Da cartola para a cachola
Percival Puggina
18 Maio 2013
A Anistia que tivemos foi aquela pela qual clamavam os
opositores do regime. Ninguém se mobilizou por uma anistia ampla, geral e
irrestrita, menos ampla, menos geral e menos irrestrita, que excluísse os
agentes do Estado.
Mas a Anistia não foi concebida para servir à Justiça. Ela
serviu ao perdão, ao esquecimento, à pacificação nacional e à boa Política.
Infelizmente há quem só saiba operar politicamente num ambiente crispado por
ódios e ressentimentos.
Muitas vezes me perguntam como desconstituir as falácias que
a esquerda militante difunde em relação aos fatos e à história do país. Minha
resposta é esta: não há como. O trabalho de manipulação é feito com insuperável
determinação. A sempre acesa fogueira das mentiras queimou o sentido de certas
palavras e forjou outras com persistência e eficácia que tornam inútil qualquer
tentativa de lhes recuperar o significado.
Há meia dúzia de anos, por exemplo, a palavra auto-anistia
começou a ingressar no vocabulário político nacional para designar o disposto
pela Lei de Anistia. Quantas vezes, leitor, você leu ou ouviu algum desmentido
a esse respeito?
A simples palavra - auto-anistia - usada em substituição a
Anistia, basta para sugerir que os congressistas de 1979 e de 1985
empenharam-se em aprovar preceitos que livrassem do acerto com a Justiça os
agentes do regime que vigeu no país entre 1964 e 1985. A substituição de uma
palavra pela outra tem o poder de substituir uma história por outra, bem
diferente, ao gosto de quem consegue tirá-la da cartola e introduzi-la na
cachola do distinto público. Feito isso, está pronto o serviço.
A Anistia deixa de ser um instrumento jurídico de
reconciliação nacional para se transformar em gesto canalha de quem, valendo-se
do poder que detinha, legislou em causa própria para livrar a cara. Como são
poucos os que conhecem história, a explicação do vocábulo se contenta com
afirmar seu significado: a Anistia foi uma auto-anistia dos militares. Feito!
Não há a menor necessidade de apresentar provas, ou indícios consistentes ou
depoimentos testemunhais que convalidem aquilo que é afirmado.
Quem conhece a história, no entanto, sabe que não foi assim
que as coisas andaram. A partir de 1966 surgiram os primeiros movimentos em
favor da Anistia. Quem participava dessa mobilização? Entre outros, Associação
Brasileira de Imprensa, Ordem dos Advogados do Brasil, sindicatos, entidades
estudantis, advogados de presos políticos, familiares de brasileiros no exílio
e o MDB, partido político oposicionista. Como se pode perceber, ninguém
pró-anistia falava pelas Forças Armadas. Seria um completo disparate imaginar
isso.
A campanha era conduzida pelos que estavam do outro lado.
Passaram-se muitos anos até que em 1979 fosse votada a Lei de Anistia em
tumultuada sessão do Congresso Nacional. O projeto do governo Figueiredo não
anistiava quem tivesse participado de "terrorismo, assalto, sequestro e
atentado pessoal". Para estes, as duras penas da lei. Mas havia uma emenda
do deputado Djalma Marinho que anistiava a todos, ampla, geral e
irrestritamente. Essa emenda, levada a votação, foi rejeitada por 206 votos a
201. Derrotada a emenda, o projeto do governo foi aprovado pelos votos das lideranças
do governo e da oposição. Essa primeira Anistia, parcial, permitiu a volta ao
Brasil da maior parte dos exilados, entre eles Leonel Brizola e Miguel Arraes.
A campanha pela Anistia ampla, geral e irrestrita continuou,
então, por mais seis anos. Empenharam-se nela as mesmas instituições e grupos
políticos de antes, insatisfeitos com o fato de que os praticantes de crimes
ditos de sangue tivessem ficado fora da lei de 1979. Foi apenas através da
Emenda Constitucional Nº 26, que convocou a Constituinte, em 27/11/1985, que o
Congresso Nacional, eleito em plena legitimidade democrática, inseriu o
preceito que conferiu à Anistia o caráter amplo, geral e irrestrito pelo qual
clamavam as oposições. Não há, ao longo dessa longa história que se estende por
19 anos, o menor traço ou gesto que possa ser lido como um anseio dos governos
militares por se protegerem.
A Anistia que tivemos foi aquela pela qual clamavam os
opositores do regime. Ninguém se mobilizou por uma anistia ampla, geral e
irrestrita, menos ampla, menos geral e menos irrestrita, que excluísse os
agentes do Estado. Portanto, essa história de que houve uma auto-anistia é mais
uma das tantas mentiras sacadas da cartola para ser inserida nas cacholas menos
esclarecidas. Ou seja, para enganar quase todos. A Anistia foi concedida pelo
Parlamento, portanto, não pode ser "auto" coisa alguma.
Apesar de as coisas terem transcorrido desse modo, a mentira
muito repetida, insiste, agora, em que a desejada e pleiteada Anistia, além de
autoconcedida, foi uma injustiça.
Também acho injusto que terroristas, guerrilheiros,
assassinos e assaltantes, responsáveis por mais de uma centena de mortes, andem
soltos e recebendo gordas indenizações. Digo outro tanto de quem abusou do
poder, torturou e seviciou. Tais impunidades não são justas!
Mas a Anistia não foi concebida para servir à Justiça. Ela
serviu ao perdão, ao esquecimento, à pacificação nacional e à boa Política.
Infelizmente há quem só saiba operar politicamente num ambiente crispado por
ódios e ressentimentos.
(PERCIAL PUGGINA)
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:
SOBRE AS VÍTIMAS DO TERRORISMO NO BRASIL
TEXTO PUBLICADO EM 16 DE MAIO DE 2012 NESTE BLOG
AQUI ESTÃO TODAS AS
VITIMAS DOS TERRORISTAS DA LUTA ARMADA NO BRASIL. Que estes pobres 119
brasileiros, inesquecíveis para suas famílias, não sejam desonrados pelos
membros da Comissão da Verdade.
Até hoje eles foram absolutamente esquecidos pelo Estado Brasileiro, que paga indenizações milionárias a gente, até, que nunca foi torturada, mas que matou inocentes de forma cruel e vil, em atos terroristas.
Até hoje eles foram absolutamente esquecidos pelo Estado Brasileiro, que paga indenizações milionárias a gente, até, que nunca foi torturada, mas que matou inocentes de forma cruel e vil, em atos terroristas.
Você tem algum parente que foi morto em algum atentado
terrorista?
Você conhece alguém que perdeu o pai, a mãe, um irmão, irmã, filho, filha, sobrinho em algum atentado terrorista nos anos 60 e 70? Já parou para pensar sobre isso?
Sabe o que é um atentado terrorista? É a geração do caos. Um terrorista age sem qualquer afetividade pelo próximo. É um monstro perverso. Em nome de uma luta, de uma meta política, ele sente-se poderoso para deixar uma bomba em um local qualquer.
Uma bomba terrorista, quase sempre que explode, atinge inocentes. Crianças que passam, idosos, mães de família, trabalhadores. É isso mesmo que pretende um terrorista, o medo geral, o pânico, a instabilidade.
