do blog Coturno Noturno, o primeiro a tratar do absurdo doutoramento de Aloizio Mercadante)

    Unicamp, que doutorou Mercadante, ocupa um sofrível 248o. lugar no ranking mundial da qualidade.

    O que uma coisa tem a ver com a outra? Muito. Uma universidade de um país que dá um doutorado em cima da perna para um político sem que ele tenha cumprido, na sua tese, os mínimos requisitos exigidos de uma pesquisa científica, só porque ele foi escolhido Ministro da Ciência e Tecnologia, não pode ocupar outro lugar que não seja este. Mostra um país corrupto até mesmo na produção de conhecimento. Mostra uma  academia apodrecida e venal, mais preocupada em sugar recursos públicos do que produzir resultados. E não foi por falta de dinheiro que a Unicamp não obteve uma colocação melhor no Times Higher Education, o THE da Times: recebeu R$ 248 milhões apenas para fazer pesquisa, contra R$ 300 milhões de Stanforfd, nos Estados Unidos, que ficou em sétimo lugar no conceituado ranking. 


    http://coturnonoturno.blogspot.com

    CHÁVEZ REALIZA, NA VENEZUELA, O SONHO DO NOSSO GOEBBELS

    
    Clique na imagem para ampliação      
    (O Estado de S Paulo, 21/12/2010)
                                                                                                         
    O ditador Hugo Chavez usou artifícios legais para solapar o regime democrático na Venezuela. Agora persegue adversários políticos, criou uma milícia fanática como a nazista ou comunista, persegue empresários, censura brutalmente a imprensa e ameaça os países vizinhos, além das acusações de que abriga e permite campos de treinamento de terroristas das Farc e do Oriente Médio.   

    LULA E CABRAL, SEMPRE ACABA MAL


    "...Lula acha que uma bunda muito agitada é sinal de pensamento inquieto e percuciência. A gente começa a entender melhor a composição do atual ministério e também do próximo.
    A festa estava, enfim, à altura do anfitrião, Sérgio Cabral, que fez as vezes de apresentador do evento. É aquele rapaz que pretende erradicar o crime do Brasil legalizando-o. Já defendeu a descriminação das drogas, do aborto e do jogo e considera hipócritas e insinceros os que não concordam com ele..."
    Do blog do Reinaldo Azevedo sobre a festa de Sérgio Cabral a Lula, no Rio de Janeiro.

    O CONGRESSO DA VENEZUELA É A CORDA COM A QUAL CHÁVEZ ENFORCA SEU PRÓPRIO POVO

    
    Chávez leva a Venezuela ao fundo do poço   *
     Agora não há mais o que discutir, a Venezuela é uma ditadura. Chávez tem plenos poderes para governar e alterar leis fundamentais que, em tese, garantiam a normalidade democrática naquele país.

    Chávez quer acelerar o que chama de revolução bolivariana, mas,  de fato, não passa de uma ditadura que pensam que é socialista (o que não faria grande diferença), mas é o plano de um coronel maluco populista de terceiro mundo.

    Induzido por Fidel Castro e apoiado por Lula e outros esquerdistas (ligados ao Foro de São Paulo), Chávez conseguiu, com base em muita demagogia, e por conta do petróleo, enrolar o povo e dominar o Congresso.  Agora o Congresso, dando-lhe plenos poderes, passa a ser a corda com qual o coronel ditador enforca o próprio povo.

    Acelerando as medidas radicais quer escapar da força da bancada oposicionista que cresceu nas últimas eleições. A Venezuela caminha em direção ao caos do desabastecimento e está muito perto de uma guerra civil.

    O Brasil, ao lado, está na fila para uma esperiência bolivariana.

    *foto Clarin

    segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

    LULA, Baron Münchhausen brasilianischen Politik. Ou, o Camaleão de Guaranhuns.

    Personagem fantástico e mitômano  *
    Lula é um fenômeno, não apenas um fenômeno na política, porque de fato é notável, mas um ser estranho e fascinante para uma série de estudos.

    Fala uma coisa e o seu contrário quase ao mesmo tempo, e nem muda de expressão.

    Fala coisas absolutamente distintas a públicos distintos, como se tivesse a certeza de que tudo cairá no poço do esquecimento ou estivesse convencido de que ninguém pode ter uma visão geral dos acontecimentos de uma época.

    Às vezes fala como se acreditasse mesmo no que diz, embora mais tarde se perceba que tudo não passou de uma jogada para o público, ou para a mídia basbaque.

    Delfim Netto, durante o doutoramento de Mercadante disse que Lula parece acreditar que faz o nível do mar subir, quando percebe que o navio atingiu um marco superior.

    Lula não seria Lula se tivesse nascido em outra época. Ele comprova as teses de McLuhan sobre a aldeia global, especialmente no caso brasileiro, e é uma grande homenagem ao famoso comunicador Chacrinha. Lula é filho da rapidez elétrica, do agora, da TV e da falta geral de memória.

