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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O INCÊNDIO NA FAVELA DO MOINHO, AS LABAREDAS POLITICAS E OS CAFETÕES DA POBREZA ALHEIA. Se as favelas acabassem, as crianças fossem tiradas da rua, e não houvesse mais drogados seria o paraíso. Seria, também, o fim de ongs de caráter demagógico e exploradores políticos da miséria do próximo. A realidade é mais complexa do que fazem parecer os oportunistas.




O jornalista Reinaldo Azevedo sugere, e acato a idéia, que espalhem seus textos sobre o que está acontecendo na Favela do Moinho, em São Paulo. Um travesti colocou fogo no barraco para matar seu amante. Foi aí que tudo começou.

De um incêndio originado em um crime nascem labaredas políticas. Oportunistas vão ao local para bater no prefeito e fazer demagogia.

Transcrevo parte do excelente texto, e posto o link para o texto completo no fim.
A GCM foi ao local para isolar um trecho. A favela fica em parte debaixo de um viaduto que ameaça cair aos pedaços. Há risco de pessoas morrerem. Supostos lideres do pedaço entram em atrito com os guardas. Há confusão e ameaças.



...”Mal o confronto havia começado, a favela do Moinho se encheu de políticos. Foram pra lá a candidata do PPS à Prefeitura, Sônia Francine, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o deputado Adriano Diogo (PT-SP) e, ora vejam, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). A cena não poderia estar completa sem a presença do padre Júlio Lancelotti, o que sempre cai de joelhos diante de um homem humilde.

Incrível! Toda essa gente estava sem agenda, à espera, pelo visto, de um “conflito social” para ir prestar a sua solidariedade. Pergunto-me: onde andavam esses patriotas, esses amigos do povo, durante a gestão de Marta Suplicy (2001-2004). Também havia incêndio em favelas naquele tempo. Aliás, muito mais do que hoje em dia. Os números são estes:
2001 – 224
2002 – 169
2003 – 200
2004 – 185

A partir de 2005 — são dados oficiais —, caíram espantosamente as ocorrências:

Gestão Serra
2005 – 151
2006 – 156

Gestão Kassab
2007 – 120
2008 – 130
2009 – 129
2010 – 31
2011 – 79
2012 – 69

O que eu estou sugerindo? Que o fogo gosta do PT? Ainda se fosse o contrário… Não! Trabalhos de urbanização de favelas e de regularização das instalações elétricas respondem pela diminuição de ocorrências — tudo devidamente ignorado pelo noticiário.

O que faziam os petistas ontem à noite na favela do Moinho? O mesmo que faziam horas depois do incêndio, enquanto os bombeiros ainda realizavam o trabalho de rescaldo: campanha eleitoral em cima da desgraça alheia. Os barracos destruídos ainda soltavam seus fumos, e uma equipe de TV de Fernando Haddad já estava lá, filmando tudo, na certeza de que aquilo rende votos.

Há, pois, nisso um norte ético, moral mesmo: se as desgraças rendem votos ao PT, infere-se que os terá tanto mais quanto maiores elas forem. Seus partidários estavam lá, provavelmente, para acelerar a história.

Não! O partido não age assim só em São Paulo. Age assim onde quer que seja oposição. Quando, então, chega ao governo, aí usa com gosto as balas de borracha e o gás pimenta. Em nome da classe trabalhadora, do futuro e dos amanhãs que cantam!

Esse é o país do petralhas que assombra o país dos decentes, ricos ou pobres”...
Reinaldo Azevedo

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