Enquanto o Papa visita Cuba, o governo prende os dissidentes http://www.sponholz.arq.br/ |
O governo ditatorial cubano está muito preocupado com o Papa Bento XVI, que começa hoje. Os agentes do governo cubano não querem que ele seja perturbado por protestos contra a prisão de dissidentes e pela defesa dos direitos humanos.
Para evitar, então, constrangimentos ao Papa, a policia cubana não se constrange em limpar as ruas de críticos e oposicionistas. Segundo as matérias internacionais, as Damas de Branco, denunciam que mais de 70 pessoas já foram presas.
O governo de Cuba deve considerar que a ilha é perfeita, não tem problemas de espécie alguma, são todos felizes e reclamam apenas porque são chatos e insatisfeitos. Assim, querem afastar esses chatos de Sua Santidade, para que Bento XVI possa aproveitar a visão das velharias cubanas na arquitetura despedaçada e na frota de veículos dos anos 50, e, talvez dar uma voltinha pelo Malecón, de onde, certamente, também já recolheram as centenas de prostitutas que ficam por ali para ganhar alguns míseros dólares dos turistas que alimentam a hotelaria da ilha.
A Igreja teve, realmente, um papel importante nos episódios que levaram às mudanças políticas no Leste Europeu, há mais de 20 anos, especialmente quando o movimento Solidarnosc (Solidariedade) foi um dos protagonistas da queda do regime comunista polonês.
Quanto a Cuba, a visita do Papa Bento XVI pode ajudar a chamar a atenção sobre a situação da ilha-prisão dos irmãos Castro, mas dissidentes dizem que a Igreja Católica cubana é submissa demais ao regime.
Quem quiser mais detalhes sobre essa submissão que leia o excelente livro “A Ilha do Dr. Castro”, dos jornalistas franceses Denis Rousseau e Corinne Cumerlato, que foram por vários anos correspondentes em Havana.
Segundo as notícias, pelo menos 15 dos detidos são elementos das Damas de Branco, grupo de mulheres e familiares de opositores detidos que tem ganhado visibilidade com manifestações periódicas. Segundo o grupo dissidente Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, as detenções foram feitas na cidade de Santiago, ao leste da ilha, onde se esperava, hoje, a visita do Papa.
Mais repressão
As Damas de Branco já haviam denunciado várias detenções, em Santiago e em Havana. Terá sido o segundo fim-de-semana em que as manifestações do grupo acabaram com detenções: mais de 70 “damas de branco” tinham sido presas no fim-de-semana anterior (e foram entretanto libertadas).
As autoridades cubanas não comentaram mas acusaram as mulheres de tentar aproveitar a visita do Papa para atrair a atenção da imprensa! Que coisa feia, usar a imprensa para denunciar suas más condições de vida!
“A repressão é sempre forte, mas aumentou antes da visita do Papa”, disse Mercedes Fresneda Castillo, uma das dissidentes, que afirma ter sido detida no fim-de-semana de 17 e 18 de Março.
Viva a liberdade de expressão em Cuba.
Viva a liberdade de ir e vir em Cuba
Viva a liberdade de entrar e sair do pais sem constrangimentos!
Que piada!
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