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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O CRIME DA LOIRA GRÁVIDA DA MALA. UMA BALA, TRÊS VIDAS. O CIÚME MATOU VALDINEIA PRECHESNIUK? Polícia prendeu o suspeito de haver matado Valdinéia, Everaldo Alves de Faria. O corpo estava em uma mala, num lago às margens da Rodovia dos Bandeirantes, em Itupeva. Estava nu, com o pescoço quebrado e um tiro dado pelas costas, nas nádegas, que chegou ao coração.



Todos os dias centenas de marias, josefas, letícias e moças com outros nomes tão comuns saem de casa, fogem de suas famílias, geralmente do interior, para transformar-se em “natashas”, “rebecas”, “kellys” e “michelles”, nomes de fantasia com os quais tentarão uma nova vida, longe da pobreza, da rotina cotidiana miserável, atrás do luxo, de um futuro melhor, de dinheiro e glória. 

Há nomes de época. No anos 70 eram comuns as “biancas”.

Assim tem sido a história da prostituição ao longo do tempo. Alguém deixa um presente doloroso, um passado de contenção, para garimpar um futuro suntuoso.

Esse pode ter sido o caminho de Valdineia, 21 anos, encontrada morta em uma mala, flutuando em um pequeno lago entre o Rio Capivari e a Rodovia dos Bandeirantes, entre os municípios de Itupeva e Valinhos, na região de Campinas e Jundiaí, em São Paulo.

Quatrocentos e cinqüenta mil veículos circulam pela Bandeirantes naquela região, todos os dias. E, por dois ou três dias, mais de um milhão de veículos passou por ali, até que alguém percebeu a mala vermelha flutuando nas águas escuras do lago.

Alguém sentiu um cheiro estranho, um cheiro de morte, de cadáver em decomposição. Um pescador encontrou a mala e chamou a polícia.

De 31 de outubro a 11 de novembro, Valdineia não teve nome, era apenas a mulher encontrada morta na mala. Ninguém sabia quem era, e ninguém reclamava seu paradeiro. Uma loira nova, aparentemente bonita, e supostamente grávida. 

Nua, com o pescoço quebrado e um tiro que atingiu seu coração.

Depois que a polícia divulgou pelas redes sociais a imagem de uma tatuagem no seu ombro direito um irmão dela, morador em Santa Catarina, pensou reconhecer a irmã. E era ela mesmo.

Assim como tantas jovens, novas, cheias de curiosidade pela vida, cobiça e vontade de ganhar dinheiro, Valdineia Prechesniuk havia deixado sua terra, Ivaí, no Paraná, há três anos, para tentar a vida em São Paulo.

Contam as matérias da imprensa que ela era garota de programas e que havia trabalhado em uma boate em Campinas, no bairro Itatinga. Há alguns meses, talvez um ano, teria se mudado para uma casa no Parque Universitário, em Campinas, mantida por um amante que teria sido seu cliente.

Mesmo assim, as informações são de que continuava trabalhando nas proximidades da antiga boate, uma vez que teria sido expulsa pela dona, devido a um suposto consumo de bebidas e drogas.

E, além de tudo, supremo castigo para uma garota de programas, acabou ficando grávida.

Bem, mas o pai poderia ser aquele que a mantinha em uma casa. Segundo a imprensa, era um homem casado, de 38 anos, preso pela polícia para investigações. Estava de posse de um revólver calibre 38 de numeração raspada.

O que teria levado o suspeito a matar Valdinéia? Suspeita-se de ciúmes, pois a polícia investiga rumores de que ela estaria, ao mesmo tempo, tendo um caso com outro homem, talvez um policial militar.

Valdinéia estava grávida de cinco meses. Certamente os exames de DNA certificarão a paternidade. Contudo, a possibilidade da traição pode ter deixado Everaldo louco de ciúme (ele, evidentemente nega havê-la matado).

Assim, de modo violento e abrupto, como muitas vezes acontece com garotas de programa, termina o sonho da garota paranaense, transformado em pesadelo.

Mas o assassino de Valdinéia, seja ele quem for, com apenas uma bala de calibre 38 matou três pessoas; afinal, ela estava grávida de gêmeos, há cinco meses. Uma tragédia. 

Valdineia foi enterrada em Ivaí, no Paraná.

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PAUL MCARTNEY, AO VIVO, EM MOSCOU, 2002

SHE´S  LIVING HOME (Ela está indo embora)




SHE´S LIVING HOME
Lennon & MCartney

Wednesday morning at five o'clock as the day begins

Silently closing her bedroom door

Leaving the note that she hoped would say more

She goes down the stairs to the kitchen clutching her handkerchief

Quietly turning the backdoor key

Stepping outside she is free.

She (We gave her most of our lives)

is leaving (Sacrificed most of our lives)

home (We gave her everything money could buy)

She's leaving home after living alone

For so many years.

Father snores as his wife gets into her dressing gown

Picks up the letter that's lying there

Standing alone at the top of the stairs

She breaks down and cries to her husband Daddy our baby's gone

Why would she treat us so thoughtlessly

How could she do this to me.

She (We never thought of ourselves)

is leaving (Never a thought for ourselves)

home (We struggled hard all our lives to get by)

She's leaving home after living alone

For so many years.

Friday morning at nine o'clock she is far away

Waiting to keep the appointment she made

Meeting a man from the motor trade.

She (What did we do that was wrong)

is having (We didn't know it was wrong)

fun (Fun is the one thing that money can't buy)

Something inside that was always denied

For so many years.

She's leaving home. Bye, bye

VERSÃO EM PORTUGUÊS 

ELA ESTÁ INDO EMBORA

Quarta-feira, às cinco da manhã, conforme começa o dia,

Fecha a porta de seu quarto silenciosamente

Deixando um bilhete em que esperava ter dito mais;
Ela desce as escadas até a cozinha

Segurando seu lenço

E cuidadosamente vira a chave da porta dos fundos

E sai da casa, ela está livre



Ela

(Nós dedicamos quase toda a nossa vida)

Está deixando

(Sacrificamos quase toda a nossa vida)

O lar

(Demos a ela tudo que o dinheiro podia comprar)


Ela está deixando o lar após viver sozinha

Por muitos anos



O pai ronca enquanto sua esposa

Veste a camisola,

E apanha o bilhete deixado ali,

Solitário, no topo das escadas.

Ela se desespera e grita para o marido

"Querido, nossa garotinha foi embora"

Por que ela seria tão egoísta conosco?

Como ela pôde fazer isto comigo?



Ela

(Nós nunca pensamos em nós)

Está deixando

(Nem uma vez, pensamos em nós)

O lar

(Nós batalhamos durante toda nossa vida para vencer)


Ela está deixando o lar após viver sozinha

Por muitos anos

Sexta-feira, às nove da manhã, ela está tão longe,

Esperando a hora do compromisso que marcou

Pra encontrar um rapaz da concessionária.



Ela

(O que foi que fizemos de errado?)

Está tendo

(Nós não sabíamos que era errado)

Diversão

(Diversão é a única coisa que o dinheiro não compra)


Algo lá no fundo foi sempre renegado

Por muitos anos

Ela está deixando o lar... Tchau, tchau


      

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