Num show em São Paulo, a R$200,00 por cabeça, o compositor Mano Brown resolveu filosofar sobre política e a fazer a sociologia do BOPE.
Criticou o preconceito contra os nordestinos que ele diz existir em São Paulo e também criticou o BOPE (do Rio de Janeiro), dizendo que o BOPE não é herói, ¨"heróis são os que estão presos."
Uma fala sem pé nem cabeça, mas reproduzida sem o menor questionamento por parte dos jornais e sites noticiosos.
O que pretendeu dizer o sujeito? Os bandidos que estão presos são heróis? São heróis por estarem presos? Foram presos injustamente? Não traficavam drogas e nem faziam da população um tipo de reféns? Não exibiam armas militares e com as quais mataram muita gente, inocentes ou não?
Dem quem são heróis? Dele? São amigos dele e ele os chama de heróis?
São heróis porque são pobres? Isso, por si só, faz de alguém um herói?
Há pobres calhordas e de muito mau caráter.
Esse é o nível cultural do Brasil. Qualquer um que se transforme em famoso começa a falar asneiras e nem ao menos é questionado pelos jornalistas.
Jornalistas, alíás, são cada vez mais raros. Meros meninos de recados, ou assessores da pior espécie, porque fazem idiotas acreditarem que podem falar qualquer asneira como se fosse a mais alta filosofia e a melhor sociologia.
Mano Brown representa bem o que se chama de Cultura Bandida do Rio de Janeiro, essa mistura de valores em que os bons são maus e os maus são bons. O resto é bobagem.
Essa foi uma das contribuições culturais mais negativas do Rio de Janeiro ao Brasil.
Basta acompanhar as propostas e o pensamento do governador Sérgio Cabral.
É o fim do mundo.
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