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quinta-feira, 9 de maio de 2013

CORDEL ELETRÔNICO. OU, O FAROESTE CABOCLO DE LULA. Nunca antes neste país houve uma saga assim. (Video)


Enfim um cordel eletrônico à altura das, digamos, rocambolescas aventuras de Lula em Terra Brasilis. 

Narrativa coesa e precisa destes estranhos tempos em que todos podem pensar diferente, desde que pensem igual. 

Um país em que a oposição foi varrida do mapa e no qual restam as fontes de humor, sempre ácido, de alguns poucos artistas que falam o que percebem com os sentidos e com o coração, que não se deixam encantar pela mentira, pelo marketing político, e pelos sempre mesmos e velhos métodos de enganação.

Lembrem-se, no Brasil, como disse Guilherme Afif, é melhor não pensar com o fígado, mas com a cabeça. E pensar com a cabeça, parece, é ser pragmático e entrar para o coro hegemônico que espreme as tetas do cofre central. 

Assim, num lugar onde ser de oposição é, agora, ser situação, só resta o caminho do humor; aquele ainda não contaminado pelo financiamento público e pelas benesses da Lei Rouanet, como diria Lobão.

Uma gota de lucidez num oceano de pensamento único. 

 

(VIDEO - PERDA TOTAL)



http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Z9q9LaMgto0

(Reproduzido do blog de Augusto Nunes - Veja)

Enquanto avança a vertiginosa sequência de desenhos feitos a mão, uma voz parecida com a de Renato Russo, autor de Faroeste Caboclo, canta a letra reciclada para contar a história de Lula e descreve a trajetória do PT. A conjugação dos versos adaptados e da ilustração refinada resultou num dos melhores vídeos produzidos nos últimos anos.

Em pouco mais de 9 minutos, Faroeste Caboclo do Santo Lula revisita com didático sarcasmo fatos e personagens que animaram a cena política brasileira desde 1978. O cortejo inclui, por exemplo, a iniciação do líder sindicalista, o acasalamento de metalúrgicos à procura de ideias e comunistas de meia idade prontos para vendê-las, o parto do PT e a degeneração já na primeira infância, a decomposição moral do partido, a roubalheira do mensalão, a condenação dos quadrilheiros pelo STF, o uso da mentira como instrumento eleitoreiro, a metamorfose malandra do chefe supremo, as parcerias repulsivas que ampliaram a base alugada, o sonho do poder eterno, o menosprezo pelos valores democráticos, a instalação de um poste no gabinete presidencial ou o cinismo dos marqueteiros. E mais, muito mais.

O que se vê e ouve é a versão audiovisual de uma biografia não autorizada de Lula e do PT. Já tem vaga assegurada na galeria das peças 
mais populares do Museu da Era da mediocridae.

 

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