A presidente eleita, Dilma Rousseff, referiu-se emocionada, em reunião comemorativa petista, aos três porquinhos que a acompanharam durante toda a campanha eleitoral: Dutra, Cardozo e Palocci. Ela pretendeu parecer afetiva e carinhosa.
Na verdade estavam mais para seguranças de porta de boate, sempre com a cara amarrada e com braços cruzados, como se estivessem indispostos e pouco afeitos a conversas.
Além disso, nas entrevistas da candidata, postavam-se logo atrás, como se fiscalizassem o que seria dito.
Uma coisa grotesca, visto que deixava a impressão de que ela precisava ser tutelada o tempo inteiro. De todo modo, venceu. Resta agora lembrar que a imagem dos três porquinhos remete, além da historinha infantil em que aparece o lobo mau, indisfarçavelmente à distopia de George Orwell (publicada a primeira vez em 1945 com o nome Animal Farm), conhecida em português como A revolução dos Bichos.
Os bichos fizeram uma revolução na fazenda mas logo foram dominados pelos porcos, nada simpáticos, que implantaram uma ditadura.
Os outros animais, que não eram trouxas, logo perceberam que na fazenda dominada pelos porcos, "a lei era igual para todos, sendo que alguns eram mais iguais que os outros".
A fazendinha poderia chamar-se Brasil.
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