Quando lemos que alguém foi para a cadeia, que está no xilindró, que está atrás das grades, que verá o sol nascer quadrado, logo pensamos nas boas e velhas palavras "prisioneiros", "presos", "trancafiados"; pois a absoluta maioria, certamente, foi aprisionada por algum ótimo motivo: matou, assaltou, roubou, furtou, estuprou, espancou velhinhas, ou, como alguns conhecidos nossos da Era Lulista, roubou dinheiro público!
Mas a tentativa de recriar a Realidade alterando as palavras, a característica principal da Novilíngua Politicamente Correa, é algo que surgiu nestes tempos estranhos em que o governo chegou a pretender, numa cartilha ridícula, que um anão fosse chamado de "pessoa verticalmente prejudicada"! Anão é apenas o contrário de gigante. Um gigante seria "uma pessoa verticalmente beneficiada"?
Acabei de ler no UOL que os presos brasileiros poderão fazer o Enem nesta semana. Mas os textos, em vários sites e jornais falam de "pessoas privadas da liberdade". Lendo assim de relance parece que as tais pessoas privadas da liberdade devem ser vítimas de alguma coisa, já que foram privadas da liberdade!
Não, presos não são vítimas (não entro no mérito da qualidade das prisões!), eles estão pagando pelos seus pecados sociais, pelos seus crimes!
Privados de direitos, dapropriedade, da vida, da alegria de ter parentes vivos são as vítimas dos criminosos, isto sim!
A linguagem políticamente correta, com a intenção de reconstruir o mundo chega a ser nojenta.
Crime é crime, cadeia é cadeia, preso é preso.
Cadeia só é hotel, no caso do José Dirceu!
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