Se um atentado terrorista mata e despedaça pessoas, então um terrorista fica feliz.
Assim como torturar um preso é um ato desprezível, explodir um inocente desconhecido, para conseguir desestabilizar um governo, ou gerar o caos social, é mais desprezível ainda.
O que justifica explodir um ônibus cheio de crianças de cinco ou seis anos?
Você conhece alguém que perdeu o pai, a mãe, um irmão, irmã, filho, filha, sobrinho em algum atentado terrorista nos anos 60 e 70? Já parou para pensar sobre isso?
Sabe o que é um atentado terrorista? É a geração do caos. Um terrorista age sem qualquer afetividade pelo próximo. É um monstro perverso. Em nome de uma luta, de uma meta política, ele sente-se poderoso para deixar uma bomba em um local qualquer.
Uma bomba terrorista, quase sempre que explode, atinge inocentes. Crianças que passam, idosos, mães de família, trabalhadores. É isso mesmo que pretende um terrorista, o medo geral, o pânico, a instabilidade.
Se um atentado terrorista mata e despedaça pessoas, então um terrorista fica feliz.
Assim como torturar um preso é um ato desprezível, explodir um inocente desconhecido, para conseguir desestabilizar um governo, ou gerar o caos social, é mais desprezível ainda.
O que justifica explodir um ônibus cheio de crianças de cinco ou seis anos?
O que justifica enfiar um carro-bomba em uma igreja cheia de
fiéis que estão rezando?
O que justifica matar um jovem de 18 anos na porta de um quartel, que cumpre seu serviço militar obrigatório?
O que justifica matar um jovem de 18 anos na porta de um quartel, que cumpre seu serviço militar obrigatório?
O que justifica matar um coitado na rua para tomar seu
veículo para praticar atentados terroristas?
O que justifica despedaçar alguém que passa a caminho do
futuro e, repentinamente, encontra a morte, transformando-se em mil pedaços de
carne queimada?
Os terroristas e torturados nos chamados porões da ditadura
são capazes de chorar quando lembram das torpezas que sofreram, mas nunca
qualquer terrorista mostra um mínimo resquício de humanidade, senso de culpa ou
diz: “errei, matei e não devia ter matado, atribuo meus erros à minha pouca
idade, a ilusões, etc...”
Não, ainda hoje alguns são capazes de falar de como
praticaram seus atentados com orgulho, com frieza, sem demonstrar piedade ou
compaixão pelas suas vitimas inocentes.
Esses mereceram grandes indenizações e gordas pensões pagas
pelos contribuintes.
As vitimas do terrorismo, por suas vez, jazem esquecidas, quase tendo que pedir desculpas aos seus assassinos por servirem de lembrete de que o Mal existe, e ele se chama Terror.
AS VÍTIMAS DAS ESQUERDAS ANTES DO AI-5
1 - 12/11/64 - Paulo Macena,
Vigia - RJ
Explosão de bomba deixada por uma organização comunista
nunca identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que
extinguiu a UNE e a UBES. No Cine Bruni, Flamengo, com seis feridos graves e 1
morto
2 - 27/03/65- Carlos Argemiro Camargo, Sargento do Exército - Paraná
2 - 27/03/65- Carlos Argemiro Camargo, Sargento do Exército - Paraná
Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de
Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-coronel Jeffersom Cardim de
Alencar Osorio. Camargo foi morto a tiros. Sua mulher estava grávida de sete
meses.
3 - 25/07/66 - Edson Régis de Carvalho, Jornalista - PE
3 - 25/07/66 - Edson Régis de Carvalho, Jornalista - PE
Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes,
com 17 feridos e 2 mortos. Ver próximo nome.
4 - 25/07/66 - Nelson Gomes Fernandes, almirante - PE
Morto no mesmo atentado citado no item 3. Além das duas
vítimas fatais, ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do
Exército Sylvio Ferreira da Silva. Além de fraturas expostas, teve amputados
quatro dedos da mão esquerda. Sebastião Tomaz de Aquino, guarda civil, teve a perna direita amputada.
5 - 28/09/66 - Raimundo de Carvalho Andrade - Cabo da PM, GO
Morto durante uma tentativa de desocupação do Colégio
Estadual Campinas, em Goiânia, que havia sido ocupado por estudantes de
esquerda. O grupo de soldados convocado para a tarefa era formado por
burocratas, cozinheiros etc. Estavam armados com balas de festim. Andrade, que
era alfaiate da Polícia Militar, foi morto por uma bala de verdade disparada de
dentro da escola.
6 - 24/11/67 - José Gonçalves Conceição (Zé Dico) -
fazendeiro - SP
Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala
Marighella, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio. Zé
Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros.
O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois
tiros nas costas.
7 - 15/12/67 - Osíris Motta Marcondes, bancário - SP
Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco
Mercantil, do qual era o gerente.
8 - 10/01/68 - Agostinho Ferreira Lima - Marinha Mercante -
Rio Negro/AM
No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio
Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes, “Dr.
Ramon”, que, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN).
Neste ataque, Agostinho Ferreira Lima
foi ferido gravemente, vindo a morrer no dia 10/01/68.
9 - 31/05/68 - Ailton de Oliveira, guarda Penitenciário - RJ
O Movimento Armado Revolucionário (MAR) montou uma ação para
libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito
(RJ) e que, uma vez libertados, deveriam seguir para a região de Conceição de
Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No
dia 26/05/68, o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária
Natersa Passos, num pacote, três revólveres calibre 38. Às 17h30, teve início a
fuga. Os terroristas foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de
Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Foram feridos, e Ailton morreu no dia 31/05/68.
Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light João Dias Pereira, que se
encontrava na calçada da penitenciária. O autor dos disparos que atingiram o
guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani
10 - 26/06/68- Mário
Kozel Filho - Soldado do Exército - SP
No dia 26/06/68, Kozel atua como sentinela do Quartel
General do II Exército. Às 4h30, um tiro é disparado por um outro soldado
contra uma camioneta que, desgovernada, tenta penetrar no quartel. Seu
motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o
portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o
mesmo veículo, que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do
seu posto e corre em direção ao carro para ver se havia alguém no seu interior.
Havia uma carga com 50 quilos de dinamite, que, segundos depois, explode. O
corpo de Kozel é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e
Edson Roberto Rufino ficam muito feridos. É mais um ato terrorista da
organização chefiada por Lamarca, a VPR. Participaram do crime os terroristas
Diógenes José de Carvalho Oliveira, Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava,
Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos
Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo
Tavares de Lima e Silva. Ah, sim: a família de Lamarca recebeu indenização. De
Kozel, quase ninguém mais se lembra.
11 - 27/06/68 - Noel de Oliveira Ramos - civil - RJ
Morto com um tiro no coração em conflito na rua. Estudantes
distribuíam, no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra
as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas. Gessé Barbosa de
Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como “Juliano” ou “Julião”,
infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os
estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que
fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o
engraxate Olavo Siqueira.
