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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O NACIONALISMO ELEITOREIRO NÃO SUPORTA A REALIDADE ECONÔMICA. Ou: fazer promessas para ganhar votos é fácil...


Imagem ilustrativa by Andrew Schmidt 

Passada a campanha eleitoral e suas promessas, algumas delas mirabolantes, a realidade volta a se impor, ao menos na Economia, pois na Política isso ainda vai depender daquilo que um dia foi a oposição e a imprensa. Desse modo, a Petrobrás quer rever alguns parâmetos, passando de 65% para 35% o valor dos equipamentos a serem encomendados à indústria nacional. É preciso lembrar que tais índices eram compromissos da campanha de Dilma Roussef.  

No final de 2010, no auge da campanha, Lula, num daqueles arroubos comuns de falastrão, desafiou o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, a fazer 100% das compras para os projetos da empresa no Brasil.

Como o presidente da estatal está muito mais ligado aos interesses do PT que à eficácia e imagem da empresa no mercado, afinal, do que ela depende enquanto empresa, entrou no joguinho, acenando com encomendas milionárias para atender às demandas do pré-sal.

Tudo enrolação, uma vez que a indústria nacional não tem  capacidade instalada e nem preço compatível com os internacionais para fornecer os equipamentos.

Redução de nacionalização


Segundo a Folha de S. Paulo e o blog de Reinaldo Azevedo, o pedido de redução da participação local se limita às áreas do pré-sal cujos contratos ainda não foram firmados e não afeta os acordos já feitos. O Ministério de Minas e Energia flexibilizar a regra. Reuniões entre a Petrobras e o ministro Edison Lobão foram feitas nas últimas duas semanas em busca de uma solução. 
O tema é delicado, pois a presidente garantiu aos empresários brasileiros uma maior presença nacional no processo.
Conforme o jornal, o principal problema é de prazo: na área de cessão onerosa, a Petrobras precisa extrair 5 milhões de barris para pagar ao governo pela sua capitalização até 2014. Nesse prazo, não há como fabricar sondas no país.
Além disso, Gabrielli disse a interlocutores que os preços praticados no mercado interno são um problema: uma sonda, por exemplo, custa cerca de US$ 1 bilhão no Brasil. Lá fora, paga-se 30% menos. Por conta desses entraves, a Petrobras já encomendou no exterior parte das 28 sondas que vai utilizar.
A regra atual exige que, para equipamentos de perfuração, o índice de nacionalização comece em 55%, passe a 60% em uma etapa intermediária e chegue a 65% nas encomendas finais. A Petrobras afirma que não há negociação para reduzir os índices e diz que não há atraso no cumprimento das metas no que diz respeito ao conteúdo nacional, informa a Folha.








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