Extraído do site do filósofo Olavo de Carvalho.
(trecho de um texto sobre a posição do ator Carlos Vereza diante do governo petista)
Publicado no site com o título "Liberdade Tardia".
Publicado na edição de 8 de dezembro, integralmente, no Diário do Comércio (SP), com o título: "O despertar, tarde demais."
"O apelo revolucionário de Karl Marx, bem como o de seus sucessores, resume-se na proposta mais cínica que algum celerado já fez a seus irmãos humanos: “Matem e morram por algo que inventei mas que eu mesmo não sei dizer o que é.”
Se perguntamos como foi que promessa tão evanescente logrou seduzir e escravizar tantos milhões de pessoas cultas, a melhor resposta ainda é a do ex-militante Douglas Hyde em seu livro Dedication and Leadership, de 1966: o partido não domina as almas dos militantes pelo que lhes dá, mas pelo que lhes toma.
Quanto mais você lhe oferece dedicação, esforço, dinheiro e até a renúncia à sua dignidade pessoal, mais você se sente devedor, porque deu ao movimento revolucionário sua alma e seu coração, toda a sua substância espiritual, e, ante a mera hipótese de sair dele, se sente só, vazio, desprezível, um cadáver moral.
Para libertar-se dessa obsessão, é preciso uma espécie de virilidade intelectual que vai se tornando ainda mais rara que a virilidade física.
De longe, aprecio o esforço interior de Carlos Vereza, sabendo que seu despertar veio tarde demais."
Que sirva de motivo de reflexão para todos nós.
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