Cuba iniciou este mês o processo de demissão de um total de 1,5 milhão de trabalhadores, o equivalente a 7,4% de sua população de 11,2 milhões de habitantes.
É como se no Brasil, de uma só vez, demitissem 14 milhões de pessoas. Após 50 anos de revolução a economia cubana está em frangalhos e os lideres políticos querem que os demitidos se virem por conta própria.
Até pouco tempo era crime qualquer negócio particular, considerado traição ao regime socialista. O sistema prisional político cubano está cheio de transgressores.
Como a realidade não admite desaforos, prevalece a máxima de economista austríaco Ludwig von Mises: “não existe almoço grátis.” Agora que a economia planejada faliu, devido à incompetência natural dos regimes socialistas, os dirigentes, esquecendo toda a propaganda feita em 50 anos querem que cada um sobreviva como puder.
Os cubanos aprenderam a ser empregados públicos e ouviram que esse era o melhor sistema. Agora, na crise, são jogados na rua da amargura. Terão que aprender, na dura prática, que não existe almoço grátis.
O mais curioso dessa notícia é a forma objetiva como é publicada pela imprensa. Como se noticiasse: choveu ontem.
Ninguém questiona que demitir tal quantidade de gente é algo perverso, desumano, absolutamente fora do que se imagina ser a realidade em um paraíso socialista como Cuba. Ao menos no imaginário dos bobalhões da esquerda e da população desinformada pela apatia dos jornalistas.
Quer dizer que, na hora em que a coisa aperta, o sistema coletivista, que nega o indivíduo, larga o indivíduo à própria sorte para ver se ele dá um jeito no sistema? Para que houve a revolução?
Quantas décadas perdidas...
PS. Sobre Cuba há muitas fontes. Para quem gosta de Internet recomendo o site de Yoani Sánches,
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