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Personagem fantástico e mitômano * |
Lula é um fenômeno, não apenas um fenômeno na política, porque de fato é notável, mas um ser estranho e fascinante para uma série de estudos.
Fala uma coisa e o seu contrário quase ao mesmo tempo, e nem muda de expressão.
Fala coisas absolutamente distintas a públicos distintos, como se tivesse a certeza de que tudo cairá no poço do esquecimento ou estivesse convencido de que ninguém pode ter uma visão geral dos acontecimentos de uma época.
Às vezes fala como se acreditasse mesmo no que diz, embora mais tarde se perceba que tudo não passou de uma jogada para o público, ou para a mídia basbaque.
Delfim Netto, durante o doutoramento de Mercadante disse que Lula parece acreditar que faz o nível do mar subir, quando percebe que o navio atingiu um marco superior.
Lula não seria Lula se tivesse nascido em outra época. Ele comprova as teses de McLuhan sobre a aldeia global, especialmente no caso brasileiro, e é uma grande homenagem ao famoso comunicador Chacrinha. Lula é filho da rapidez elétrica, do agora, da TV e da falta geral de memória.
E remete ao fantástico personagem Barão de Münchhausen, aquele que saia do atoleiro, da neve, puxando os próprios cabelos. Às vezes lembra outro personagem famoso, o Pinnochio.
Lula é o nosso Barão de Münchhausen. É o nosso Camaleão de Guaranhus.
* imagem de www://betweenthecovers.tumblr.com/
(Munchhausen Syndrome - between the covers with dr. Joe:
The syndrome derives its name from Baron Münchhausen (Karl Friedrich Hieronymus Freiherr von Münchhausen, 1720-1797) who purportedly told many fantastic and impossible adventures about himself, which Rudolf Raspe later published as The Surprising Adventures of Baron Münchhausen.
In 1951, Richard Asher was the first to describe a pattern of self-harm, where individuals fabricated histories, signs, and symptoms of illness. Remembering Baron Münchhausen, Asher named this condition Münchausen’s Syndrome in his article in The Lancet in February 1951, quoted in his obituary in the British Medical Journal:
“Here is described a common syndrome which most doctors have seen, but about which little has been written. Like the famous Baron von Munchausen, the persons affected have always travelled widely; and their stories, like those attributed to him, are both dramatic and untruthful. Accordingly the syndrome is respectfully dedicated to the Baron, and named after him.”—British Medical Journal, R.A.J. Asher, M.D., F.R.C.P.
Originally, this term was used for all factitious disorders. Now, however, there is considered to be a wide range of factitious disorders, and the diagnosis of “Münchausen syndrome” is reserved for the most severe form, where the simulation of disease is the central activity of the affected person’s life.)
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