12- 27/06/68 - Nelson de Barros - Sargento PM - RJ
No dia 21/06/68, conhecida como a “Sexta-Feira Sangrenta”,
realizou-se no Rio uma passeata contra o regime militar. Cerca de 10.000
pessoas ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas,
saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia
Militar. No fim da noite, pelo menos 10 mortos e centenas de feridos. Entre
estes, estava o sargento da PM Nelson de Barros, que morreu no dia 27.
13 - 01/07/68 - Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von
Westernhagen - major do Exército Alemão - RJ
Morto no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e
Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter
sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che
Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou,
João Lucas Alves e um terceiro não-identificado. Todos pertenciam à organização
terrorista COLINA- Comando de Libertação Nacional.
14 - 07/09/68 - Eduardo Custódio de Souza - Soldado PM - SP
Morto com sete tiros por terroristas de uma organização não
identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo.
15 - 20/09/68 - Antônio
Carlos Jeffery - Soldado PM - SP
Morto a tiros quando de sentinela no quartel da então Força Pública de São
Paulo (atual PM) no Barro Branco. Organização terrorista que praticou o
assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária. Assassinos: Pedro Lobo de
Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente
conhecido como “Diógenes do PT”, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS.
16- 12/10/68 - Charles Rodney Chandler - Cap. do Exército
dos Estados Unidos - SP
Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o
Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início
de outubro de 68, um “Tribunal Revolucionário”, composto pelos dirigentes da
VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari),
João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Maneco) e Ladislas Dowbor (Jamil),
condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente da CIA”. Os
levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados por Dulce de Souza
Maia (Judite). Quando retirava seu carro das garagem para seguir para a
Faculdade, Chandler foi assassinado com 14 tiros de metralhadora e vários tiros
de revólver, na frente da sua mulher,
Joan, e de seus 3 filhos. O grupo de
execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira (Getúlio),
Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz
de Carvalho (Marquito).
17 - 24/10/68 - Luiz Carlos Augusto - civil - RJ
Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil.
18 - 25/10/68 - Wenceslau Ramalho Leite - civil - RJ
Morto, com quatro tiros de pistola Luger 9mm durante o roubo
de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto
da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire (Ruivo ou Wilson), ambos
integrantes da organização terrorista COLINA (Comando de Libertação Nacional).
19 - 07/11/68 - Estanislau Ignácio Correia - Civil - SP
Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio
dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular
Revolucionária(VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos
Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.
TODAS AS VITIMAS DOS TERRORISTAS APOS O AI-5
20 - 07/01/69 - Alzira Baltazar de Almeida - dona de casa - Rio de Janeiro/RJ
Uma bomba jogada por terroristas embaixo de uma viatura
policia, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou
Alzira, que passava pela rua
21 - 11/01/69 - Edmundo Janot - Lavrador - Rio de Janeiro / RJ
Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de
terroristas que haviam montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua fazenda.
22 - 29/01/69 - Cecildes Moreira de Faria - Subinspetor de Polícia - BH/ MG
23 - 29/01/69 - José
Antunes Ferreira - guarda civil-BH/MG
Policiais chegaram a um “aparelho” do Comando de Libertação
Nacional (Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo. Foram
recebidos por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da
Silva , “Cesar’ ou “Miranda”, que mataram o subinspetor Cecildes Moreira da
Silva (ver acima), que deixou viúva e oito filhos menores. Ferreira também
morreu. Além do assassino, foram presos os seguintes terroristas: Afonso Celso L.Leite (Ciro), Mauricio
Vieira de Castro (Carlos), Nilo Sérgio Menezes Macedo, Júlio Antonio
Bittencourt de Almeida (Pedro), Jorge Raimundo Nahas (Clovis ou Ismael) e Maria José de Carvalho Nahas
(Celia ou Marta). No interior do “aparelho”, foram apreendidos 1 fuzil FAL, 5
pistolas, 3 revólveres, 2 metralhadoras, 2 carabinas, 2 granadas de mão, 702
bananas de dinamite, fardas da PM e dinheiro de assaltos.
24 - 14/04/69 - Francisco Bento da Silva - motorista - SP
Morto durante um assalto, praticado pela Ala Vermelha do PC
do B ao carro pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do
Sul, na Alameda Barão de Campinas, quando foram roubados vinte milhões de
cruzeiros. Participaram desta ação os seguintes terroristas: Élio Cabral de
Souza, Derly José de Carvalho, Daniel José de Carvalho, Devanir José de
Carvalho, James Allen Luz, Aderval Alves Coqueiro, Lúcio da Costa Fonseca,
Gilberto Giovanetti, Ney Jansen Ferreira Júnior, Genésio Borges de Melo e
Antônio Medeiros Neto
25 - 14/04/69 - Luiz Francisco da Silva - guarda bancário
-SP
Também Morto durante o assalto acima relatado.
26 - 08/05/69 - José de Carvalho - Investigador de Polícia
- SP
Atingido com um tiro na boca durante um assalto ao União de
Bancos Brasileiros, em Suzano, no dia 07 de maio, vindo a falecer no dia
seguinte. Nessa ação, os terroristas feriram, também, Antonio Maria Comenda
Belchior e Ferdinando Eiamini. Participaram os seguintes terroristas da Ação
Libertadora Nacional (ALN): Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Takao
Amano, Ney da Costa Falcão, Manoel Cyrilo de Oliveira Neto e João Batista
Zeferino Sales Vani. Takao Amano foi
baleado na coxa e operado, em um “aparelho médico” por Boanerges de Souza
Massa, médico da ALN.
27 - 09/05/69 - Orlando Pinto da Silva - Guarda Civil - SP
Morto com dois tiros, um na nuca e outro na testa,
disparados por Carlos Lamarca, durante assalto ao Banco Itaú, na rua
Piratininga, Bairro da Mooca. Na ocasião também foi esfaqueado o gerente do
Banco, Norberto Draconetti. Organização responsável por esse assalto: Vanguarda
Popular Revolucionária (VPR).
28 - 27/05/69 - Naul José Montovani - Soldado PM - SP
Em 27/05/69 foi realizada uma ação contra o 15º Batalhão da
Força Pública de São Paulo, atual PMESP, na Avenida Cruzeiro do Sul, SP/SP. Os
terroristas Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Carlos Eduardo Pires
Fleury, Maria Aparecida Costa, Celso Antunes Horta e Ana Maria de Cerqueira César
Corbusier metralharam o soldado Naul José Montovani, que estava de sentinela e
que morreu instantaneamente. O soldado Nicário Conceição Pulpo, que correu ao
local ao ouvir os disparos, foi gravemente ferido na cabeça, tendo ficado
paralítico.
29 - 04/06/69 -
Boaventura Rodrigues da Silva - Soldado PM - SP
Morto por terroristas durante assalto ao Banco Tozan.
30 - 22/06/69 - Guido Boné - soldado PM - SP
Morto por militantes da ALN que atacaram e incendiaram a
rádio-patrulha RP 416, da então Força Pública de São Paulo, hoje Polícia
Militar, matando os seus dois ocupantes, os soldados Guido Bone e Natalino
Amaro Teixeira, roubando suas armas.
31 - 22/06/69 - Natalino Amaro Teixeira - Soldado PM - SP
Morto por militantes da ALN na ação acima relatada.
