Situação e oposição são posições clássicas, e banais. Até mesmo clubecos de várzea têm oposição e situação.
No Brasil, no campo da política, ao contrário, por mais estranho que pareça, no passado, nos tempos da ditadura era bonito, desejável e esperado que se fosse de oposição.
Quando a esquerda chegou ao poder, com FHC (e também nos tempos de Sarney, Collor e Itamar Franco, lembram-se?), parecia ainda existir oposição no Brasil.
Oposição era quem estava ao lado contrário de quem estava no poder. Simples.
Mas depois, na abertura da era iluminada petista, ou luliana, por falta de prática de oposição, ou por mera conveniência, o que era situação desceu, e o que era oposição subiu.
E o Brasil virou de pernas para o ar.
Aqui, antes da virada, oposição era quem tinha propostas alternativas à situação, como ocorre nas democracias.
Agora, com a ex-oposição na situação, ser da oposição é ser criticado como criminoso lesa-pátria, e a moda pegou de tal maneira que no Brasil não há mais oposição.
Tudo é uma geléia geral consensual, segundo Afif, o 39º ministro de Dilma Rousseff.
Essa salada mista me faz lembrar os tempos da ditadura, em que se dizia "Brasil, ame-o ou deixe-o", isto é, só deveria ficar quem não criticasse o governo.
E a mentalidade agora é diferente? Ninguém parece ser capaz de ser feliz sendo oposição, todos parecem precisar, há uma necessidade vital, aderir.
Prefiro os timinhos de várzea com suas brigas de situação e oposição!
GUTENBERG J.
GUTENBERG J.
AGORA AFIF FALANDO E VEJAM SE NÃO TENHO ALGUMA RAZÃO
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