    E remete ao fantástico personagem Barão de Münchhausen, aquele que saia do atoleiro, da neve, puxando os próprios cabelos. Às vezes lembra outro personagem famoso, o Pinnochio.

    Lula é o nosso Barão de Münchhausen. É o nosso Camaleão de Guaranhus.


    * imagem de  www://betweenthecovers.tumblr.com/
    (Munchhausen Syndrome - between the covers with dr. Joe:
    The syndrome derives its name from Baron Münchhausen (Karl Friedrich Hieronymus Freiherr von Münchhausen, 1720-1797) who purportedly told many fantastic and impossible adventures about himself, which Rudolf Raspe later published as The Surprising Adventures of Baron Münchhausen.
    In 1951, Richard Asher was the first to describe a pattern of self-harm, where individuals fabricated histories, signs, and symptoms of illness. Remembering Baron Münchhausen, Asher named this condition Münchausen’s Syndrome in his article in The Lancet in February 1951, quoted in his obituary in the British Medical Journal:
    “Here is described a common syndrome which most doctors have seen, but about which little has been written. Like the famous Baron von Munchausen, the persons affected have always travelled widely; and their stories, like those attributed to him, are both dramatic and untruthful. Accordingly the syndrome is respectfully dedicated to the Baron, and named after him.”—British Medical Journal, R.A.J. Asher, M.D., F.R.C.P.
    Originally, this term was used for all factitious disorders. Now, however, there is considered to be a wide range of factitious disorders, and the diagnosis of “Münchausen syndrome” is reserved for the most severe form, where the simulation of disease is the central activity of the affected person’s life.)

    A PROFUNDIDADE DA SOCIOLOGIA DE MANO BROWN E A CULTURA BANDIDA

    Num show em São Paulo, a R$200,00 por cabeça, o compositor Mano Brown resolveu filosofar sobre política e a fazer a sociologia do BOPE.

    Criticou o preconceito contra os nordestinos que ele diz existir em São Paulo e também criticou o BOPE (do Rio de Janeiro), dizendo que o BOPE não é herói, ¨"heróis são os que estão presos."

    Uma fala sem pé nem cabeça, mas reproduzida sem o menor questionamento por parte dos jornais e sites noticiosos.

    O que pretendeu dizer o sujeito? Os bandidos que estão presos são heróis? São heróis por estarem presos? Foram presos injustamente? Não traficavam drogas e nem faziam da população um tipo de reféns? Não exibiam armas militares e com as quais mataram muita gente, inocentes ou não?

    Dem quem são heróis? Dele? São amigos dele e ele os chama de heróis?
    São heróis porque são pobres? Isso, por si só, faz de alguém um herói?
    Há pobres calhordas e de muito mau caráter.

    Esse é o nível cultural do Brasil. Qualquer um que se transforme em famoso começa a falar asneiras e nem ao menos é questionado pelos jornalistas.

    Jornalistas, alíás, são cada vez mais raros. Meros meninos de recados, ou assessores da pior espécie, porque fazem idiotas acreditarem que podem falar qualquer asneira como se fosse a mais alta filosofia e a melhor sociologia.

    Mano Brown representa bem o que se chama de Cultura Bandida do Rio de Janeiro, essa mistura de valores em que os bons são maus e os maus são bons. O resto é bobagem.
    Essa foi uma das contribuições culturais mais negativas do Rio de Janeiro ao Brasil.

    Basta acompanhar as propostas e o pensamento do governador Sérgio Cabral.
    É o fim do mundo.

    sábado, 18 de dezembro de 2010

    O NAVIO E O NÍVEL DO MAR. Ou, a teoria econômica adequada a Lula no doutoramento de Mercadante.

    O ex-ministro da Fazenda dos tempos da ditadura militar, prof. Delfim Netto, e conselheiro e amigo do presidente Lula, titular de Economia na USP, fez parte da banca de doutoramento do economista Aloizio Mercadante na Unicamp.

    Sendo o primeiro a questionar o doutorando, Delfim disse que o cenário econômico internacional foi favorável `a sustentação do bolo, e que o bolo lulista não cresceu apenas por vontade do presidente: "Com o Lula você exagera um pouco, mas é a sua função", disse o ex-ministro, irônico, pois Mercadante fez uma defesa das medidas tomadas por Lula, mas não discutiu muito a teoria econômica.

    Para Delfim, "O nível do mar subiu e o navio subiu junto. De vez em quando, o governo pensa que foi ele quem elevou o nível do mar..."
    A conclusão mostra que o professor Delfim compreendeu bem a real natureza de Lula, aquele que costuma dizer "nunca antes neste país". Além de reinventar o Brasil, o homem ainda eleva o nível do mar...