32 - 11/07/69 - Cidelino Palmeiras do Nascimento - Motorista
de táxi - RJ
Morto a tiros quando conduzia, em seu carro, policiais que
perseguiam terroristas que haviam assaltado o Banco Aliança, agência Muda.
Participaram deste assassinato os terroristas Chael Charles Schreier, Adilson
Ferreira da Silva, Fernando Borges de Paula Ferreira, Flávio Roberto de Souza,
Reinaldo José de Melo, Sônia Eliane Lafóz e o autor dos disparos Darci
Rodrigues, todos pertencentes a organização terrorista VAR-Palmares.
33 - 24/07/69 - Aparecido dos Santos Oliveira - Soldado PM -
SP
O Banco Bradesco, na rua Turiassu, no Bairro de Perdizes,
foi assaltado por uma frente de grupos de esquerda. Foram roubados sete milhões
de cruzeiros. Participaram da ação:
- Pelo Grupo de Expropriação e Operação: Devanir José de
Carvalho, James Allen Luz, Raimundo Gonçalves de Figueiredo, Ney Jansen
Ferreira Júnior, José Couto Leal;
- Pelo Grupo do Gaúcho: Plínio Petersen Pereira, Domingos
Quintino dos Santos, Chaouky Abara;
- Pela VAR-Palmares: Chael Charles Schreier, Roberto Chagas
e Silva, Carmem Monteiro dos Santos Jacomini e Eduardo Leite.
Raimundo Gonçalves Figueiredo baleou o soldado Oliveira. Já
caído, ele recebeu mais quatro tiros disparados por Domingos Quintino dos
Santos.
34 - 20/08/69 - José Santa Maria - Gerente de Banco - RJ
Morto por terroristas que assaltaram o Banco de Crédito Real
de Minas Gerais, do qual era gerente
35 - 25/08/69 - Sulamita Campos Leite - dona de casa, PA
Parente do terrorista Flávio Augusto Neves Leão Salles.
Morta na casa dos Salles, em Belém, ao detonar, por inadvertência ,uma carga de
explosivos escondida pelo terrorista
36 - 31/08/69 - Mauro Celso Rodrigues - Soldado PM - MA
Morto quando procurava impedir a luta entre proprietários e
posseiros, incitada por movimentos subversivos.
37 - 03/09/69 - José Getúlio Borba - Comerciário - SP
Os terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN) Antenor
Meyer, José Wilson Lessa Sabag, Francisco José de Oliveira e Maria Augusta
Tomaz resolveram comprar um gravador na loja Lutz Ferrando, na esquina da
Avenida Ipiranga com a Rua São Luis. O pagamento seria feito com um cheque
roubado num assalto. Descobertos, receberam voz de prisão e reagiram. Na troca
de tiros, o guarda civil João Szelacsak Neto ficou ferido com um tiro na coxa,
e o funcionário da loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente ferido.
Perseguidos pela polícia, o terrorista José Wilson Lessa Sabag matou a tiros o
soldado da Força Pública (atual PM) João Guilherme de Brito.
38 - 03/09/69 - João Guilherme de Brito - Soldado da Força
Pública/SP
Morto na ação acima narrada.
39 - 20/09/69 - Samuel Pires - Cobrador de ônibus - SP
Morto por terroristas quando assaltavam uma empresa de
ônibus.
40 - 22/09/69 - Kurt Kriegel - Comerciante - Porto Alegre/RS
Comerciante Kurt Kriegel, morto pela Var-Palmates em Porto Alegre.
41 - 30/09/69 - Cláudio Ernesto Canton - Agente da Polícia
Federal - SP
Após ter efetuado a prisão de um terrorista, foi atingido na
coluna vertebral, vindo a falecer em conseqüência desse ferimento.
42 - 04/10/69 - Euclídes de
Paiva Cerqueira - Guarda particular - RJ
Morto por terroristas durante assalto ao carro transportador
de valores do Banco Irmãos Guimarães
43 - 06/10/69 - Abelardo Rosa Lima - Soldado PM - SP
Metralhado por terroristas numa tentativa de assalto ao
Mercado Peg-Pag. Autores: Devanir José de Carvalho (Henrique) , Walter
Olivieri, Eduardo Leite (Bacuri), Mocide Bucherone e Ismael Andrade dos Santos.
Organizações Terroristas: REDE (Resistência Democrática) e MRT (Movimento
Revolucionário Tiradentes).
44 - 07/10/69 - Romildo Ottenio - Soldado PM - SP
Morto quando tentava prender um terrorista.
45 - 31/10/69 - Nilson José de Azevedo Lins- civil - PE
Gerente da firma Cornélio de Souza e Silva, distribuidora da
Souza Cruz, em Olinda. Foi
assaltado e morto quando ia depositar, no Banco, o dinheiro da firma.
Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário). Autores:
Alberto Vinícius Melo do Nascimento, Rholine Sonde Cavalcante Silva, Carlos
Alberto Soares e João Maurício de Andrade Baltar
46 - 04/11/69 - Estela Borges Morato - Investigadora do DOPS
- SP
Morta a tiros quando participava da operação em que morreu o
terrorista Carlos Marighela.
47 - 04/11/69 - Friederich Adolf Rohmann - Protético - SP
Morto durante a operação que resultou na morte do terrorista
Carlos Marighela.
48 - 14/11/69 - Orlando Girolo - Bancário - SP
Morto por terroristas durante assalto ao Bradesco.
49 - 17/11/69 - Joel
Nunes - Subtenente PM - RJ
Neste dia, o PCBR assaltou o Banco Sotto Maior, na Praça do
Carmo, no subúrbio carioca de Brás de Pina, de onde foram roubados cerca de 80
milhões de cruzeiros. Na fuga, obstados por uma viatura policial, surgiu um
violento tiroteio no qual Avelino Bioni Capitani matou o sargento da PM Joel
Nunes. Na ocasião, foi preso o terrorista Paulo Sérgio Granado Paranhos.
50 - 18/12/69 - Elias dos Santos - Soldado do Exército - RJ
Havia um aparelho do PCBR na rua Baronesa de Uruguaiana nº
70, no bairro de Lins de Vasconcelos. Ali, Prestes de Paula, ao fugir pelos
fundos da casa, disparou um tiro de pistola 45 contra Elias dos Santos.
51 - 17/01/70 - José Geraldo Alves Cursino - Sargento PM - São Paulo / SP
Morto a tiros por terroristas.
52 - 20/02/70 - Antônio
Aparecido Posso Nogueró -
Sargento PM - São Paulo
Morto pelo terrorista Antônio Raimundo de Lucena quando
tentava impedir um ato terrorista no Jardim Cerejeiras, Atibaia/SP.
53 - 11/03/70 - Newton de
Oliveira Nascimento - Soldado PM
- Rio de Janeiro
No dia 11/03/70, os militantes do grupo tático armado da ALN
Mário de Souza Prata, Rômulo Noronha de Albuquerque e Jorge Raimundo Júnior
deslocavam-se num carro Corcel azul, roubado, dirigido pelo último, quando
foram interceptados no bairro de Laranjeiras- RJ por uma patrulha da PM.
