Todos os dias centenas de marias,
josefas, letícias e moças com outros nomes tão comuns saem de casa, fogem de
suas famílias, geralmente do interior, para transformar-se em “natashas”, “rebecas”,
“kellys” e “michelles”, nomes de fantasia com os quais tentarão uma nova vida,
longe da pobreza, da rotina cotidiana miserável, atrás do luxo, de um futuro
melhor, de dinheiro e glória.
Há nomes de época. No anos 70 eram comuns as “biancas”.
Assim tem sido a história da prostituição ao longo do tempo. Alguém deixa um presente doloroso, um passado de contenção, para garimpar um futuro suntuoso.
Esse pode ter sido o caminho de Valdineia, 21 anos, encontrada morta em uma mala, flutuando em um pequeno lago entre o Rio Capivari e a Rodovia dos Bandeirantes, entre os municípios de Itupeva e Valinhos, na região de Campinas e Jundiaí, em São Paulo.
Quatrocentos e cinqüenta mil veículos circulam pela Bandeirantes naquela região, todos os dias. E, por dois ou três dias, mais de um milhão de veículos passou por ali, até que alguém percebeu a mala vermelha flutuando nas águas escuras do lago.
Alguém sentiu um cheiro estranho, um cheiro de morte, de cadáver em decomposição. Um pescador encontrou a mala e chamou a polícia.
De 31 de outubro a 11 de novembro, Valdineia não teve nome, era apenas a mulher encontrada morta na mala. Ninguém sabia quem era, e ninguém reclamava seu paradeiro. Uma loira nova, aparentemente bonita, e supostamente grávida.
Nua, com o pescoço quebrado e um tiro que atingiu seu coração.
Depois que a polícia divulgou pelas redes sociais a imagem de uma tatuagem no seu ombro direito um irmão dela, morador em Santa Catarina, pensou reconhecer a irmã. E era ela mesmo.
Assim como tantas jovens, novas, cheias de curiosidade pela vida, cobiça e vontade de ganhar dinheiro, Valdineia Prechesniuk havia deixado sua terra, Ivaí, no Paraná, há três anos, para tentar a vida em São Paulo.
Há nomes de época. No anos 70 eram comuns as “biancas”.
Assim tem sido a história da prostituição ao longo do tempo. Alguém deixa um presente doloroso, um passado de contenção, para garimpar um futuro suntuoso.
Esse pode ter sido o caminho de Valdineia, 21 anos, encontrada morta em uma mala, flutuando em um pequeno lago entre o Rio Capivari e a Rodovia dos Bandeirantes, entre os municípios de Itupeva e Valinhos, na região de Campinas e Jundiaí, em São Paulo.
Quatrocentos e cinqüenta mil veículos circulam pela Bandeirantes naquela região, todos os dias. E, por dois ou três dias, mais de um milhão de veículos passou por ali, até que alguém percebeu a mala vermelha flutuando nas águas escuras do lago.
Alguém sentiu um cheiro estranho, um cheiro de morte, de cadáver em decomposição. Um pescador encontrou a mala e chamou a polícia.
De 31 de outubro a 11 de novembro, Valdineia não teve nome, era apenas a mulher encontrada morta na mala. Ninguém sabia quem era, e ninguém reclamava seu paradeiro. Uma loira nova, aparentemente bonita, e supostamente grávida.
Nua, com o pescoço quebrado e um tiro que atingiu seu coração.
Depois que a polícia divulgou pelas redes sociais a imagem de uma tatuagem no seu ombro direito um irmão dela, morador em Santa Catarina, pensou reconhecer a irmã. E era ela mesmo.
Assim como tantas jovens, novas, cheias de curiosidade pela vida, cobiça e vontade de ganhar dinheiro, Valdineia Prechesniuk havia deixado sua terra, Ivaí, no Paraná, há três anos, para tentar a vida em São Paulo.
Contam as matérias da imprensa
que ela era garota de programas e que havia trabalhado em uma boate em
Campinas, no bairro Itatinga. Há alguns meses, talvez um ano, teria se mudado
para uma casa no Parque Universitário, em Campinas, mantida por um amante que
teria sido seu cliente.
Mesmo assim, as informações são
de que continuava trabalhando nas proximidades da antiga boate, uma vez que
teria sido expulsa pela dona, devido a um suposto consumo de bebidas e drogas.
E, além de tudo, supremo castigo
para uma garota de programas, acabou ficando grávida.
