O MISTÉRIO DA MORTE DA MULHER SEM ROSTO. Após quase três meses de investigações a polícia sabe que quase nada sabe sobre a morte de Geralda Guabiraba.

Leio na imprensa que o caso de Geralda Guabiraba sofreu uma reviravolta. Fui procurar para matar a minha humana curiosidade. 

Qual foi a grande novidade? Nenhuma. As matérias informam que ela ingeriu chumbinho (veneno para ratos), o que já havia sido divulgado alguns dias após a sua morte, em meados de janeiro. 

As matérias falam de um profundo corte no pescoço feito, presumivelmente, com um caco de vidro. Já havia sido divulgado.

A única novidade é que um casal que teria descoberto o cadáver, naquela madrugada, e telefonado à PM  informando sobre um cadáver que estaria sendo atacado por animais (cães).

Alguns sites publicaram as imagens da mulher sem a pele do rosto, certamente vazadas por alguém que esteve lá. Embora sejam imagens chocantes, o que se vê se parece mais com um rosto que teve a pele arrancada após cortes feitos para isso que uma pessoa despedaçada por cães. Talvez cães tivessem aparecido ao local por conta do cheiro do sangue. Poderiam até haver mordido o corpo, claro.

Creio que a polícia não dirá que os cães a mataram ou escalpelaram a sua face. Parece que a hipótese de crime ser parte de um culto de magia negra ou alguma outra coisa parecida foi descartada. Segundo policiais do DHPP, na imprensa hoje, poderia ainda ser um crime encomendado ou suicídio. 

Seria sempre bom lembrar que Geralda Guabiraba, conforme as matérias publicadas desde janeiro, era uma católica fervorosa e tradicionalista, dedicada à paróquia, aos pobres e a fazer o bem. 

Assim sendo, deveria levar a sério a punição dos pecados. Há na internet vídeos de conhecidas suas informando à TV que Geralda  havia dito que algo a incomodava muito, uma coisa grave. Para uma amiga disse que ela, a amiga, poderia perder a admiração por Geralda, caso soubesse do motivo da preocupação.

Qualquer pessoa poderá olhar na lista dos grandes pecados e imaginar o que Geralda poderia ter feito de grave.  Talvez nem tenha feito nada de errado, não tivesse cometido nenhum pecado e fosse apenas a doença (depressão) que a atormentasse mesmo.

A depressão é um tipo de peste.

Não nos esqueçamos de que em junho do ano passado (2011) uma advogada do município de Penápolis, interior de SP, perto de Baurú, deprimida após uma difícil e tumultuada separação de seu marido, rodou a periferia da cidade para encontrar alguém que a quisesse  matar.

Encontrou, contratou um preço e ainda forneceu a arma para o crime. O bandido aceitou o negócio, foi a um local distante e a matou a tiros. Depois, preso, confessou o crime e ainda disse que não havia recebido o total combinado, só uma parte.

O ser humano pode ser, sim, muito estranho e misterioso.

Contudo, ainda não consigo assimilar a ideia de um suicídio (isto é, tomou veneno e morreu). Quem cortou seu pescoço com um caco de vidro? Quem tirou a pele de seu rosto? 

A polícia não explicou nada ontem sobre os carros que pareciam escoltar o carro de Geralda Guabiraba na noite de sua morte. Talvez ela tivesse contratado uma quadrilha... quem sabe?               

Talvez a Polícia venha a ter mais novidades nos próximos dias. Assim se espera, para tranquilidade geral.