Suspeitando do motorista, pela pouca idade que aparentava, e verificando que
Jorge Raimundo não portava habilitação, os policiais ordenaram-lhe que entrasse
no veículo policial, junto com Rômulo Noronha Albuquerque, enquanto Mauro de
Souza Prata, acompanhado de um dos soldados, iria dirigindo o Corcel até a
delegacia mais próxima. Aproveitando-se do descuido dos policiais, que não
revistaram os detidos, Mário, ao manobrar o veículo para colocá-lo à frente da
viatura policial, sacou de uma arma e atirou, matando com um tiro na testa o
soldado da PM Newton Oliveira Nascimento, que o escoltava no carro roubado. O
soldado Newton deixou a viúva dona Luci e duas filhas menores, de quatro e dois
anos.
54 - 31/03/70 - Joaquim Melo - Investigador de Polícia -
Pernambuco
Morto por terroristas durante ação contra um “aparelho”
55 - 02/05/70 - João Batista de Souza - Guarda de Segurança
- SP
Um comando terrorista, integrado por Devanir José de
Carvalho, Antonio André Camargo Guerra, Plínio Petersen Pereira, Waldemar Abreu
e José Rodrigues Ângelo, pelo Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), e mais
Eduardo Leite (Bacuri), pela Resistência Democrática (REDE), assaltaram a
Companhia de Cigarros Souza Cruz, no Cambuci/SP. Na ocasião Bacuri assassinou o
guarda de segurança João Batista de Souza.
56 - 10/05/70 -
Alberto Mendes Junior- 1º Tenente PM - SP
Esta é uma das maiores expressões da covardia e da violência
de que era capaz o terrorista Carlos Lamarca. No dia 08/05/70, 7 terroristas,
chefiados por ele, estavam numa pick-up e pararam num posto de gasolina em Eldorado Paulista. Foram
abordados por policiais e reagiram a bala, conseguindo fugir. Ciente do
ocorrido, o Tenente Mendes organizou uma patrulha. Em duas viaturas, dirigiu-se
de Sete Barras para Eldorado Paulista. Por volta das 21h, houve o encontro com
os terroristas, que estavam armados com fuzis FAL, enquanto os PMs portavam o
velho fuzil Mauser modelo 1908. Em nítida desvantagem bélica, vários PMs foram
feridos, e o Tenente Mendes verificou que diversos de seus comandados estavam
necessitando de urgentes socorros médicos. Julgando-se cercado, Mendes aceitou
render-se desde que seus homens pudessem receber o socorro necessário. Tendo os
demais componentes da patrulha permanecido como reféns, o Tenente levou os
feridos para Sete Barras.
De madrugada, a pé e sozinho, Mendes buscou contato com os
terroristas, preocupado que estava com o restante de seus homens. Encontrou
Lamarca, que decidiu seguir com seus companheiros e com os prisioneiros para
Sete Barras. Ao se aproximarem dessa localidade, foram surpreendidos por um
tiroteio, ocasião em que dois terroristas - Edmauro Gopfert e José Araújo
Nóbrega - desgarraram-se do grupo, e os cinco terroristas restantes
embrenharam-se no mato, levando junto o Tenente Mendes. Depois de caminharem um
dia e meio na mata, os terroristas e o tenente pararam para descansar. Carlos
Lamarca, Yoshitame Fujimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram
um “tribunal revolucionário”, que resolveu assassinar o Tenente Mendes. Os
outros dois, Ariston Oliveira Lucena e
Gilberto Faria Lima, ficaram vigiando o prisioneiro.
Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram.
Yoshitame Fujimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha de
um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e se
contorcia em
dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes
na cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao
lado da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado. Em 08/09/70,
Ariston Lucena foi preso pelo DOI-CODI e apontou o local onde o tenente estava
enterrado.
57 - 11/06/70 - Irlando de Moura Régis - Agente da Polícia
Federal - RJ
Foi assassinado durante o seqüestro do embaixador da
Alemanha, Ehrendfried Anton Theodor Ludwig Von Holleben. A operação foi
executada pelo Comando Juarez Guimarães de Brito. Participaram Jesus Paredes
Soto, José Maurício Gradel, Sônia Eliane Lafóz, José Milton Barbosa, Eduardo
Coleen Leite (Bacuri), que matou Irlando, Herbert Eustáquio de Carvalho, José
Roberto Gonçalves de Rezende, Alex Polari de Alverga e Roberto Chagas da Silva.
58 - 15/07/70 - Isidoro Zamboldi - segurança - SP
Morto pela terrorista Ana Bursztyn durante assalto à loja
Mappin.
59 - 12/08/70 - Benedito Gomes - Capitão do Exército - SP
Morto por terroristas, no interior do seu carro, na Estrada
Velha de Campinas.
60 - 19/08/70 - Vagner Lúcio Vitorino da Silva - Guarda de
segurança - RJ
Morto durante assalto do Grupo Tático Armado da organização
terrorista MR-8 ao Banco Nacional de Minas Gerais, no bairro de Ramos. Sônia
Maria Ferreira Lima foi quem fez os disparos que o mataram. Participaram,
também, dessa ação os terroristas Reinaldo Guarany Simões, Viriato Xavier de
Melo Filho e Benjamim de Oliveira Torres Neto, os dois últimos recém-chegados
do curso em Cuba.
61 - 29/08/70 - José Armando Rodrigues - Comerciante - CE
Proprietário da firma Ibiapaba Comércio Ltda. Após ter sido
assaltado em sua loja, foi seqüestrado, barbaramente torturado e morto a tiros
por terroristas da ALN. Após seu assassinato, seu carro foi lançado num
precipício na serra de Ibiapaba, em São Benedito, CE. Autores: Ex-seminaristas
Antônio Espiridião Neto e Waldemar Rodrigues Menezes (autor dos disparos), José
Sales de Oliveira, Carlos de Montenegro Medeiros, Gilberto Telmo Sidney
Marques, Timochenko Soares de Sales e Francisco William.
62 - 14/09/70 - Bertolino Ferreira da Silva - Guarda de
segurança - SP
Morto durante assalto praticado pelas organizações
terroristas ALN e MRT ao carro pagador da empresa Brinks, no Bairro do Paraíso em são Paulo.
63 - 21/09/70 - Célio Tonelly - soldado da PM - SP
Morto em Santo André. Quando de serviço em uma
rádio-patrulha, tentou deter terroristas que ocupavam um automóvel.
64 - 22/09/70 - Autair Macedo - Guarda de segurança - RJ
Morto por terroristas, durante assalto a empresa de ônibus
Amigos Unidos
65 - 27/10/70 - Walder Xavier de Lima - Sargento da
Aeronáutica - BA
Morto quando, ao volante de uma viatura, conduzia
terroristas presos, em
Salvador. O assassino, Theodomiro Romeiro dos Santos (Marcos)
o atingiu com um tiro na nuca. Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro
Revolucionário).
66 - 10/11/70 - José Marques do Nascimento - civil - SP
Morto por terroristas que trocavam tiros com a polícia.
67 - 10/11/70 - Garibaldo de Queiroz - Soldado PM - SP
Morto em confronto com terroristas da VPR (Vanguarda Popular
Revolucionária) que faziam uma panfletagem armada na Vila Prudente, São Paulo.
