Economistas têm alertado pela Imprensa que a indústria nacional enfrenta forte concorrência de produtos importados, especialmente os chineses. Isso foi até razoavelmente tratado antes das eleições.
Uma das razões do aumento das importações, e forte atrativo para os consumidores, é o preço muito mais baixo do que o de produtos nacionais correspondentes.
A situação pressiona a indústria nacional, que não consegue, por diversos motivos, produzir com o mesmo custo, ou menos. Dezenas de indústrias estão deixando de produzir e passando a importar produtos acabados ou partes a serem montadas no Brasil.
A razão disso tudo é o custo Brasil, pois a burocracia entranhada no sistema econômico e político dificulta a tomada de decisões e encarece a produção, pela cascata de tributos, além de aspectos trabalhistas e logísticos que compõe a equação.
Tudo no País favorece a demora e a corrupção. Assim, para atender apelos setoriais, de caráter urgente, o governo pretende taxar em 35% certos tipos de importados considerados supérfluos.
A questão é que os produtos ficarão mais caros. O aumento das tarifas não melhora a produção, só faz uma barragem protecionista que anuncia os tempos passados, em que a indústria nacional, superprotegida, acomodou-se e o Brasil virou uma ilha desconectada do resto do Mundo. Apesar de tudo, quem chamou a atenção para isso e tomou algumas medidas positivas foi o presidente Collor de Mello.
Mas, agora, não se trata apenas de atualização tecnológica e logística, fata é uma política global nacional que libere as amarras e permita a criatividade. Mas quem vai querer bater de frente com o poder centenário da burocracia?
Não são as indústrias e os empresários que são ineficientes (embora existam os acomodados), é a burocracia e a política de favores que se fortalece com essa situação. E os contribuíntes, que também, por acaso são os consumidores, não querem pagar mais por produtos e serviços.
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