Bem, mas o pai poderia ser aquele
que a mantinha em uma casa. Segundo a imprensa, era um homem casado, de 38
anos, preso pela polícia para investigações. Estava de posse de um revólver calibre 38 de numeração raspada.
O que teria levado o suspeito a
matar Valdinéia? Suspeita-se de ciúmes, pois a polícia investiga rumores de que
ela estaria, ao mesmo tempo, tendo um caso com outro homem, talvez um policial
militar.
Valdinéia estava grávida de cinco
meses. Certamente os exames de DNA certificarão a paternidade. Contudo, a
possibilidade da traição pode ter deixado Everaldo louco de ciúme (ele, evidentemente
nega havê-la matado).
Assim, de modo violento e abrupto,
como muitas vezes acontece com garotas de programa, termina o sonho da garota
paranaense, transformado em pesadelo.
Valdineia foi enterrada em Ivaí, no Paraná.
XXXXXXXXXXXXXXX
PAUL MCARTNEY, AO VIVO, EM MOSCOU, 2002
SHE´S LIVING HOME (Ela está indo embora)
SHE´S LIVING HOME (Ela está indo embora)
SHE´S LIVING HOME
Lennon & MCartney
Wednesday
morning at five o'clock as the day begins
Silently
closing her bedroom door
Leaving the
note that she hoped would say more
She goes
down the stairs to the kitchen clutching her handkerchief
Quietly
turning the backdoor key
Stepping
outside she is free.
She (We gave her most of our lives)
She (We gave her most of our lives)
is leaving
(Sacrificed most of our lives)
home (We
gave her everything money could buy)
She's
leaving home after living alone
For so many
years.
Father snores as his wife gets into her dressing gown
Father snores as his wife gets into her dressing gown
Picks up
the letter that's lying there
Standing
alone at the top of the stairs
She breaks
down and cries to her husband Daddy our baby's gone
Why would
she treat us so thoughtlessly
How could
she do this to me.
She (We never thought of ourselves)
She (We never thought of ourselves)
is leaving
(Never a thought for ourselves)
home (We
struggled hard all our lives to get by)
She's
leaving home after living alone
For so many
years.
Friday morning at nine o'clock she is far away
Friday morning at nine o'clock she is far away
Waiting to
keep the appointment she made
Meeting a
man from the motor trade.
She (What did we do that was wrong)
She (What did we do that was wrong)
is having
(We didn't know it was wrong)
fun (Fun is
the one thing that money can't buy)
Something
inside that was always denied
For so many years.
She's leaving home. Bye, bye
VERSÃO EM PORTUGUÊS
ELA ESTÁ INDO EMBORA
Quarta-feira, às cinco da manhã, conforme começa o dia,
ELA ESTÁ INDO EMBORA
Quarta-feira, às cinco da manhã, conforme começa o dia,
Fecha a porta de seu quarto silenciosamente
Deixando um bilhete em que esperava ter dito mais;
Ela desce as escadas até a cozinha
Segurando seu lenço
E cuidadosamente vira a chave da porta dos fundos
E sai da casa, ela está livre
Ela
(Nós dedicamos quase toda a nossa vida)
Está deixando
(Sacrificamos quase toda a nossa vida)
O lar
(Demos a ela tudo que o dinheiro podia comprar)
Ela está deixando o lar após viver sozinha
Por muitos anos
O pai ronca enquanto sua esposa
Veste a camisola,
E apanha o bilhete deixado ali,
Solitário, no topo das escadas.
Ela se desespera e grita para o marido
"Querido, nossa garotinha foi embora"
Por que ela seria tão egoísta conosco?
Como ela pôde fazer isto comigo?
Ela
(Nós nunca pensamos em nós)
Está deixando
(Nem uma vez, pensamos em nós)
O lar
(Nós batalhamos durante toda nossa vida para vencer)
Ela está deixando o lar após viver sozinha
Por muitos anos
Sexta-feira, às nove da manhã, ela está tão longe,
Esperando a hora do compromisso que marcou
Pra encontrar um rapaz da concessionária.
Ela
(O que foi que fizemos de errado?)
Está tendo
(Nós não sabíamos que era errado)
Diversão
(Diversão é a única coisa que o dinheiro não compra)
Algo lá no fundo foi sempre renegado
Por muitos anos
Ela está deixando o lar... Tchau, tchau
Nenhum comentário:
Postar um comentário