68 - 10/11/70 - José Aleixo Nunes - soldado PM - SP
Também morto na ocorrência relatada acima.
69 - 10/12/70 - Hélio de Carvalho Araújo - Agente da Polícia
Federal - RJ
No dia 07/12, o embaixador da Suíça no Brasil, Giovanni
Enrico Bucher, foi seqüestrado pela VPR. Participaram da operação os
terroristas Adair Gonçalves Reis, Gerson Theodoro de Oliveira, Maurício
Guilherme da Silveira, Alex Polari de Alverga, Inês Etienne Romeu, Alfredo
Sirkis, Herbert Eustáquio de Carvalho e Carlos Lamarca. Após interceptar o
carro que conduzia o Embaixador, Carlos Lamarca bateu com um revólver
Smith-Wesson, cano longo, calibre 38, no vidro do carro. Abriu a porta traseira
e, a uma distância de dois metros, atirou, duas vezes contra o agente Hélio. Os
terroristas levaram o embaixador e deixaram o agente agonizando. Transferido
para o hospital Miguel Couto, morreu no dia 10/12/70.
70 - 07/01/71 - Marcelo Costa Tavares - Estudante - MG
Morto por terroristas durante um assalto ao Banco Nacional
de Minas Gerais.
Autor dos disparos: Newton Moraes.
71 - 12/02/71 - Américo Cassiolato - Soldado PM - São Paulo
Morto por terroristas em Pirapora do Bom Jesus.
72 - 20/02/71 - Fernando Pereira - Comerciário - Rio de
Janeiro
Morto por terroristas quando tentava impedir um assalto ao
estabelecimento “Casa do Arroz”, do qual era gerente.
73 - 08/03/71 - Djalma Peluci Batista - Soldado PM - Rio de
Janeiro
Morto por terroristas, durante assalto ao Banco do Estado do
Rio de Janeiro.
74 - 24/03/71 - Mateus Levino dos Santos - Tenente da FAB -
Pernambuco
O PCBR necessitava roubar um carro para participar do
seqüestro do cônsul norte-americano, em Recife. No
dia 26/06/70, o grupo decidiu roubar um Fusca, estacionado em Jaboatão dos
Guararapes, na Grande Recife, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica. Ao
tentarem render o motorista, descobriram tratar-se de um tenente da
Aeronáutica. Carlos Alberto disparou dois tiros contra o militar: um na cabeça
e outro no pescoço. Depois de nove meses de intenso sofrimento, morreu no dia
24 de março de 1971, deixando viúva e duas filhas menores. O imprevisto levou o
PCBR a desistir do seqüestro.
75 - 04/04/71 - José Julio Toja Martinez - Major do Exército
- Rio de Janeiro
No início de abril, a Brigada Pára-Quedista recebeu uma
denúncia de que um casal de terroristas ocupara uma casa localizada na rua
Niquelândia, 23, em Campo
Grande/RJ. Não desejando passar esse informe à 2ª Seção do
então I Exército, sem aprofundá-lo, a 2ª Seção da Brigada, chefiada pelo major
Martinez, montou um esquema de vigilância da casa. Por volta das 23h, chega um
casal de táxi. A mulher ostentava uma volumosa barriga, sugerindo gravidez.
O major Martinez acabara de concluir o curso da Escola de
Comando e Estado-Maior do Exército, onde, por três anos, exatamente o período
em que a guerra revolucionária se desenvolvera, estivera afastado desses
problemas em função da própria vida escolar bastante intensa. Estagiário na
Brigada de Pára-Quedista, a quem também não estava afeta a missão de combate à
subversão, não se havia habituado à virulência da ação terrorista.
Julgando que o casal nada tinha a ver com a subversão,
Martinez iniciou a travessia da rua, a fim de solicitar-lhe que se afastasse
daquela área. Ato contínuo, da barriga, formada por uma cesta para pão com uma
abertura para saque da arma ali escondida, a “grávida” retirou um revólver,
matando-o antes que pudesse esboçar qualquer reação. O capitão Parreira, de sua
equipe, ao sair em sua defesa, foi gravemente ferido por um tiro desferido pelo
terrorista. Nesse momento, os demais agentes desencadearam cerrado tiroteio,
que causou a morte do casal de terroristas. Eram os militantes do MR-8 Mário de
Souza Prata e Marilena Villas-Bôas Pinto, responsáveis por uma extensa lista de
atos terroristas. No “aparelho” do
casal, foram encontrados explosivos, munição e armas, além de dezenas de
levantamentos de bancos, de supermercados, de diplomatas estrangeiros e de
generais do Exército. Martinez deixou viúva e quatro filhos, três meninas e um
menino, a mais velha, à época, com 11 anos.
76 - 07/04/71 - Maria Alice Matos - Empregada doméstica -
Rio de Janeiro
Morta por terroristas quando do assalto a um depósito de
material de construção.
77 - 15/04/71 - Henning Albert Boilesen - (Industrial - São
Paulo)
Quando da criação da Operação Bandeirante, o então
comandante do II Exército, general Canavarro, reuniu-se com o governador do
Estado de São Paulo, com várias autoridades federais, estaduais, municipais e
com industriais paulistas para solicitar o apoio para um órgão que necessitava
ser criado com rapidez, a fim de fazer frente ao crescente terrorismo que
estava em curso no estado de São Paulo. Assim, vários industriais, entre eles
Boilesen, se cotizaram para atender ao pedido daquela autoridade militar. Por
de3cisão de Lamarca, Boilesen, um dinamarquês naturalizado brasileiro, foi
assassinado. Participaram da ação os terroristas Yuri Xavier Pereira, Joaquim
Alencar Seixas, José Milton Barbosa, Dimas Antonio Casimiro e Antonio Sérgio de
Matos. No relatório escrito por Yuri, e
apreendido pela polícia, aparecem as frases “durante a fuga trocávamos olhares
de contentamento e satisfação. Mais uma vitória da Revolução Brasileira”.
Vários carros e casas foram atingidos por projéteis. Duas mulheres foram
feridas. Sobre o corpo de Boilesen, atingido por 19 tiros, panfletos da ALN e
do MRT, dirigidos “Ao Povo Brasileiro”, traziam a ameaça: “Como ele, existem
muitos outros e sabemos quem são. Todos terão o mesmo fim, não importa quanto
tempo demore; o que importa é que eles sentirão o peso da JUSTIÇA
REVOLUCIONÁRIA. Olho por olho, dente por dente”.
78 - 10/05/71 -
Manoel da Silva Neto - Soldado PM - SP
Morto por terroristas durante assalto à Empresa de
Transporte Tusa.
79 - 14/05/71 - Adilson Sampaio - Artesão - RJ
Morto por terroristas durante assalto às lojas Gaio Marti.
80 - 09/06/71 - Antônio Lisboa Ceres de Oliveira - Civil -
RJ
Morto por terroristas durante assalto à boate Comodoro
81 - 01/07/71 - Jaime Pereira da Silva - Civil - RJ
Morto por terroristas na varanda de sua casa durante
tiroteio entre terroristas e policiais.
