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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

“MINHA FILHA TEM QUE MORRER. ELA É A FILHA DA VERGONHA”. Pensando assim, a mulher, de Indaiatuba (SP), mãe de oito crianças, resolveu matar uma recém-nascida. Enfiou o dedo na sua garganta, para que afogasse. Guardou o corpo em uma caixa de sapato, por uma semana, dentro de um armário e tocou a vida, como se nada tivesse acontecido.



Quando imaginamos que o horror tem algum limite, ele avança o sinal, cruza a linha da fronteira com o absurdo. Um texto que comenta um fato antes da notícia tinha, em outros tempos, o nome de nariz-de-cera, nas antigas redações de jornal. A notícia já está dada pela imprensa. Apenas comento o inusitado.

Pretendo apenas comentar o fato. Imagino a frieza ou a debilidade de uma pessoa que pensa, logo após o parto, em dar fim ao próprio filho. Não sei se é um nariz-de-cera apenas sei que é um registro de minha estupefação.

A mulher contou à delegada de policia que a prendeu na noite de segunda-feira (17), que passou os nove meses de gestação escondendo da família que estava grávida. A mulher, de 39 anos de idade, e com oito filhos de experiência, separada de seu marido que cuida de quatro dos seus filhos, teria ficado com vergonha de ter tido um caso.

Com o tal caso, acabou engravidando. E não pode uma mulher adulta, mãe de oito filhos, de 39 anos de idade ter um amante, um caso, um enrosco? Quem é que tem algo a ver com a sua vida, desde que ela cuide bem dos filhos?

AMANTE DO PADRASTO, MÃE DA NETA

Pois é, a azarada foi ter um caso com o próprio padrasto, cerca de um ano atrás. Daí que conversa vai e conversa vem, ela acabou engravidando do dito cujo. De certo modo acabou mãe do próprio neto, não? 

Bem, isso não vem ao caso, foi apenas um pensamento que me pareceu lógico. Quem tem um filho com o padrasto, de certa forma é mãe do neto. No caso, uma garotinha. A filha a vergonha, como teria dito a mãe assassina.

Isto colocado, a mulher contou, segundo leio na imprensa, que ficou envergonhada de haver ficado grávida do padrasto. Um tipo de vergonha seletiva, certamente, pois talvez não tenha ficado envergonhada de ir para a cama com o sujeito que era casado com sua mãe.

Curtiu em segredo os nove meses a tal gravidez e teve a criança em casa, sem a ajuda de ninguém. Teve bastante tempo para inventar uma mentira, ou encarar a verdade de frente. Mas não precisava ter entrado para a lista dos infanticidas. Uma mãe de oito fihos.

Mas existia a desconfiança do ex-marido que a via quando visitava parte dos filhos. Ele achava que ela não estava muito normal, meio inchada. Após algumas fofocas e cochichos de vizinhos ele desconfiou que ela teve uma criança.

Acabou fazendo uma denúncia na policia e os investigadores encontraram a pobre menina morta, há uma semana, embrulhada dentro de uma caixa de sapato.

A delegada, segundo a imprensa, ficou surpresa com a frieza do relato da mulher. Teria desmaiado após o parto. Quando voltou a si, olhou o bebê que estava sobre seu abdome e não teve dúvidas: enfiou um dedo na garganta da criança, sufocando-a até a morte.

Em seguida o colocou em um caixa de sapato e guardou no armário. 

Simples assim.

(Texto com base nas informações da reportagem de Fabiana Marchezi, Uol/Capinas.)


Imagem de:
http://www.wovenwickercoffins.com/about.asp?id=15

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