A história da sucessão do tiranete Hugo Chávez é uma história de traições. Essas traições me fazem pensar que só foram possíveis porque os traidores (incluindo a sua própria família) tinham a certeza de que Hugo Chávez não poderia mais governar, ou por inconsciência ou debilidade máxima, ou por estar morto.
Os bolivarianos, conduzidos por Hugo Chávez, minaram todas as instituições venezuelanas e conseguiram, assim, criar uma nova constituição. Mesmo essa constituição boivariana, a que apelou Hugo Chávez em seu pronunciamento de despedida da Venezuela, para a quarta cirurgia em Havana, no dia 9 de dezembro, foi desrespeitada.
Por que? Porque Hugo Chávez ao partir para Cuba disse que sabia da gravidade de sua situação e que, caso não voltasse para assumir o governo em 10 de janeiro (posse da reeleição) o governo deveria ser assumido pelo presidente da Assembleia NAcional, Diosdado Cabello a quem competiria, então, marcar eleições para os próximos 30 dias. Assim sendo, o candidato chavista, segundo a vontade de Chávez seria Nicolás Maduro.
O que aconteceu? Como Hugo Chávez passou por sérias complicações após a operação, praticamente ficando inconsciente no final do ano de 2012, os chavistas perceberam que teriam pouco tempo para preparar as eleições. Era quase certa a impossibilidade de Chávez voltar a assumir o governo com a posse em dez de janeiro.
Assim, sob orientação cubana começaram a montar um teatro em que participou inclusive o tribunal mnáximo venezuelano, inventando uma saída inconstitucional para manter Chávez no poder sem que tivesse tomado posse. Inventaram o presidente interino!
Chávez provavelmente estava morto há semanas. Mas seria preciso ganhar tempo para que Nicolás Maduro, o poste de Chávez, como a Dilma de Lula, pudesse tentar andar com as próprias pernas. Finalmnente anunciaram a "morte" de Chávez e lançaram a candidatura de Maduro que, ironicamente anda com as pernas da múmia de Chávez.
É preciso manter Chávez à vista para manter a chama do mito. Maduro não tem qualquer carisma. Caso ganhe, a Venezuela será governada por um consórcio de interesses, facções chavistas que buscam na sombra da múmia, manter a unidade nacional. Sem Cháveza revolução bolivariana corre o risco de se esfarelar.
Maduro já é o candidato oficial do chavismo, Henrique Capriles o da oposição. O vice nomeado interinamente, um genro de Chávez, que nunca foi eleito para coisa alguma. Em suma, a Venezuela, após dez de janeiro vive uma situação esdrúxula, um verdadeiro golpe.
O que diz a dona Dilma Roussef? Nada? E La Loca de La casa Rosada? Nada? E o cocalero Morales? Nada. E Cuba? Nada. Para todos está bem que tenha havido um golpe e que Maduro governe sem ter sido eleito.
No entanto, quando o Congresso paraguaio tirou Fernando Lugo por mau gioverno, conforme a Constituição Paraguaia, os bolivarianos e o Foro de São Paulo, incluindo Dilma Rousseff afastaram o Paraguai do Mercosul, dizendo que houvera um golpe. Se Lugo foi afastado por um golpe o mesmo poderia ser dito sobre o afastamento de Fernando Collor!
Não houve golpe no Paraguai. Mas o Congresso do Paraguai estava do lado oposto aos interesses do Foro de São Paulo. E, na ocasião, o senhor Maduro tenou a sublevação dos militares paraguaios. Deu com os burros nágua.
Dilma Rousseff, que ficou contra o povo paraguaio, agora fica a favor do golpe na Venezuela. É o que temos.
A segunda traição a Hugo Chávez se deu porque ele, em 2008, em uma visita a Barinas manifestou a vontade de ser enterrado em seu estado natal. Agora, de forma insolente e desrespeitosa, o transformaram numa múmia condenada a permanecer para sempre em uma urna de cristal, como uma bela adormecida esperando uma sapa para beijá-lo e tirá-lo do do sono eterno. E essa traição contou com o apoio e a vontade da famíla de Hugo Chávez.
Há um imenso poder a ser mantido, e isso é, aos olhos daquela gente, mais importante que atender a vontade do morto.
HUGO DECLARA QUE QUER SER ENTERRADO EM BARINAS
HUGO DECLARA QUE QUER SER ENTERRADO EM BARINAS
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