82 - 02/09/71 - Gentil Procópio de Melo -Motorista de praça
- PE
A organização terrorista denominada Partido Comunista
Revolucionário determinou que um carro fosse roubado para realizar um assalto.
Cumprindo a ordem recebida, o terrorista José Mariano de Barros tomou um táxi
em Madalena, Recife. Ao chegar ao Hospital das Clínicas, quando fingia que ia
pagar a corrida, apareceram seus comparsas, Manoel Lisboa de Moura e José
Emilson Ribeiro da Silva, que se aproximaram do veículo. Emilson matou Procópio
com dois tiros.
83 - 02/09/71 - Jayme Cardenio Dolce - Guarda de segurança -
RJ
Assassinado pelos terroristas Flávio Augusto Neves Leão
Salles, Hélio Pereira Fortes, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurora Maria do
Nascimento Furtado, Sônia Hipólito e Isis Dias de Oliveira, durante assalto à
Casa de Saúde Dr. Eiras.
84 - 02/09/71 - Silvâno Amâncio dos Santos - Guarda de
segurança - RJ
Assassinado na operação relatada acima.
85 - 02/09/71 - Demerval Ferreira dos Santos - Guarda de
segurança - RJ
Assassinado na operação relatada no item 83
86 - –/10/71 - Alberto da Silva Machado - Civil - RJ
Morto por terroristas durante assalto à Fábrica de Móveis
Vogal Ltda, da qual era um dos proprietários.
87 - 22/10/71 - José do Amaral - Sub-oficial da reserva da
Marinha - RJ
Morto por terroristas da VAR-PALMARES e do MR-8 durante
assalto a um carro transportador de valores da Transfort S/A. Foram feridos o
motorista Sérgio da Silva Taranto e os guardas Emílio Pereira e Adilson Caetano
da Silva.
Autores: James Allen Luz (Ciro), Carlos Alberto Salles
(soldado), Paulo Cesar Botelho Massa, João Carlos da Costa.
88 - 01/11/71 - Nelson Martinez Ponce - Cabo PM - SP
Metralhado por Aylton Adalberto Mortati durante um atentado
praticado por cinco terroristas do MOLIPO (Movimento de Libertação Popular)
contra um ônibus da Empresa de Transportes Urbano S/A, em Vila Brasilândia,
São Paulo
89 - 10/11/71 - João Campos - Cabo PM - SP
Morto na estrada de Pindamonhangaba, ao interceptar um carro
que conduzia terroristas armados.
90 - 22/11/71 - José Amaral Vilela - Guarda de
segurança - RJ
Neste dia os terroristas Sérgio Landulfo Furtado, Norma Sá
Ferreira, Nelson Rodrigues Filho, Paulo Roberto Jabour, Thimothy William Watkin
Ross e Paulo Costa Ribeiro Bastos assaltaram um carro-forte da firma Transfort,
na Estrada do Portela, em Madureira.
91 - 27/11/71 - Eduardo Timóteo Filho - Soldado PM - RJ
Morto por terroristas, durante assalto contra as Lojas Caio
Marti.
92 - 13/12/71 - Hélio Ferreira de Moura - Guarda de
Segurança - RJ
Morto, por terroristas, durante assalto contra um carro
transportador de valores da Brink’s, na Via Dutra.
93 - 18/01/72 - Tomaz Paulino de Almeida - Sargento PM - São
Paulo / SP
Morto a tiros de metralhadora no bairro Cambuci quando um
grupo terrorista roubava o seu carro. Autores do assassinato: João Carlos
Cavalcante Reis, Lauriberto José Reyes e Márcio Beck Machado, todos integrantes
do Molipo.
94 - 20/01/72 - Sylas Bispo Feche - Cabo PM São Paulo / SP
O cabo Sylas Bispo Feche integrava uma Equipe de Busca e
Apreensão do DOI/CODI/II Exército. Sua equipe executava uma ronda quando um carro VW, ocupado por
duas pessoas, cruzou um sinal fechado quase atropelando uma senhora que
atravessava a rua com uma criança no colo. A sua equipe saiu em perseguição ao
carro suspeito, que foi interceptado. Ao tentar aproximar-se para pedir os
documentos dos dois ocupantes do veículo, o cabo Feche foi metralhado. Dois
terroristas, membros da ALN, morreram.
95 - 25/01/72 - Elzo Ito - Estudante - São Paulo / SP
Aluno do Centro de Formação de Pilotos Militares, foi morto
por terroristas que roubaram seu carro.
96 - 01/02/72 - Iris do Amaral - Civil - Rio de Janeiro
Morto durante um tiroteio entre terroristas da ALN e
policiais. Ficaram feridos nesta ação os civis Marinho Floriano Sanches, Romeu
Silva e Altamiro Sinzo. Autores: Flávio Augusto Neves Leão Salles (”Rogério”,
“Bibico”) e Antônio Carlos Cabral Nogueira (”Chico”, “Alfredo”.)
97 - 05/02/72 - David A. Cuthberg - Marinheiro inglês - Rio
de Janeiro
A respeito desse assassinato, sob o título “REPULSA”, o
jornal “O Globo” publicou:
“Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg que, na madrugada de sábado,
tomou um táxi com um companheiro para conhecer o Rio, nos seus aspectos mais
alegres. Ele aqui chegara como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para
comemorar os 150 anos de Independência do Brasil. Uma rajada de metralhadora
tirou-lhe a vida, no táxi que se encontrava. Não teve tempo para perceber o que
ocorria e, se percebesse, com certeza não poderia compreender. Um terrorista,
de dentro de outro carro, apontara friamente a metralhadora antes de desenhar
nas suas costas o fatal risco de balas, para, logo em seguida, completar a
infâmia, despejando sobre o corpo, ainda palpitante, panfletos em que se
mencionava a palavra liberdade. Com esse crime repulsivo, o terror quis apenas
alcançar repercussão fora de nossas fronteiras para suas atividades, procurando
dar-lhe significação de atentado político contra jovem inocente, em troca da
publicação da notícia num jornal inglês. O terrorismo cumpre, no Brasil, com
crimes como esse, o destino inevitável dos movimentos a que faltam motivação
real e consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de não
ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se exprime o alto grau de
degeneração dessas reduzidas maltas de assassinos gratuitos”.
A ação criminosa foi praticada pelos seguintes terroristas,
integrantes de uma frente formada por três organizações comunistas:
- ALN - Flávio Augusto Neves Leão Salles (”Rogério”,
“Bibico”), que fez os disparos com a metralhadora, Antônio Carlos Nogueira
Cabral (”Chico”, “Alfredo”), Aurora Maria Nascimento Furtado (”Márcia”,
“Rita”), Adair Gonçalves Reis(”Elber”, “Leônidas”, “Sorriso”);
- VAR-PALMARES - Lígia Maria Salgado da Nóbrega (”Ana”,
“Célia”, “Cecília”), que jogou dentro do táxi os panfletos que falavam em
vingança contra os “Imperialistas Ingleses”; Hélio Silva (”Anastácio”,
“Nadinho”), Carlos Alberto Salles(”Soldado”);
- PCBR - Getúlio de Oliveira Cabral(”Gogó”, “Soares”,
“Gustavo”)
98 - 15/02/72 - Luzimar Machado de Oliveira - Soldado PM -
Goiás
O terrorista Arno Preiss encontrava-se na cidade de Paraiso
do Norte, que estava incluída no esquema de trabalho de campo do MOLIPO. Usava
o nome falso de Patrick McBundy Comick. Arno tentou entrar com sua documentação
falsa no baile carnavalesco do clube social da cidade. Sua documentação
levantou suspeita nos policiais, que o convidaram a comparecer à delegacia
local. Ao deixar o clube, julgando-se desmascarado, Arno sacou seu revólver e
disparou à queima roupa contra os policiais, matando o PM Luzimar Machado de
Oliveira e ferindo gravemente o outro PM que o conduzia, Gentil Ferreira Mano.
