Aristóteles estudou o comportamento mimético (relacionado à
imitação); o sociólogo alemão, Georg Simmel, escreveu um ensaio sobre a moda,
baseado na idéia do comportamento mimético, em 1908. E os bandidos brasileiros,
sempre atentos às últimas maldades, copiam aquilo que lhes parece interessante,
como queimar pessoas utilizando álcool. Um mês após o caso da dentista que foi queimada viva em São Bernardo do
Campo, outro caso aconteceu em
São Paulo.
Desta vez, dois criminosos armados invadiram uma clínica
odontológica em São José
dos Campos e, durante uma tentativa de assalto, atearam fogo no dentista. Alexandre
Peçanha Gaddy teve 75% do corpo queimado e foi encaminhado ao Pronto Socorro da
cidade. Segundo informações médicas, caso sobreviva, pois seu estado é muito
grave, poderá ter seríssimas seqüelas, como o rosto destruído e cegueira.
A Polícia informou que os bandidos agiram no final da noite
de segunda-feira (27) na rua Periquitos, na Vila Tatetuba. A dupla rendeu o
dentista e o incendiou com álcool. Por enquanto, os criminosos permanecem
foragidos.
Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", a irmã
do dentista queimado, Cristiane Peçanha Gaddy, disse que o estado de saúde da
vítima é gravíssimo. "Ele foi submetido a uma cirurgia logo após dar
entrada no hospital. Agora ele está na UTI", explicou Gaddy a publicação.
A vítima ainda disse que o estabelecimento invadido tinha
alarme e que ele foi acionado. "Ele conseguiu pedir ajuda e as pessoas que
estavam passando pelo local prontamente acionaram as viaturas dos Bombeiros.
Tudo foi muito rápido e em nenhum momento ele perdeu a consciência",
afirmou a irmã.
De acordo com Cristiane Gaddy, seu irmão nunca guardou
dinheiro no local e costumava estender o expediente para organizar a clínica. A
Polícia investiga o caso.
O crime monstruoso contra o dentista é mais um dos horrores
neste país de horrores e impunidade, onde a vida dos cidadãos que pagam
impostos não vale absolutamente nada.
Aqui, cidadãos de primeira classe são os bandidos: gozam de
absoluta impunidade, são defendidos por entidades de direitos humanos e ainda
suas famílias recebem benefícios do governo; as penas são de causar água na
boca dos bandidos americanos que, em alguns estados, não podem contar nem com
liberdade condicional.
Lá, 50 anos de cadeia são 50 anos de cadeia. Aqui o máximo
são 30, por mais horrível que seja o crime, com direito a saidinhas para
visitar mamãe, quartinho para fornicar com a mulher, e, se bobear, uns 5 ou 6
anos de prisão. Depois a famosa condicional, que é para ele não perder a prática
e voltar ao crime.
Até quando?
(Informações da "Folha de S.Paulo")
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