Acabou morto.
99 - 18/02/72 - Benedito Monteiro da Silva - Cabo PM - São
Paulo
Morto quando tentava evitar um assalto terrorista a uma agencia
bancária em Santa Cruz
do Rio Pardo.
100 - 27/02/72 - Napoleão Felipe Bertolane Biscaldi - Civil
- São Paulo
Morto durante um tiroteio entre os terroristas Lauriberto
José Reyes e José Ibsem Veroes com policiais, na rua Serra de Botucatu, no
bairro Tatuapé. Nesta ação, um policial foi ferido a tiros de metralhadoras por
Lauriberto. Os dois terroristas morreram no local.
101 - 06/03/72 - Walter César Galleti - Comerciante - São
Paulo
Terroristas da ALN assaltaram a firma F. Monteiro S/A. Após
o assalto, fecharam a loja, fizeram um discurso subversivo e assassinaram o
gerente Walter César Galetti e feriram o subgerente Maurílio Ramalho e o
despachante Rosalindo Fernandes.
102 - 12/03/72 -
Manoel dos Santos - Guarda de Segurança - São Paulo
Morto durante assalto terrorista à fábrica de bebidas Charel
Ltda.
103 - 12/03/72 -
Aníbal Figueiredo de Albuquerque - Coronel R1 do Exército - São Paulo
Morto durante assalto à fábrica de bebidas Charel Ltda., da
qual era um dos proprietários
104 - 08/05/72 - Odilo Cruz Rosa - Cabo do Exército - PA
Morto na região do Araguaia quando uma equipe comandada por
um tenente e composta ainda, por dois sargentos e pelo Cabo Rosa foram
emboscados por terroristas comandados por Oswaldo Araújo Costa, o “Oswaldão”,
na região de Grota Seca, no Vale da Gameleira. Neste tiroteio foi morto o Cabo
Rosa e feridos o Tenente e um Sargento.
105 - 02/06/72 - Rosendo - Sargento PM - SP
Morto ao interceptar 04 terroristas que assaltaram um bar e
um carro da Distribuidora de Cigarros Oeste LTDA.
106 - 29/06/72 - João Pereira - Mateiro-região do Araguaia -
PA
“Justiçado exemplarmente” pelo PC do B por ter servido de
guia para as forças legais que combatiam os guerrilheiros. A respeito, Ângelo
Arroyo declarou em seu relatório: “A morte desse bate-pau causou pânico entre
os demais da zona”.
107 - 09/09/72 - Mário Domingos Panzarielo - Detetive
Polícia Civil - RJ
Morto ao tentar prender um terrorista da ALN.
108 - 23/09/72 - Mário Abraim da Silva - Segundo Sargento do
Exército - PA
Pertencia ao 2º Batalhão de Infantaria de Selva, com sede em Belém. Sua Companhia
foi deslocada para combater a guerrilha na região do Araguaia. Morto em
combate, durante um ataque guerrilheiro no lugarejo de Pavão, base do 2º
Batalhão de Selva.
109 - 27/09/72 - Sílvio Nunes Alves - Bancário - RJ
Assassinado em assalto ao Banco Novo Mundo, na Penha, pelas
organizações terroristas PCBR - ALN - VPR - Var Palmares e MR8. Autor do
assassinato: José Selton Ribeiro.
110 - –/09/72 - Osmar… - Posseiro - PA
“Justiçado” na região do Araguaia pelos guerrilheiros por
ter permitido que uma tropa de pára-quedistas acampasse em suas terras.
111 - 01/10/72 - Luiz Honório Correia - Civil - RJ
Morto por terroristas no assalto à empresa de Ônibus Barão
de Mauá
112 - 06/10/72 - Severino Fernandes da Silva - Civil - PE
Morto por terroristas durante agitação no meio rural.
113 - 06/10/72 - José Inocêncio Barreto - Civil - PE
Morto por terroristas durante agitação no meio rural.
114 - 21/02/73 - Manoel Henrique de Oliveira - Comerciante -
São Paulo
No dia 14 de junho de 1972, as equipes do DOI de São Paulo,
como já faziam há vários dias, estavam seguindo quatro terroristas da ALN que resolveram
almoçar no restaurante Varela, no bairro da Mooca. Quando eles saíram do
restaurante, receberam voz de prisão. Reagindo, desencadearam tiroteio com os
policiais. Ao final, três terroristas estavam mortos, e um conseguiu fugir.
Erroneamente, a ALN atribuiu a morte de seus três companheiros à delação de um
dos proprietários do restaurante e decidiu justiçá-lo. O comando “Aurora Maria
do Nascimento Furtado”, constituído por Arnaldo Cardoso Rocha, Francisco
Emanuel Penteado, Francisco Seiko Okama e Ronaldo Mouth Queiroz, foi
encarregado da missão e assassinou, no dia 21 de fevereiro, o comerciante
Manoel Henrique de Oliveira, que foi metralhado sem que pudesse esboçar um
gesto de defesa. Seu corpo foi coberto por panfletos da ALN, impressos no
Centro de Orientação Estudantil da USP por
interveniência do militante Paulo Frateschi.
115 - 22/02/73 - Pedro Américo Mota Garcia - Civil - Rio de
Janeiro
Por vingança, foi “justiçado” por terroristas por haver
impedido um assalto contra uma agência da Caixa Econômica Federal.
116 - 25/02/73 - Octávio Gonçalves Moreira Júnior - Delegado
de polícia - São Paulo
Com a tentativa de intimidar os integrantes dos órgãos de
repressão, um “Tribunal Popular Revolucionário” decidiu “justiçar” um membro do
DOI/CODI/II Exército. O escolhido foi o delegado de polícia Octávio Gonçalves
Moreira Júnior.
117 - 12/03/73 - Pedro Mineiro - Capataz da Fazenda Capingo
“Justiçado” por terroristas na Guerrilha do Araguaia.
118 - Francisco Valdir de Paula - Soldado do Exército-região
do Araguaia - PA
Instalado numa posse de terra, no município de Xambioá,
fazendo parte de uma rede de informações montada na área de guerrilha, foi identificado
pelos terroristas e assassinado. Seu corpo nunca foi encontrado.
119 - 10/04/74 -Geraldo José Nogueira - Soldado PM - São
Paulo
Morto numa operação de captura de terroristas.
Informações extraídas do blog de Reinaldo Azevedo, Ternuma e
A Verdade Sufocada.
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